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Sexo designado antes de nascer: imagens fetais como tecnologia de produção de gênero (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: FALLEIROS, BRUNA LAVINAS JARDIM - EACH
  • Unidade: EACH
  • DOI: 10.11606/D.100.2020.tde-24062020-170358
  • Subjects: CORPO HUMANO; FETO; GÊNEROS (GRUPOS SOCIAIS); ULTRASSONOGRAFIA PRÉ-NATAL; IMAGEM CORPORAL
  • Keywords: Corpos fetais; Ultrassonografia obstétrica; Fetal bodies; Obstetric ultrasound
  • Language: Português
  • Abstract: Provocadas pelo fenômeno do Chá Revelação, possibilitado pela designação do sexo fetal via ultrassonografia, nossa indagação inicial foi: tal tecnologia biomédica estaria relacionada a uma ruptura discursiva de marcadores de gênero? A hipótese é a de que, após a emergência da fotografia do feto astronauta na capa da revista Life de 1965 seguida de larga difusão de imagens de embriões e fetos operando para humanizá-los, a ampliação do uso ultrassonografia obstétrica a partir da década de 1990 no Brasil generificou-os. Nosso objetivo, portanto, foi o de indicar a relevância das tecnologias de visualidade na objetivação e subjetivação dos corpos fetais e infantis relativas ao gênero. Para tanto, inspiramo-nos nos procedimentos arqueogenealógico foucaultiano e na arqueologia da imagem didi-hubermaniana com o propósito de analisar imagens e textos das publicações periódicas brasileiras A Cigarra, Revista Feminina, Vida Domestica e Pais & Filhos em um recorte temporal de 100 anos até os dias atuais, numa tentativa de diagnosticar o presente. Por meio dessas quatro revistas, identificamos a construção da maternidade científica e do pré-natal como a priori histórico da humanização e consequente generificação fetal.Forjamos, para dar conta de nossa proposta, a noção de imagem-acontecimento que, somada a marcadores de gênero em corpos infantis encontrados nas revistas cortes de cabelo, furos nas orelhas, roupas, cores rosa e azul , possibilitou-nos demonstrar que as imagens produzidas pela ciência e as imagens que circulam nos meios de comunicação sobre corpos fetais e infantis compõem os jogos de saber e poder constituidores do regime de verdade que os generificam cada vez mais precocemente. Nesse embate discursivo, frente à prevalência de forças conservadoras, tal qual o movimento que cunhou a expressão ideologia de gênero, compreendemos a urgência de provocar uma circulação discursiva desgenerificadora dos corpos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 26.05.2020
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.100.2020.tde-24062020-170358 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      FALLEIROS, Bruna Lavinas Jardim. Sexo designado antes de nascer: imagens fetais como tecnologia de produção de gênero. 2020. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-24062020-170358/. Acesso em: 15 nov. 2024.
    • APA

      Falleiros, B. L. J. (2020). Sexo designado antes de nascer: imagens fetais como tecnologia de produção de gênero (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-24062020-170358/
    • NLM

      Falleiros BLJ. Sexo designado antes de nascer: imagens fetais como tecnologia de produção de gênero [Internet]. 2020 ;[citado 2024 nov. 15 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-24062020-170358/
    • Vancouver

      Falleiros BLJ. Sexo designado antes de nascer: imagens fetais como tecnologia de produção de gênero [Internet]. 2020 ;[citado 2024 nov. 15 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-24062020-170358/

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