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A qualidade ambiental do Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga avaliada por um bioindicador: foraminíferos bentônicos (2022)

  • Authors:
  • Autor USP: DAMASIO, BRUNO VANDERLINDE - IO
  • Unidade: IO
  • Sigla do Departamento: IOF
  • DOI: 10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013
  • Subjects: FORAMINIFERA; ESTUÁRIOS; BIOINDICADORES; POLUIÇÃO AMBIENTAL; SANTOS (SP); SÃO VICENTE (SP); BERTIOGA (SP)
  • Language: Português
  • Abstract: Estuários localizados em regiões altamente urbanizadas estão sujeitos aos mais diversos impactos antrópicos. No Brasil, metodologias para a avaliação da qualidade ambiental desses ambientes ainda não são muito bem estabelecidas. À vista disso, foraminíferos bentônicos vivos foram avaliados como bioindicadores potenciais da qualidade ambiental no Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga um sistema no litoral paulista altamente impactado antropicamente para estudos e monitoramentos ambientais por órgãos fiscalizadores e reguladores. Para isso, foraminíferos bentônicos foram analisados em triplicata em vinte e uma estações, conjuntamente com a análise de parâmetros sedimentológicos e geoquímicos (granulometria, CaCO3, matéria orgânica e carbono orgânico total COT) e antrópicos (hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, alquilbenzenos lineares e coprostanol indicadores químicos de poluição por esgoto), para verificar os possíveis estressores à fauna. Ademais, um modelo hidrodinâmico tridimensional foi utilizado para obter os valores mínimos, máximos, e a variação média da salinidade da água de fundo. Os índices ambientais para foraminíferos EcoQS, FSI e %TSstd foram aplicados pela primeira vez nesse ambiente. Verificou-se que os foraminíferos são bioindicadores eficientes para esse estuário, sendo propostos seis compartimentos ecológicos que possuem condições oceanográficas e de contaminação diferentes agindo sobre a fauna. O primeiro, Alto Estuário, possui alta contaminação por hidrocarbonetos e qualidade ambiental ruim. A espécie Ammonia sp.1 mostrou-se oportunista e dominante nesse ambiente. O segundo, Canal de Bertioga, apresenta altos valores de COT e a maior variação de salinidade no estuário. (Continua)(Continuação) Assim, impactos naturais acarretaram uma qualidade ambiental ruim, mas influências antrópicas, como introdução de esgoto e maior intrusão salina pelas modificações estruturais no Canal de Santos, não são descartadas. A fauna de foraminíferos foi marcada pelas espécies aglutinantes Haplophragmoides tenuis, Trochammina hadai e Paratrochammina clossi. O terceiro, Canal de Santos, apresenta a melhor qualidade ambiental do estuário. Nesse ambiente, baixas variações nos parâmetros oceanográficos e pouca contaminação favoreceram uma assembleia com alta abundância de Bulimina elongata, Bolivina striatula e Pseudotriloculina patagonica. Contudo, mudanças estruturais no Canal pelas atividades portuárias podem alterar a hidrodinâmica natural desse ambiente. O quarto, Baía de Santos, apresenta condições naturais mais marinhas e influência de contaminação por esgoto. Entretanto, apresentou qualidade ambiental boa e assembleia de foraminíferos com alta abundância de B. striatula e Pararotalia cananeiaensis. O quinto, Canal de São Vicente, apesar de apresentar condições mais marinhas, com sedimento arenoso, pouco COT e menor aporte de contaminantes (em especial esgoto), a assembleia de foraminíferos encontrada mostrou-se pobre, composta principalmente por Cribroelphidium excavatum e Ammonia sp.1, não indicando condições propícias ao desenvolvimento da fauna. O sexto compartimento é o de transição, apresentando características mistas dos outros compartimentos, com altas contaminações e variações nos parâmetros naturais, não sendo possível estabelecer uma assembleia e qualidade ambiental características. Acredita-se que nessa região os parâmetros são muito variáveis. (Continua)(Continuação) Recomenda-se a aplicação conjunta em sistemas estuarinos dos três índices ambientais utilizados visto que as informações adquiridas pela análise dos índices são complementares, possibilitando uma avaliação da qualidade ambiental mais robusta.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 10.06.2022
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      DAMASIO, Bruno Vanderlinde. A qualidade ambiental do Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga avaliada por um bioindicador: foraminíferos bentônicos. 2022. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Sao Paulo, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Damasio, B. V. (2022). A qualidade ambiental do Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga avaliada por um bioindicador: foraminíferos bentônicos (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Sao Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013
    • NLM

      Damasio BV. A qualidade ambiental do Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga avaliada por um bioindicador: foraminíferos bentônicos [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013
    • Vancouver

      Damasio BV. A qualidade ambiental do Sistema Estuarino de Santos, São Vicente e Bertioga avaliada por um bioindicador: foraminíferos bentônicos [Internet]. 2022 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/D.21.2021.tde-09032022-135013


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