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Modulação da atividade encefálica pelo canabidiol em camundongos tratados com cocaína (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: SPELTA, LIDIA EMMANUELA WIAZOWSKI - FCF
  • Unidade: FCF
  • Sigla do Departamento: FBC
  • DOI: 10.11606/T.9.2022.tde-01122022-181624
  • Subjects: TOXICOLOGIA; DROGAS DE ABUSO; COCAÍNA
  • Keywords: Addiction; Adicção; Cocaína; Cocaine; Glucose metabolism; Imagem PET; Metabolismo de glicose; Neuroplasticidade; Neuroplasticity; PET imaging; [18F]- fluorodeoxiglicose; [18F]-fluorodeoxyglucose
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Os dados epidemiológicos referentes ao consumo de cocaína mostram aumento do consumo dessa droga de abuso nas Américas, na Europa Ocidental e na Oceania, sendo ela a segunda droga ilícita mais consumida no Brasil. O plantio da Erythroxylum coca, a produção de cocaína e a quantidade da droga apreendida bateram todos os recordes no ano de 2020. Um dos principais problemas de saúde crônicos associados ao uso recreativo da cocaína é a adicção, uma doença ainda sem tratamento efetivo. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi verificar o potencial do canabidiol (CBD) como possível agente terapêutico do transtorno de uso de cocaína em um modelo animal de sensibilização psicomotora, sob as perspectivas comportamental e de neuroimagem. Para tanto, camundongos machos adultos C57Bl/6 foram submetidos a um estudo longitudinal que consiste na indução da sensibilização psicomotora à cocaína durante 10 dias, em dias alternados, totalizando 5 administrações da droga; seguida por 8 dias consecutivos de tratamento com CBD, e dois desafios, 24 e 48h após o último dia de tratamento, sendo o primeiro com salina e o segundo com cocaína, para verificar a expressão da sensibilização. Durante cada uma destas etapas os animais foram submetidos ao campo aberto por 30 minutos para quantificação da atividade locomotora e pareamento entre droga e ambiente. Dois dias antes do início do protocolo comportamental, no último dia de sensibilização e de tratamento e após o desafio da expressão, os animais foram submetidos à tomografia por emissão de pósitrons (PET) a fim de mensurar a atividade encefálica, via captação do radiofármaco [18F]fluorodesoxiglicose ([18F]FDG). Os animais foram eutanasiados após o último dia de neuroimagem e os encéfalos removidos para a realização de imunohistoquímica. Primeiramente (capítulo 5) avaliou-se se o canabidiol (5, 15, 30, 60 e 12120 mg/kg), seria efetivo para inibir a expressão da sensibilização psicomotora induzida pela cocaína. Em seguida, o protocolo de neuroimagem foi padronizado (capítulo 6) para evidenciar o efeito agudo e o efeito de sensibilização da cocaína na atividade encefálica. Por fim, o efeito do canabidiol sobre as alterações induzidas pela cocaína (capítulo 7) foi verificado por imagem PET com [18F]FDG e por imuno-histoquímica, na qual avaliou-se o número de neurônios (antiNeuN), células da microglia (anti-Iba1, e de astrócitos (anti-GFAP), bem como a densidade óptica do receptor CB1 e da enzima FAAH. Observou-se na avaliação comportamental que nenhuma das doses de CBD foi eficaz em prevenir a expressão da sensibilização psicomotora induzida pela cocaína. O protocolo de neuroimagem foi padronizado de forma que, após indução da anestesia e injeção do [18F]FDG, os animais fossem imediatamente encaminhados para aquisição de imagens dinâmicas de 75 minutos e mantidos anestesiados durante todo esse período para evitar que os efeitos estimulantes periféricos consequentes da cocaína reduzissem a captação encefálica do radiofármaco. A cocaína aumentou a captação do [18F]FDG, porém, quando os animais foram reexpostos à droga após 8 dias de tratamento com canabidiol, o efeito de aumento metabólico gerado pela cocaína não foi evidenciado na maioria dos VOIs avaliados, tanto em animais sensibilizados e desafiados com cocaína quanto em animais que receberam apenas uma injeção aguda de cocaína no desafio. Além disso, o canabidiol alterou o perfil celular do encéfalo, bem como a expressão dos receptores CB1 e da enzima FAAH. Portanto, os resultados indicam um efeito benéfico do canabidiol frente às alterações induzidas pela cocaína, sugerindo que ele pode ser um interessante adjuvante no tratamento de indivíduos com transtorno poruso de cocaína
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 07.11.2022
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.9.2022.tde-01122022-181624 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
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    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      SPELTA, Lídia Emmanuela Wiazowski. Modulação da atividade encefálica pelo canabidiol em camundongos tratados com cocaína. 2022. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9143/tde-01122022-181624/. Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Spelta, L. E. W. (2022). Modulação da atividade encefálica pelo canabidiol em camundongos tratados com cocaína (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9143/tde-01122022-181624/
    • NLM

      Spelta LEW. Modulação da atividade encefálica pelo canabidiol em camundongos tratados com cocaína [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9143/tde-01122022-181624/
    • Vancouver

      Spelta LEW. Modulação da atividade encefálica pelo canabidiol em camundongos tratados com cocaína [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 18 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9143/tde-01122022-181624/


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