Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro em modelo experimental murino na reativação da paracoccidioidomicose (2021)
- Authors:
- Autor USP: OLIVEIRA, RENATA BUCCHERI DE - FM
- Unidade: FM
- DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-19082021-115545
- Subjects: FATORES DE RISCO; PARACOCCIDIOIDOMICOSE; TABAGISMO
- Keywords: Cigarette smoke; Latent infection; Paracoccidioidomycosis; Reactivation; Risk factors
- Language: Português
- Abstract: A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica, endêmica na América Latina, sendo o Brasil responsável por 80% dos casos descritos. A condição de portador crônico ou apenas infectado é muito mais frequente que o desenvolvimento da doença ativa, entretanto, os fatores que levariam ao desenvolvimento da doença ou a manutenção do estado de portador são ainda muito discutidos. Estudos epidemiológicos sobre a PCM buscam identificar fatores que levam o indivíduo infectado a manifestar a doença. A associação entre PCM e tabagismo pode ser observada nas séries de casos sobre paracoccidioidomicose crônica, onde as amostras de paciente são compostas prioritariamente por pacientes fumantes ou ex-fumantes, ultrapassando 93%. Além disso, o tabagismo é considerado condição de risco preexistente e pode desempenhar um papel importante na transformação da infecção em doença ativa, uma vez que interfere com os mecanismos de defesa do hospedeiro e têm implicações na qualidade da formação de granulomas. Nesse contexto, a exposição à fumaça de cigarro poderia levar a reativação da paracoccidioidomicose em sua forma latente em estudo com modelo experimental associando o tabagismo com a PCM. Em nosso estudo, padronizamos um modelo de infecção latente em camundongos C57BL/6 e posteriormente usamos esse modelo para avaliar a influência do tabagismo na reativação da PCM. Para tal, realizamos dois experimentos com 20 semanas de duração e com cargas tabagicas diferentes. Não encontramos diferenças significativa na evolução da doença ao expor os animais com uma carga tabagica de 12 cigarros/exposição. Ao utilizar 16 cigarros/exposição, observamos piora significativa na àrea ocupada pelos granulomas até 12 semanas de experimento. Entretanto os camundongos apresentaram uma redução gradual das lesões teciduais ao longo do tempo atingindo praticamentea mesma área total ocupada pelos granulomas quando comparado ao grupo não exposta na vigésima semana do experimento. Apesar de termos observado uma piora da doença em entre 4 e 12 semanas, essa alteração não foi mantida, com controle da doença com 20 semanas. Acreditamos que a nicotina presente no cigarro não seja o único determinante para a reativação da PCM mas que sim, exerça uma influência importante em seu desenvolvimento associado a talvez outras causas relacionadas talvez ao hospedeiro ou mesmo ao agente infeccioso que ainda não foram elucidadas
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- Data da defesa: 16.04.2021
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
OLIVEIRA, Renata Buccheri de. Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro em modelo experimental murino na reativação da paracoccidioidomicose. 2021. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-19082021-115545/. Acesso em: 28 dez. 2025. -
APA
Oliveira, R. B. de. (2021). Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro em modelo experimental murino na reativação da paracoccidioidomicose (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-19082021-115545/ -
NLM
Oliveira RB de. Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro em modelo experimental murino na reativação da paracoccidioidomicose [Internet]. 2021 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-19082021-115545/ -
Vancouver
Oliveira RB de. Efeito da exposição crônica à fumaça de cigarro em modelo experimental murino na reativação da paracoccidioidomicose [Internet]. 2021 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-19082021-115545/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-19082021-115545 (Fonte: oaDOI API)
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