Proteômica e funcionalidade das subfrações de lipoproteína de densidade alta (HDL) e aterosclerose subclínica no diabetes mellitus tipo 1 (2021)
- Authors:
- Autor USP: TOYOSHIMA, MARCOS TADASHI KAKITANI - FM
- Unidade: FM
- DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-11012022-135720
- Subjects: DIABETES MELLITUS; ARTERIOSCLEROSE; PROTEÔMICA; COLESTEROL
- Keywords: Atherosclerosis; Complicações do diabetes; Diabetes complication; Diabetes mellitus type 1; HDL-2; HDL-3; HDL-colesterol; High density cholesterol; Proteomics
- Language: Português
- Abstract: INTRODUÇÃO: A aterosclerose é a principal causa de morbimortalidade em indivíduos com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), para a qual concorrem alterações no metabolismo de lípides e lipoproteínas. A redução do colesterol nas lipoproteínas de densidade alta (HDL-c) associa-se ao maior risco cardiovascular. No entanto, indivíduos com DM1 não necessariamente apresentam redução do HDL-c e, neste aspecto, considera-se que alteração em sua funcionalidade possa conferir maior risco cardiovascular. OBJETIVO: Avaliar a proteômica das subfrações da HDL (HDL2 e HDL3) e sua associação com a funcionalidade desta lipoproteína, variáveis clínico-metabólicas e função vascular, indicativa de aterosclerose subclínica, em portadores de DM1 e controles sem diabetes. MÉTODOS: Foram selecionados 50 indivíduos com DM1 e 30 controles, pareados por idade e sexo. As HDL2 e HDL3 foram isoladas por ultracentrifugação e sua proteômica foi determinada por espectrometria de massas e monitoramento de reações em paralelo (PRM). A capacidade de remoção de colesterol foi determinada pela incubação com macrófagos sobrecarregados com LDL acetilada e 14C-colesterol. A função vascular foi avaliada pela velocidade de onda de pulso (VOP) e vasodilatação mediada por fluxo (VMF), e a neuropatia autonômica cardiovascular (NAC), pelo teste de Ewing e análise espectral. RESULTADOS: Um total de 45 proteínas foi selecionado na proteômica da HDL2 e HDL3; com diferença no conteúdo de 13 proteínas na HDL2 e 33 na HDL3, entre ogrupo DM1 e controle. Destas, 10 (seis relacionadas ao metabolismo lipídico, uma proteína de fase aguda inflamatória, uma do sistema do complemento, uma antioxidante e uma sem função muito conhecida) foram mais abundantes na HDL2 e 23 (14 relacionadas ao metabolismo lipídico, três proteínas de fase aguda inflamatória, três antioxidantes, uma transportadora e três sem função muito conhecida), na HDL3 de DM1. Uma proteína do metabolismo lipídico, uma transportadora e outra sem função bem conhecida, foram mais abundantes na HDL2; e uma proteína associada ao metabolismo lipídico, cinco transportadoras, um inibidor de protease e três sem função bem conhecida, foram mais abundantes na HDL3 de controles. Para HDL2, avaliação de razão de chances mostrou que o grupo DM1 teve maior força de associação com sete proteínas (apoB, apoC-II, apoE, APMAP, C3, GPLD1 e PLTP), sendo a maioria delas relacionada ao metabolismo lipídico. Já o grupo controle esteve mais associado com quatro proteínas (A1BG, apoC-III, subunidade beta da hemoglobina e transtirretina), sendo duas proteínas transportadoras. Para a HDL3, análise de razão de chances mostrou que o grupo DM1 teve maior força de associação com 17 proteínas, sendo a maioria relacionada ao metabolismo lipídico. Já o grupo controle, a associação foi com sete proteínas, sendo três proteínas transportadoras. Análise discriminante mostrou que seis proteínas (APMAP, apoC-II, apoC-III, complemento C3, PLTP e subunidade beta da hemoglobina) na HDL2tiveram capacidade discriminatória entre os grupos DM1 e controle e cinco proteínas (apoA-I, APMAP, LCAT, PCSK9 e subunidade beta da hemoglobina) na HDL3. Os indivíduos com DM1 apresentaram maior VOP e menor VMF, além de maior risco cardiovascular estimado em comparação ao grupo controle. Não houve diferença de efluxo de colesterol do macrófago entre os grupos. Algumas proteínas nas HDL2 e HDL3, especialmente relacionadas ao metabolismo lipídico, correlacionaram-se com a função vascular, principalmente com a VOP, a NAC, o efluxo de 14C colesterol de macrófagos, HDL-c, hipertensão arterial sistêmica, controle glicêmico, risco cardiovascular estimado e uso de estatinas. CONCLUSÃO: A proteômica da HDL pode ser preditiva de alteração na funcionalidade desta lipoproteína e de aterosclerose subclínica no DM1
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- Data da defesa: 27.10.2021
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ABNT
TOYOSHIMA, Marcos Tadashi Kakitani. Proteômica e funcionalidade das subfrações de lipoproteína de densidade alta (HDL) e aterosclerose subclínica no diabetes mellitus tipo 1. 2021. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-11012022-135720/. Acesso em: 16 nov. 2024. -
APA
Toyoshima, M. T. K. (2021). Proteômica e funcionalidade das subfrações de lipoproteína de densidade alta (HDL) e aterosclerose subclínica no diabetes mellitus tipo 1 (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-11012022-135720/ -
NLM
Toyoshima MTK. Proteômica e funcionalidade das subfrações de lipoproteína de densidade alta (HDL) e aterosclerose subclínica no diabetes mellitus tipo 1 [Internet]. 2021 ;[citado 2024 nov. 16 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-11012022-135720/ -
Vancouver
Toyoshima MTK. Proteômica e funcionalidade das subfrações de lipoproteína de densidade alta (HDL) e aterosclerose subclínica no diabetes mellitus tipo 1 [Internet]. 2021 ;[citado 2024 nov. 16 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-11012022-135720/
Informações sobre o DOI: 10.11606/T.5.2021.tde-11012022-135720 (Fonte: oaDOI API)
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