Interaction between the gut microbiome and diet in metropolitan Sao Paulo dwellers and rural Amazonian riverine (2022)
- Authors:
- Autor USP: CESTONARO, TALITA - FSP
- Unidade: FSP
- Sigla do Departamento: HNT
- DOI: 10.11606/T.6.2022.tde-12042023-163155
- Subjects: DIETA; COMPORTAMENTO ALIMENTAR; AMAZÔNIA
- Keywords: Comunidades Tradicionais; Microbioma Gastrointestinal; Ribeirinhos
- Agências de fomento:
- Language: Inglês
- Abstract: Nós investigamos a relação entre o microbioma intestinal e a dieta de ribeirinhos da Amazônia (AMZ) (n=49) e comparamos com moradores da região urbana de São Paulo (SP) (n=55). A ingestão alimentar foi mensurada com o recordatório de 24 horas. Foi aplicada a classificação NOVA de alimentos e a ingestão de nutrientes foi ajustada pelo método dos residuais. Usamos análise de clusters para investigar padrões alimentares. A composição do microbioma intestinal foi determinada pelo sequenciamento do rDNA 16S. Alfa e beta diversidade foram calculadas. Os táxons que diferenciam AMZ e SP foram determinados por ANCOM, COREMIC e coeficientes da PERMANOVA. A relação entre dieta e microbioma foi avaliada usando a análise de Procrustes e o coeficiente de correlação de Spearman. A significância foi definida em p ajustado <0,05. AMZ consumiram mais alimentos naturais e minimamente processados (mediana: 86,25 vs 62,18, Mann-Whitney p <0,001) enquanto paulistas consumiram mais alimentos processados e ultraprocessados (mediana: 6,4 vs 0, Mann-Whitney p <0,001 e mediana: 28,96 vs 9,94, Mann-Whitney p <0,001, respectivamente). Os subgrupos NOVA que mais contribuíram para o consumo energético entre AMZ foram peixe, farinha de mandioca, frito de trigo e bolacha salgada, enquanto entre SP foram leite, arroz, carne bovina, pão de panificação e ultraprocessado, e doces. SP apresentaram dieta mais diversa. O consumo de nutrientes foi estatisticamente diferente entre AMZ e SP, exceto para energia, carboidrato, álcool e magnésio. Composições do microbioma intestinal também foi diferente e apresentou relação com a dieta. AMZ apresentaram maior alfa diversidade e a estrutura geral do microbioma intestinal foi diferente entre os grupos (Unifrac, PERMANOVA: Unweighted, p=0.001; weighted, p=0.001).AMZ apresentaram maior abundância de táxons característicos de sociedades tradicionais (ST) como Prevotela, Treponema, Succinivibrio and Muribaculaceae enquanto paulistas apresentaram maior abundância de táxons característicos de sociedades industrializadas (SI) como Alistipes, Bacteroides, Barnesiela, Odoribacter, Parasutterella, Ruminococcus and Parabacteroides. Os táxons que mais diferenciaram as populações também apresentaram as correlações significativas mais fortes com a dieta. Táxons característicos de ST apresentaram correlação positiva com a dieta dos AMZ, especialmente alimentos in natura e minimamente processados, peixe, farinha de mandioca, frito de trigo e nutrientes relacionados como proteína, gordura poliinsaturada, colesterol, vitamina B12, vitamina B6, vitamina D e selênio. Táxons característicos de SI apresentaram correlação positiva com a dieta ocidentalizada dos SP especialmente alimentos processados e ultraprocessados, leite, pão ultraprocessado, doces, carne bovina e suína, vegetais, molhos industrializados, sobremesas caseiras, queijos, arroz, alimentos pronto para o consumo e nutrientes relacionados como gordura monoinsaturada, saturada e trans, zinco, sódio, ferro, cobre, cálcio, fósforo, tiamina, riboflavina, e vitamina C. AMZ apresentaram dominância de Prevotella mesmo com dieta rica em proteína animal e pobre em fibras. Mesmo as diferenças na dieta tendo papel importante em modular o microbioma intestinal, nós acreditamos que a carcaterística principal na determinação desse padrão foi o estilo de vida. Isso porque SP e AMZ são sociedades bastante distintas também no contato com o ambiente natural, saneamento, práticas de higiene e outras práticas socioculturais que potencialmente afetam a dispersão de microrganismos e consequentemente a composição do microbioma intestinal
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- Data da defesa: 20.12.2022
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
CESTONARO, Talita. Interaction between the gut microbiome and diet in metropolitan Sao Paulo dwellers and rural Amazonian riverine. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-12042023-163155/. Acesso em: 30 dez. 2025. -
APA
Cestonaro, T. (2022). Interaction between the gut microbiome and diet in metropolitan Sao Paulo dwellers and rural Amazonian riverine (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-12042023-163155/ -
NLM
Cestonaro T. Interaction between the gut microbiome and diet in metropolitan Sao Paulo dwellers and rural Amazonian riverine [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-12042023-163155/ -
Vancouver
Cestonaro T. Interaction between the gut microbiome and diet in metropolitan Sao Paulo dwellers and rural Amazonian riverine [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-12042023-163155/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2022.tde-12042023-163155 (Fonte: oaDOI API)
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