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Epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos do Estado de São Paulo, Brasil (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: CASSINELLI, ANA BEATRIZ MELLES - FMVZ
  • Unidade: FMVZ
  • DOI: 10.11606/T.10.2021.tde-08022022-160231
  • Subjects: DIAGNÓSTICO; OLHO; TOXOPLASMA GONDII; TOXOPLASMOSE
  • Keywords: Toxoplasma gondii; Brazil; Eye Banks; Standardization of diagnostic methods
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório amplamente disseminado pelo mundo. Estima-se que um terço da população mundial esteja cronicamente infectada por esse coccídio. No Brasil, essa prevalência chega a ser estimada em 70% em algumas regiões do país. Apesar de apresentar uma alta prevalência, a primo-infecção por T. gondii acaba passando despercebida em pacientes imunocompetentes, com quadros subclínicos ou com sintomas semelhantes aos de uma gripe. Em pacientes imunocomprometidos e em mulheres grávidas, infecções recentes merecem grande atenção, pois a evolução clínica da doença é mais severa, podendo levar ao desenvolvimento de sequelas irreversíveis ou até à morte. Uma das manifestações mais comuns da infecção sistêmica por T. gondii é a forma ocular, acometendo principalmente a retina e a coroide. O isolamento de T. gondii a partir de amostras de seres humanos é imprescindível para verificar se existe ou não uma correlação entre a expressão fenotípica da doença e a linhagem do parasita. No Brasil, ainda há poucos relatos de isolamentos obtidos a partir de amostras humanas. O objetivo do presente estudo foi determinar a epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos das cidades de Ribeirão Preto (BORP) e São José do Rio Preto (BOSJRP), no interior do Estado de São Paulo. Foram recebidos um total de 395 globos oculares correspondentes a 201 doadores. Destes globos oculares, 289 foram captados pelo BORP, enquanto 106 foram captados pelo BOSJRP.Dentre os doadores do BORP, 42/148 (28,3%) possuíam ambos os tecidos (olhos e sangue) disponíveis para pesquisa e 5,4% (8/148) dos doadores possuíam lesões sugestivas para toxoplasmose ocular (TO). Três deles apresentavam lesões macroscópicas bilaterais, isto é, em ambos os olhos, e cinco possuíam lesões unilaterais. Dentre os 53 doadores do BOSJRP, 86,8% (46/53) possuíam ambos os tecidos disponíveis para pesquisa e nenhuma amostra de tecido ocular apresentava lesões sugestivas para TO. Do total de 88 soros analisados, 70,5% (62/88) apresentavam apenas anticorpos IgG anti-T. gondii, 6,8% (6/88) foram positivos para ambos os anticorpos (IgG e IgM) anti-T. gondii e 22,7% (20/88) foram considerados soronegativos. Todos os globos oculares com lesão potencialmente causada por T. gondii foram submetidos ao bioensaio em camundongos para tentativa de isolamento do parasita. Ao término do período de bioensaio, nenhum camundongo apresentou anticorpos anti-T. gondii no Teste de Aglutinação Modificado (MAT) ou cistos nos tecidos analisados durante a necropsia. Na cPCR, a amplificação dos fragmentos de interesse do gene B1 e da região repetitiva do genoma REP-529 foi observada em uma amostra que não apresentava lesão macroscópica aparente; esta amostra foi designada como PS-TgOTBrSP1. Além dessa amostra, outras oito apresentaram amplificação para os marcadores selecionados na PCR em tempo real, portanto, 2,3% (9/395) dos globos oculares foram diagnosticados como positivos para T.gondii. As demais amostras, incluindo todas as onze amostras com lesão macroscópica sugestiva para TO, foram diagnosticadas como negativas. A amostra PS-TgOTBrSP1 foi identificada como não-arquétipa por meio da análise de 15 marcadores microssatélites e um genótipo incompleto, não-arquétipo, foi obtido por meio de PCR-RFLP. O genótipo MS de T. gondii da amostra PS-TgOTBrSP1 é um genótipo único, o que contribui para corroborar a baixa circulação de linhagens clássicas clonais e a ampla diversidade genética de T. gondii no Brasil. E, embora só tenha sido possível examinar um número reduzido de amostras, o presente estudo também contribui para validar dados encontrados em outros estudos que apontam que 50-80% da população adulta tem anticorpos para T. gondii no Brasil.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 22.10.2021
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.10.2021.tde-08022022-160231 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      CASSINELLI, Ana Beatriz Melles. Epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos do Estado de São Paulo, Brasil. 2021. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-08022022-160231/. Acesso em: 01 out. 2024.
    • APA

      Cassinelli, A. B. M. (2021). Epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos do Estado de São Paulo, Brasil (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-08022022-160231/
    • NLM

      Cassinelli ABM. Epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos do Estado de São Paulo, Brasil [Internet]. 2021 ;[citado 2024 out. 01 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-08022022-160231/
    • Vancouver

      Cassinelli ABM. Epidemiologia da toxoplasmose ocular em Bancos de Olhos do Estado de São Paulo, Brasil [Internet]. 2021 ;[citado 2024 out. 01 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-08022022-160231/

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