Avaliação da organização dos serviços ambulatoriais do SUS que tratam pessoas vivendo com HIV no Brasil: análise do inquérito Qualiaids 2016/2017 (2022)
- Authors:
- Autor USP: ALVES, ANA MAROSO - FM
- Unidade: FM
- DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-27012023-124124
- Subjects: ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL; AVALIAÇÃO EM SAÚDE; COBERTURA DE SERVIÇOS PRIVADOS DE SAÚDE; COBERTURA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE; SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
- Keywords: Acquired immunodeficiency syndrome; Ambulatory care; Health evaluation; Health services research; Health services research; Private health care coverage; Process assessment health care; Routinely collected health data; State health care coverage; Unified health system
- Language: Português
- Abstract: Este estudo analisa as características e configurações administrativas dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que atendem pessoas que vivem com HIV (PVHIV) e descreve a rede de serviços de assistência em HIV implantados no Brasil a partir de 2010. Também apresenta uma estimativa da proporção de pessoas em tratamento antirretroviral (TARV) para infecção por HIV que tem seu acompanhamento clínico laboratorial realizado predominantemente no SUS ou no sistema privado. Para realizar a descrição e análise das características dos serviços foram utilizados o banco de dados do inquérito Qualiaids, realizado entre 2016 e 2017, bem como o cadastro dos serviços que participaram da avaliação. O Questionário avalia a organização dos serviços do SUS que atendem PVHIV por meio de 187 indicadores de qualidade, divididos em três domínios: Assistência direta ao paciente, Gerência da assistência e Disponibilidade de recursos. Foi respondido por 1041 (98%) dos 1063 serviços cadastrados no Ministério da Saúde. Para estimar a proporção de pessoas em TARV no Brasil que são acompanhadas no SUS e no sistema privado, utilizou-se o banco de dados da Coorte Qualiaids-BR, que reúne dados clínicos e sociodemográficos das pessoas que iniciaram TARV no Brasil entre 2015 e 2018. O sistema de acompanhamento foi definido pelo número de exames de carga viral (CV) solicitados pelos serviços: (a) acompanhamento no SUS - dois ou mais registros de CV; (b) acompanhamento no sistema privado - nenhum registro deCV; (c) acompanhamento indefinido - um registro de exame de CV no período. No período de 2015-2018, 238.599 pessoas iniciaram TARV no Brasil, das quais 69% foram acompanhados no SUS e 22% no sistema privado. Tiveram sistema indefinido 9% pessoas. Entre os acompanhados no SUS, 94% estavam em serviços do tipo ambulatório, 5% em serviços de atenção básica (AB) e 1% no sistema prisional. A análise do questionário Qualiaids 2016/17 mostrou melhor desempenho do domínio de assistência direta ao paciente (0,59) em relação à disponibilidade de recursos (0,51) e gerência da assistência (0,36). A partir de 2010 registrou-se um aumento de 473 serviços de assistência em HIV no Brasil, distribuídos em todas as regiões do país, porém com maior predominância dos serviços do tipo atenção básica (71%), distribuídos predominantemente em três capitais: Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis. O SUS, além de ser responsável pela distribuição universal de medicamentos antirretrovirais no Brasil, acompanha clinicamente a maioria delas. A rede de serviços que atende estas pessoas é bastante heterogênea, tanto em relação às características organizativas (porte, tipo de serviço e tipos de atendimentos oferecidos), quanto em relação à execução das atividades assistenciais e gerenciais. A partir de 2010 houve uma expansão da rede de serviços de AB que atende pessoas vivendo com HIV, registrada principalmente em capitais onde já havia rede de serviços. A expansão ocorreu em consonância com o estímulodo MS à descentralização do atendimento das PVHIV para a AB. Este estudo só foi possível porque o SUS mantém sistemas de informações de registro rotineiro, além da incorporação da prática avaliativa dos serviços de HIV, realizada desde os anos 2000
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- Data da defesa: 29.11.2022
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
ALVES, Ana Maroso. Avaliação da organização dos serviços ambulatoriais do SUS que tratam pessoas vivendo com HIV no Brasil: análise do inquérito Qualiaids 2016/2017. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-27012023-124124/. Acesso em: 04 maio 2025. -
APA
Alves, A. M. (2022). Avaliação da organização dos serviços ambulatoriais do SUS que tratam pessoas vivendo com HIV no Brasil: análise do inquérito Qualiaids 2016/2017 (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-27012023-124124/ -
NLM
Alves AM. Avaliação da organização dos serviços ambulatoriais do SUS que tratam pessoas vivendo com HIV no Brasil: análise do inquérito Qualiaids 2016/2017 [Internet]. 2022 ;[citado 2025 maio 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-27012023-124124/ -
Vancouver
Alves AM. Avaliação da organização dos serviços ambulatoriais do SUS que tratam pessoas vivendo com HIV no Brasil: análise do inquérito Qualiaids 2016/2017 [Internet]. 2022 ;[citado 2025 maio 04 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-27012023-124124/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-27012023-124124 (Fonte: oaDOI API)
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