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On the South Equatorial Undercurrent Origin and Variability in the Western Tropical Atlantic (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: ARAUJO, JULIA MARTINS DE - IO
  • Unidade: IO
  • Sigla do Departamento: IOF
  • DOI: 10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540
  • Subjects: CORRENTES DE CONTORNO; CORRENTES MARINHAS; OCEANOGRAFIA FÍSICA
  • Language: Inglês
  • Abstract: A Subcorrente Sul Equatorial (SEUC) é a contracorrente equatorial situada mais ao norte no Oceano Atlântico Sul. Descrita no final dos anos 1970, esse jato oceânico tem sido retratado na literatura como uma corrente de picnoclina tropical inferior e subpicnoclina, que flui para leste cruzando o Atlântico Tropical entre 3.5°S-5.5°S. Seu sítio de origem ocorre nas proximidades do contorno oeste, mas como o jato é formado e se organiza para cruzar o Atlântico ainda é tema de controvérsia na comunidade científica. Alguns autores creditam a gênese da SEUC ao suprimento de volume pelo sistema de correntes de contorno oeste. Outros autores consideram que a SEUC é alimentada por fontes interiores, tal qual um giro anticiclônico do ramo equatorial da Corrente Sul Equatorial (eSEC) à medida que esse se projeta sobre a margem continental Brasileira. Outros autores ainda tentam concatenar as duas hipóteses especulando que a gênese da SEUC apresenta variação sazonal e que há alternância nos contribuidores de sua formação. Entretanto, a revisão dos trabalhos pretéritos revela que amaioria dos estudos conduzidos na região da SEC se valeram de 1-2 cruzeiros sinóticos apenas. Outros, utilizaram-se de dados de flutuadores restritos a uma determinada faixa de profundidade. O presente trabalho se dispõe a reexaminar esse tema através da obtenção de um figura quantitativa, de alta resolução espacial sobre a origem e formação da SEUC através do emprego de perfilagens de hidrografia e velocidade de 25 cruzeiros quase-sinóticos disponíveis na área. Este trabalho complementará as informações obtidas pelas observações explorando a reanálise assimilativa global GLORY12V1. (Continua)(Continuação) A análise e interpretação de 13 (dos 25) cruzeiros selecionados que melhor capturaram a SEUC sugeriram - através da construção de mapas horizontais de função de corrente e seções verticais de velocidade - que a Subcorrente Norte do Brasil (NBUC) é a mais importante contribuidora à formação da SEUC em termos de volume de água. A origem da SEUC parece estar proximamente relacionada à mais austral das múltiplas retroflexões do sistema NBUC-Corrente Norte do Brasil (NBC). Entretanto, ressaltamos que ao contrário das demais, o lobo de retroflexão é ciclônico, e não anticiclônico. Adicionalmente, o que é algumas vezes chamado na literatura de contrafluxo da NBUC (ou NBUCc) se trata provavelmente da crista primária da retroflexão adjacente ao lobo ciclônico primário e, portanto, demarca provavelmente o início da SEUC. A localização do sítio de formação da retroflexão da NBUC é aquele nas circunvizinhanças da projeção na margem continental do Cabo do Calcanhar (5°S), onde a margem Brasileira guina de uma orientação praticamente meridional para uma inclinada 45° à esquerda do norte verdadeiro. Em adição aos mapas de velocidade, conduzimos uma análise de massas de água regional, que revelou que águas de relativamente baixa salinidade e altas concentrações de oxigênio dissolvidos, que são compatíveis com águas oriundas da NBUC, dominam as características da SEUC próximo a seu sítio de formação. A distribuição desigual, mas cobrindo todas as estações do ano, também revelam que não há variação sazonal de contribuidores de formação da SEUC. A NBUC é a principal formadora ao longo de todo o ano. O uso das saídas numéricas da climatologia GLORYS12V1 permitiram-nos três resultados finais conclusivos ao presente tema. (Continua)(Continuação) O primeiro resultado foi o cálculo de uma climatologia de 25 anos sobre o sítio de origem da SEUC, com a qual calculamos o balanço do transporte de volume e mostramos que a contribuição da NBUC não pode sob nenhuma hipótese ser descartada também via este outro cálculo. O segundo resultado, obtido através da aplicação do algoritmo AMEDA de detecção dos vórtices, permitiram a identificação de três bandas onde a formação, ocorrência e ou propagação de vórtices é intensa. A banda nordeste (2.5°S-4.5°S, 35°W-28°W) é dominada por anticiclones; a banda sudeste (4.5°S-6.5°S, 35°W-28°W) é dominada por ciclones; e a banda do contorno oeste (0°-3.5°S, 39°W-35°W) também é dominada por ciclones. As primeiras duas bandas são separadas por uma delgada região onde vórtices de ambas polaridades são encontrados. Essas estruturas são indicativas da presença de um padrão característico de jatos em separação de estrutura de retroflexão. Acrescentamos a isso, a inspeção de inúmeros campos instantâneos do modelo que revelam se tratam de ondas instáveis - que provavelmente estão associadas a ondas de instabilidade tropical - já reportadas para esse região de estudo, e que estão relacionadas com a dinâmica da NBUC. O terceiro achado, e provavelmente o mais intrigante, é que a retroflexão da NBUC propriamente dita também é instável e emite cerca de sete ciclones intrapicnoclínicos por ano. Esses anéis vorticais, após a emissão, continuam a se propagar para noroeste, ao longo da borda externa da NBC, e provavelmente atingem o equador.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 08.04.2022
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      ARAUJO, Julia Martins de. On the South Equatorial Undercurrent Origin and Variability in the Western Tropical Atlantic. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540. Acesso em: 23 abr. 2024.
    • APA

      Araujo, J. M. de. (2022). On the South Equatorial Undercurrent Origin and Variability in the Western Tropical Atlantic (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540
    • NLM

      Araujo JM de. On the South Equatorial Undercurrent Origin and Variability in the Western Tropical Atlantic [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540
    • Vancouver

      Araujo JM de. On the South Equatorial Undercurrent Origin and Variability in the Western Tropical Atlantic [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 23 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2022.tde-21092022-131540

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