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Envolvimento da ocitocina nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo estresse por restrição em ratos (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: BELÉM FILHO, IVALDO DE JESUS ALMEIDA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RFA
  • DOI: 10.11606/T.17.2022.tde-08112022-151425
  • Subjects: ESTRESSE; OCITOCINA; DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM ANIMAL; RATOS
  • Keywords: Autonomic; Autonômico; CeA; Oxytocin; PVN; Stress
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Estudos apontam estresse como um importante fator que predispõe ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e distúrbios psiquiátricos. Diversos modelos utilizados para estudos de distúrbios relacionados ao estresse produzem respostas funcionais e comportamentais, envolvendo substâncias endógenas como moduladoras ou marcadores do estresse e, de maneira interessante, o estresse por restrição (ER) induz liberação de ocitocina (OT) para a circulação. A OT é um hormônio neuropeptídeo produzido no hipotálamo, e secretado sob demanda para a circulação sanguínea via hipófise posterior, neste sentido pode haver efeito fisiológico frente ao ER. Assim, visamos avaliar a participação da OT nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo ER. O ER aumentou a pressão arterial, a frequência cardíaca e o conteúdo plasmático de ocitocina, mas não a vasopressina. O tratamento com atosiban (um agonista de Gi) inibiu a taquicardia evocada por contenção sem afetar a pressão arterial. No entanto, esse efeito não foi mais observado após desnervação sinoaórtica, tratamento com homatropina (antagonista muscarínico M2) ou hipofisectomia, indicando que a ativação parassimpática mediada pela ocitocina secretada para a periferia é responsável por bloquear o aumento das respostas taquicárdicas observadas no grupo tratado com atosibano. Corroborando isso, o tratamento com L-368.899 (antagonista da ocitocina) mostrou um efeito oposto ao do atosiban, aumentando as respostas taquicárdicas à restrição. A análise da variabilidade de FC revelou efeito dos tratamentos em aumentar as bandas de baixa frequência (LF) na dose alta do antagonista e aumento do balanço simpatovagal (LF/HF) na dose baixa. Além disso, análise somática revelou que o ER não conseguiu promover efeitos deletérios morfofuncionais. Quanto aos efeitos comportamentais,os animais estressados apresentavam comportamento tipo-ansiogênico, 24h após a sessão de ER, visto no tempo e entradas nos braços abertos do labirinto em cruz elevado (LCE, % do tempo) e na redução do tempo nos quadrantes centrais do campo aberto. O tratamento com L-368,899 potencializou os comportamentos tipo ansiogênicos. A dosagem hormonal realizada após o ER mostrou aumento da liberação de corticosterona em todos os grupos estressados; quanto à OT, animais ER+veículo apresentaram aumento elevado comparado com o grupo Naïve, porém os tratamentos afetaram esta resposta, em uma curva de inibição dose-resposta, onde a dose menor (0,3µg) potencializou esta secreção de OT periférica, já a dose de 1µg apresentou valores semelhantes ao grupo ER+veículo, enquanto a dose de 3µg bloqueou a secreção levando a níveis semelhantes ao Naïve, demonstrando alteração do sistema a nível central. Não houve aumento de vasopressina em nenhum dos grupos. Ao avaliar a participação da OT em estruturas centrais, CeA e PVN, verificamos efeitos semelhantes em ambas estruturas quanto ao controle cardiovascular, redução da taquicardia após o uso do antagonista, contudo a CeA apresenta este controle independente do autônomo, enquanto o PVN é mediado pela ativação do simpático cardíaco. Já na avaliação comportamental observamos duas respostas: na CeA parece possuir um efeito antiestresse do antagonista, onde a maior dose parece reduzir os comportamentos tipo ansiogênicos, quanto ao PVN o antagonista promoveu efeito tipo ansiogênicos em todos os testes realizados. A liberação de corticosterona não foi alterada pelos tratamentos no CeA e PVN, somente na maior dose no CeA.Assim, o modelo de ER se mostra um efetivo indutor de ativação autonômica, neuroendócrina, somática e comportamental. A OT, atuando sobre o seu receptor promoveria efeitos protetores centrais e periféricos a diversos sistemas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.08.2022
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.17.2022.tde-08112022-151425 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      BELÉM FILHO, Ivaldo Jesus Almeida. Envolvimento da ocitocina nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo estresse por restrição em ratos. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-08112022-151425/. Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Belém Filho, I. J. A. (2022). Envolvimento da ocitocina nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo estresse por restrição em ratos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-08112022-151425/
    • NLM

      Belém Filho IJA. Envolvimento da ocitocina nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo estresse por restrição em ratos [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-08112022-151425/
    • Vancouver

      Belém Filho IJA. Envolvimento da ocitocina nos efeitos centrais e periféricos evocados pelo estresse por restrição em ratos [Internet]. 2022 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-08112022-151425/


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