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Duricrusts ferruginosos e aluminosos e relações pedologia-geomorfologia-geologia no Alto Jequitinhonha (MG) (2023)

  • Authors:
  • Autor USP: CAMPOS, DANIELA SCHIEVANO DE - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LSO
  • DOI: 10.11606/T.11.2023.tde-23032023-161926
  • Subjects: GÊNESE DO SOLO; GEOMORFOLOGIA; PAISAGEM; PEDOLOGIA; PETROLOGIA; PLINTOSSOLOS
  • Keywords: Couraça ferruginosa e bauxítica
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Minas Gerais, compõe um contexto geológico-geomorfológico único. A litologia é predominantemente composta por quartzitos puros ou micáceos, intercalados com lentes de filitos, metargilitos, metaconglomerados, metassiltitos e diques máficos. A paisagem é caracterizada por extensos platôs localmente dissecados por drenagens, salientes inselbergs, escarpas acentuadas e vales encaixados, expondo um relevo distinto daquele previsto para uma região intraplaca. Plintossolos Pétricos com horizontes litoplínticos (duricrusts) ferruginosos e aluminosos formam núcleos maciços em meio aos platôs, revelando antigos e espessos perfis de intemperismo. Diante de um cenário tão exclusivo, pouco se sabe sobre a história evolutiva de esculturação da sua paisagem desde o Cretáceo. Visando compreender a gênese dos duricrusts e identificar as principais etapas da evolução da paisagem da SdEM, estudos geomorfológicos, geológicos e pedológicos foram realizados de forma integrada. Para isso, uma área de ∽2,000 km2, compondo o alto curso da bacia do Jequitinhonha, foi selecionada, abrangendo parte do Planalto Diamantina e o Pico do Itambé, importantes feições da área como um todo, de forma a facilitar a interpretação dos estudos geomórficos. Análises topográficas e fluviais robustas foram utilizadas, revelando um mosaico de relevos transientes e em equilíbrio, sugerindo instabilidades recentes. Antigas estruturas NNW compõem a direção preferencialdesses desequilíbrios. A litologia majoritariamente resistente composta por quartzitos possibilitou a persistência de sinais anômalos do relevo. O estudo minucioso dos duricrusts abrangeu análises geoquímicas, mineralógicas, macro e micromorfológicas e geocronológicas. Duricrusts mineralógica e morfologicamente distintos entre si, mas formados sincronicamente, sugerem diferente atividade hídrica em sua formação, o que pode ser associado a elevações topográficas desiguais. As diferentes fácies morfológicas identificadas, tais como pisolítica, protopisolítica, nodular, brechóide, maciça e lamelar, sugerem diferentes graus evolutivos desses duricrusts, resultantes de processos de saprolitização, lateritização, bauxitização, transformação e degradação. Os quartzitos maciços, além de terem protegido as litologias menos resistentes da erosão, favorecendo a ação do intemperismo químico, também foram responsáveis pela sustentação da atividade da água dentro desses perfis, de forma que duricrusts se formassem em diferentes elevações. Por fim, as análises por (U-Th)/He salientaram que processos de lateritização ocorreram do Oligoceno ao Pleistoceno, e a bauxitização desde o Mioceno, com ápice evolutivo no Mioceno Superior, sugerindo clima mais úmido, e no Pleistoceno Inferior. A integração de todos os dados identificou uma história evolutiva complexa da paisagem da SdEM. Epirogenia e arqueamentos do relevo gerados no Cretáceo, foram alvo de longo período de denudação, do CretáceoSuperior ao Paleógeno, elucidando a escassa presença de duricrusts deste período. A partir do Oligoceno, o intemperismo químico supera o físico, formando duricrusts ferruginosos e aluminosos. Um novo soerguimento/queda do nível de base ocorreu no Plioceno, resultando na redução evolutiva dos duricrusts, cuja formação foi retomada no Pleistoceno
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.02.2023
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.11.2023.tde-23032023-161926 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      CAMPOS, Daniela Schievano de. Duricrusts ferruginosos e aluminosos e relações pedologia-geomorfologia-geologia no Alto Jequitinhonha (MG). 2023. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2023. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-23032023-161926/. Acesso em: 27 dez. 2025.
    • APA

      Campos, D. S. de. (2023). Duricrusts ferruginosos e aluminosos e relações pedologia-geomorfologia-geologia no Alto Jequitinhonha (MG) (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-23032023-161926/
    • NLM

      Campos DS de. Duricrusts ferruginosos e aluminosos e relações pedologia-geomorfologia-geologia no Alto Jequitinhonha (MG) [Internet]. 2023 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-23032023-161926/
    • Vancouver

      Campos DS de. Duricrusts ferruginosos e aluminosos e relações pedologia-geomorfologia-geologia no Alto Jequitinhonha (MG) [Internet]. 2023 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-23032023-161926/


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