A Escola Paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975 (2022)
- Authors:
- Autor USP: SILVA, JASMINE LUIZA SOUZA - IAU
- Unidade: IAU
- DOI: 10.11606/D.102.2022.tde-19092022-152709
- Subjects: ESCOLAS (ARQUITETURA); ARQUITETURA MODERNA; ARQUITETURA MODERNA; ARQUITETURA
- Keywords: A questão social na arquitetura; Escola Paulista; Modern architecture; School architecture; The social question in architecture
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: No panorama da história da arquitetura moderna, a questão social da arquitetura admitiu entendimentos diversos. A arquitetura moderna brasileira conheceu na segunda metade dos anos 1950 a constituição da corrente denominada Escola Paulista, que teve em Vilanova Artigas o seu maior artífice, mas também contou com propostas de uma gama de outros arquitetos, produzindo residências e diversos edifícios públicos, entre os quais se destacam os edifícios educacionais. A pesquisa discute os percursos e discursos da questão social na arquitetura moderna em âmbito nacional e internacional e as concepções arquitetônicas delas variadas, investigando o lugar do edifício escolar na construção da sociedade industrial. Para isso, são realizados estudos sobre oito edifícios escolares modernos buscando compreender como a dimensão social se apresentou nos projetos escolares realizados pelos arquitetos que se identificaram com a Escola Paulista, no período correspondente ao Plano de Ação do Governo do Estado PAGE (início em 1959) e ao Fundo Estadual de Construções Escolares FECE (até 1975) no estado de São Paulo. A metodologia está fundamentada na pesquisa historiográfica e arquitetônica, realizando estudos bibliográficos, leitura de projetos arquitetônicos e documentações técnicas, mas também investigando os próprios edifícios escolares.As análises foram realizadas utilizando desenhos como ferramenta investigativa com a elaboração de diagramas de organização espacial, usos e percursos, afim de identificar os elementos que estruturam o espaço arquitetônico, interpretando de que forma a função social foi traduzida e se fez presente nos projetos realizados pelos arquitetos da Escola Paulista. Os estudos foram realizados em oito escolas públicas projetadas e construídas no estado de São Paulo dentro do recorte temporal, em ordem cronológica: Grupo Escolar Vila Maria, de Paulo Mendes da Rocha e Eduardo de Gennaro; Ginásio Estadual de Utinga, de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi; Grupo Escolar de Guapiaçu, projetada por José Maria Gandolfi; Escola Jardim Ipê, de Décio Tozzi e Luiz Carlos Ramos; Ginásio Estadual da Vila Pauliceia, projetado por Ubyrajara Gilioli; Núcleo de Educação Infantil Jardim Calux, projetado por Paulo Mendes da Rocha e o Ginásio Estadual da Vila da Misericórdia, projetado por João Clodomiro de Abreu. Essas escolas foram escolhidas a partir de um amplo acervo pesquisado, em função de representarem de forma sintética, variações espaciais, observados em inúmeros outros projetos. A Escola Paulista inseriu no cerne de suas propostas a dimensão social como componente do partido arquitetônico.Ainda que a princípio as preposições sociais estivessem encobertas pela relação construtiva e pela representação do progresso nacional, a proposta de contribuir para o desenvolvimento social-democrático por meio da arquitetura, imbuída de uma dimensão social, tornou-se um dos aspectos mais caros nos projetos de edifícios escolares, o pátio recreativo ganhou protagonismo servindo como articulador dos demais ambientes. Conjuntamente, a exploração do sentido moderno da verdade dos materiais e dos métodos construtivos que permitiam facilmente a compreensão dos usuários sobre o meio, assim, a Escola Paulista valeu-se da dimensão social em edifícios escolares para sua afirmação no quadro da arquitetura moderna deixando um significativo legado para a historiografia da arquitetura brasileira.
- Imprenta:
- Publisher place: São Carlos
- Date published: 2022
- Data da defesa: 18.07.2022
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by-nc-sa
-
ABNT
SILVA, Jasmine Luiza Souza. A Escola Paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Carlos, 2022. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-19092022-152709/. Acesso em: 22 maio 2025. -
APA
Silva, J. L. S. (2022). A Escola Paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975 (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Carlos. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-19092022-152709/ -
NLM
Silva JLS. A Escola Paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975 [Internet]. 2022 ;[citado 2025 maio 22 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-19092022-152709/ -
Vancouver
Silva JLS. A Escola Paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975 [Internet]. 2022 ;[citado 2025 maio 22 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-19092022-152709/ - A questão nacionalista e a construção do modernismo brasileiro
- A concepção do espaço social na arquitetura da chamada escola paulista
- A escola paulista e a função social da arquitetura: projetos escolares entre 1959 e 1975
- A questão social e a arquitetura escolar da escola paulista: entre 1959 e 1975
- Arquitetura escolar moderna na baixada santista: grupo escolar de PAE cará ou EE. Philomena Cardoso de Oliveira
- A questão social e a arquitetura escolar da escola paulista: entre 1959 e 1975
- A dimensão pública dos edifícios projetados no Plano de Ação (1959-1963)
- A dimensão pública dos edifícios projetados no Plano de Ação (1959-1963)
- Educação urbana: um caminho para o Direito à Cidade
- O patrimônio arquitetônico construído pelo plano de ação do litoral
Informações sobre o DOI: 10.11606/D.102.2022.tde-19092022-152709 (Fonte: oaDOI API)
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas