Partição de recursos entre predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha (2020)
- Authors:
- Autor USP: PASCHOALINI, VICTOR UBER - IO
- Unidade: IO
- Sigla do Departamento: IOB
- DOI: 10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516
- Subjects: ECOLOGIA MARINHA; ISÓTOPOS ESTÁVEIS; NICHO; ANIMAIS PREDADORES; ECOLOGIA ANIMAL; OCEANO ATLÂNTICO; FERNANDO DE NORONHA (PE)
- Language: Português
- Abstract: Ilhas oceânicas tropicais estão entre os ambientes de maior diversidade global, sustentando uma rica fauna que inclui predadores de alto nível trófico. Contudo, a disponibilidade de recursos nesses sistemas pode variar significativamente no tempo e no espaço, levando muitas vezes à necessidade de partição dos mesmos para que a competição intra- e interespecífica seja minimizada. Sendo assim, o entendimento de como espécies com necessidades ecológicas semelhantes promovem sua coexistência é crítico a compreensão desses sistemas. No presente estudo, isótopos estáveis de carbono e nitrogênio foram utilizados objetivando investigar o particionamento de recursos entre quatro predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha: o golfinho-rotador (Stenella longirostris), o atum-de-nadadeira-amarela (Thunnus albacares), a cavala-wahoo (Acanthocybium solandri) e a barracuda-gigante (Sphyraena barracuda). Machos e fêmeas do golfinho-rotador tiveram sua ecologia alimentar e uso de habitat comparados, buscando verificar a existência de segregação sexual. As razões isotópicas foram estimadas a partir de amostras de pele para o golfinho-rotador e de tecido muscular para os demais predadores. As posições tróficas foram estimadas por meio dos valores de δ15N. Testes estatísticos foram utilizados para comparar as assinaturas isotópicas e as posições tróficas entre as espécies e na comparação entre machos e fêmeas de S. longirostris. Valores de δ15N e δ13C foram utilizados nas estimativas dos respectivos nichos isotópicos. Os resultados do presente trabalho indicaram uma aparente segregação de nicho entre o golfinho-rotador e os demais predadores por meio de diferenças nos valores de δ15N e das posições tróficas calculadas. (Continua)(Continuação) Variações nas amplitudes e as baixas sobreposições de nicho isotópico sugerem uma possível partição de recursos entre os peixes pelágicos, mesmo estes tendo apresentado valores isotópicos similares. De forma semelhante, machos e fêmeas de S. longirostris não apresentaram diferenças significativas entre seus valores de δ13C e δ15N, bem como entre suas posições tróficas. Contudo, um nicho isotópico mais amplo foi calculado para as fêmeas, indicando evidência de possível maior flexibilidade no uso de presas e habitats. O presente estudo concluiu que há partição de recursos entre o golfinho-rotador e os demais predadores. Entretanto, não houve nítida segregação entre as classes sexuais de S. longirostris em Fernando de Noronha.
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- Data da defesa: 25.05.2020
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- Cor do Acesso Aberto: gold
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ABNT
PASCHOALINI, Victor Uber. Partição de recursos entre predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha. 2020. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Sao Paulo, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516. Acesso em: 09 nov. 2024. -
APA
Paschoalini, V. U. (2020). Partição de recursos entre predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Sao Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516 -
NLM
Paschoalini VU. Partição de recursos entre predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha [Internet]. 2020 ;[citado 2024 nov. 09 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516 -
Vancouver
Paschoalini VU. Partição de recursos entre predadores pelágicos do Arquipélago de Fernando de Noronha [Internet]. 2020 ;[citado 2024 nov. 09 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516
Informações sobre o DOI: 10.11606/D.21.2020.tde-27012022-172516 (Fonte: oaDOI API)
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