Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida (2022)
- Authors:
- Autor USP: PRADO, NAYARA CRISTINA PEREIRA HENRIQUE - EERP
- Unidade: EERP
- Sigla do Departamento: ERM
- DOI: 10.11606/T.22.2022.tde-08032023-164437
- Subjects: DESENVOLVIMENTO INFANTIL; EDUCAÇÃO INFANTIL; FAMÍLIA; MÃES; SAÚDE DA CRIANÇA
- Keywords: Child development; Child health; Child rearing; Desenvolvimento infantil; Educação infantil; Família; Family; Mãe; Mother; Saúde da criança
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: O objetivo foi investigar as escolhas maternas quanto aos tipos de cuidado da criança em creche e não creche no primeiro ano de vida, diante de expectativas referidas e decisões tomadas, tendo em vista fornecer subsídios para a atenção integral à saúde da criança e promoção do desenvolvimento infantil. Estudo longitudinal prospectivo, descritivo e analítico, desenvolvido a partir de entrevistas realizadas em visitas domiciliares, com coleta de dados de 219 mulheres, no último trimestre da gestação (etapa um), no primeiro mês após nascimento (etapa dois), no 3º-4º mês (etapa três) e no 12º mês (etapa quatro) de vida das crianças, no período de novembro de 2018 a março de 2020. Foram investigados dados sociodemográficos e tipos de cuidado da criança pretendidos e realizados, com análise estatística descritiva e utilização do Modelo de Regressão Logística Longitudinal via Equações de Estimação Generalizada. A variável de interesse - opção do tipo de cuidado da criança - foi categorizada de forma binária em Creche e Não Creche, e foi coletada ao longo do tempo com as mesmas participantes. Em todos os testes de hipóteses e intervalos de confiança, foi considerado o nível de significância de 5%. Os resultados mostram queda da opção Creche no decorrer das etapas analisadas e foi expressiva para as participantes jovens (18-25 anos de idade), primigestas, com ensino fundamental ou médio, residindo junto com um companheiro, com e sem rede de apoio e as que informaram renda familiar baixa. Ao longo do primeiro ano de vida, a opção Creche foi tendo sua porcentagem de escolha reduzida. A opção Não Creche, expressa como desejo, foi relativamente similar nas etapas um, dois e três do estudo. Efetivamente, a Creche foi uma realidade de cuidado para pequena parcela das crianças. O modelo de regressão verificou os efeitos de interação, sendo que entre o12º mês de vida da criança e a utilização de serviços de saúde privados e entre o 3º-4º mês de idade da criança e a mãe trabalhar fora de casa foram estatisticamente significantes. A interação entre o 12º mês e uso de serviços de saúde privados foi estatisticamente significante, tendo as mães que utilizavam o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços de saúde privados se comportado de maneira diferente entre a gestação e o 12º mês de vida da criança. As mães que utilizavam o SUS não seguiram o que desejavam na gestação e as mães que utilizavam serviços de saúde privados foram mais fiéis ao que desejavam na gestação. A interação apresentou-se estatisticamente significante quando as mães que trabalhavam fora de casa começaram a optar mais por não colocar a criança na creche a partir do 3º-4º mês de idade da criança, em relação à gestação. Na gestação, a minoria das mães que não trabalhavam fora de casa não planejava colocar a criança na creche, o que não aconteceu no 3º-4º mês de idade da criança. A maioria das mulheres participantes não matriculou a criança, não gostaria de matriculá-la e não estava aguardando vaga em uma creche. Das que matricularam as crianças no primeiro ano de vida infantil, grande parte não teve que esperar por vaga. A maioria das mães que não gostaria de matricular tinha expectativa de que até os dois anos de idade iria inserir a criança em uma creche. As conclusões demonstram que, com o passar do tempo, o desejo das mulheres de inserir a criança em creches diminuiu e as variáveis trabalho materno e tipo de serviço de saúde acessado apresentaram influência nas chances das suas escolhas. Os achados do estudo são importantes para subsidiar a atenção integral à saúde da criança junto aos cuidadores parentais e as ações intersetoriais entre saúde e educação, esclarecendo e fortalecendo asescolhas e as decisões para que sejam mais vinculadas à relevância da promoção do desenvolvimento infantil
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- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2022
- Data da defesa: 25.11.2022
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- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
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ABNT
PRADO, Nayara Cristina Pereira Henrique. Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08032023-164437/. Acesso em: 29 dez. 2025. -
APA
Prado, N. C. P. H. (2022). Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08032023-164437/ -
NLM
Prado NCPH. Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 29 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08032023-164437/ -
Vancouver
Prado NCPH. Escolhas maternas sobre os tipos de cuidado da criança no primeiro ano de vida [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 29 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08032023-164437/ - Prevenção da anemia ferropriva em crianças: foco na adesão ao uso do sulfato ferroso
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Informações sobre o DOI: 10.11606/T.22.2022.tde-08032023-164437 (Fonte: oaDOI API)
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