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Anticorpos anti-Mce1A como biomarcadores sorológicos na hanseníase: diagnóstico, avaliação de contatos e seguimento (2023)

  • Authors:
  • Autor USP: LIMA, FILIPE ROCHA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • DOI: 10.11606/T.17.2023.tde-10042023-092107
  • Subjects: ANTICORPOS; BIOMARCADORES; DIAGNÓSTICO; HANSENÍASE; PROTEÍNAS; SOROS
  • Keywords: Antibodies; Biomarkers; Diagnosis; Hansen's disease; Mce1A protein; Proteína Mce1A; Serology; Sorologia
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa, causada por Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis. A principal consequência da doença são as deformidades levando à incapacidade física. As dificuldades vividas na prática diária dos serviços de saúde e as limitações dos testes laboratoriais quanto ao diagnóstico das diferentes formas clínicas e a identificação precoce dos comunicantes infectados são importantes fatores que não nos permite controlar a magnitude que essa doença representa no Brasil. Com isso, a aplicação da proteína de superfície Mce1A vem se demonstrando como um possível avanço para prospecção de ensaios sorológicos por ELISA. Mce1A (52 kD) é uma proteína da parede celular do gênero Mycobacterium, que confere grande capacidade de aderência, invasão e sobrevivência em células do hospedeiro. Os resultados já publicados pelo grupo sugerem que os testes sorológicos propostos podem ser usados como um método fácil, não invasivo e de baixo custo para suporte ao diagnóstico na hanseníase. Para tal foi realizado um novo estudo de corte transversal bidirecional entre 2020 e 2022. Os grupos do estudo são classificados em controles endêmicos (voluntários saudáveis), comunicantes intradomiciliares dos casos de hanseníase e pacientes casos novos com e sem utilização da PQT. Os ensaios laboratoriais consistem em avaliar a resposta imune humoral através da pesquisa de anticorpos das classes IgA, IgM, IgG α-Mce1A pelo método de ELISA indireto in house, comparar com o teste sorológico α-PGL-I e o diagnóstico molecular (DNA) PCR-RLEP. Na região endêmica de Parnaíba-PI, IgG α-Mce1A obteve uma sensibilidade e especificidade de 94,7% e 100%, respectivamente. Indivíduos IgM α-Mce1A positivos tiveram 3,6 chance de serem diagnosticados com hanseníase [OR = 3,6 (95% CI = 1,1-11,6); p = 0,028],enquanto os indivíduos IgA-positivos tiveram uma chance de 2,3 [OR = 2,3 (IC 95% = 1,2-4,3); p = 0,005]. IgA é um biomarcador ideal para confirmar o contato com o bacilo com soropositividade de 88,2%, 92,3% e 52,6% para contatos, casos novos e pacientes tratados, respectivamente. Já na região de Ribeirão Preto-SP, IgA α-Mce1A obteve acurácia de 90%, 77,5% de sensibilidade, 89% especificidade, 77,5% de pacientes e 65,7% de comunicantes soropositivos. ELISA IgM α-Mce1A 87% de acurácia, 76,5% de sensibilidade, 88% de especificidade com 76.5% e 70,5% dos casos novos e contatos positivos, respectivamente. 75% de acurácia foi identificada no ELISA IgG α-Mce1A e demonstrou que pode ocorrer uma menor frequência (61.5%) em regiões de menor endemicidade e alta soroprevalência em casos novos de região hiperendêmica (84%), sendo o anticorpo testado de maior especificidade (96%). A sorologia α-PGL-I mostrou pior desempenho com propabilidade de detecção dos casos novos em 34,6%. Paralelo aos estudos supracitados, uma avaliação de acurácia dos testes laboratoriais (baciloscopia, PCR e sorologia α-PGL-I) foi desenvolvido demonstrando a superioridade da sorologia e biologia molecular em comparação a baciloscopia para diagnosticar hanseníase. Por fim, sugere-se que os anticorpos IgA é um marcado de contato bacilar, IgM na detecção de doença ativa e triagem de infecção subclínica, sendo negativo nos casos tratados avaliados, e IgG apresentando sua maior soropositividade em pacientes após uso da PQT. Portanto, os resultados encontrados permitem contribuir para o melhor entendimento do papel desta proteína na patogênese da hanseníase, além de identificar potenciais biomarcadores para execução de plataformas de diagnóstico aplicáveis nas unidades básicas e especializadas de saúde, se tornando um importante avançotecnológico para o diagnóstico precoce da hanseníase com implicações direta na quebra da cadeia de transmissão da doença, além de evitar incapacidade, deformidades e manutenção do estigma da doença
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 31.01.2023
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.17.2023.tde-10042023-092107 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      LIMA, Filipe Rocha. Anticorpos anti-Mce1A como biomarcadores sorológicos na hanseníase: diagnóstico, avaliação de contatos e seguimento. 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042023-092107/. Acesso em: 26 abr. 2024.
    • APA

      Lima, F. R. (2023). Anticorpos anti-Mce1A como biomarcadores sorológicos na hanseníase: diagnóstico, avaliação de contatos e seguimento (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042023-092107/
    • NLM

      Lima FR. Anticorpos anti-Mce1A como biomarcadores sorológicos na hanseníase: diagnóstico, avaliação de contatos e seguimento [Internet]. 2023 ;[citado 2024 abr. 26 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042023-092107/
    • Vancouver

      Lima FR. Anticorpos anti-Mce1A como biomarcadores sorológicos na hanseníase: diagnóstico, avaliação de contatos e seguimento [Internet]. 2023 ;[citado 2024 abr. 26 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-10042023-092107/

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