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Estratégias inovadoras de rastreamento, busca ativa e seguimento dos casos novos de hanseníase na população carcerária feminina (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, CLAUDIA MARIA LINCOLN - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • DOI: 10.11606/T.17.2021.tde-05112021-102743
  • Subjects: HANSENÍASE; PENITENCIÁRIA PARA MULHERES; POPULAÇÃO CARCERÁRIA; SISTEMA PENITENCIÁRIO
  • Keywords: Estesiometria; Esthesiometric; Hanseníase; Leprosy; Penitenciária; Penitentiary; Rastreamento; Tracking
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Hanseníase é uma doença infecciosa crônica e atinge pele e nervos, podendo gerar incapacidades. Sendo sua transmissão pelas vias aéreas superiores, suspeita-se que locais superlotados, como prisões, podem se tornar um risco para adoecimento. Assim como a endemia oculta da hanseníase demonstrada na população carcerária masculina, torna-se interessante avaliar o panorama da hanseníase também entre mulheres confinadas. Objetivou-se diagnosticar, tratar e seguir os casos novos com enfoque na evolução estesiométrica e avaliar o potencial rastreador do questionário de suspeição de hanseníase (QSH) na busca ativa na população carcerária, além de avaliar resposta ao anticorpo anti-PGL-I. Um estudo prospectivo, com perfil descritivo da população carcerária feminina da Penitenciária de Ribeirão Preto (SP). QSHs foram distribuídos às reeducandas para preenchimento e posteriormente avaliação dermatoneurológica especializada, exame sorológico anti-PGL-I e molecular PCR-RLEP dos rapados intradérmicos. Foram avaliadas 404 reeducandas, sendo 14 casos novos inicialmente identificados com índice de detecção (IDCN) de 3,4%, sendo 13 classificadas como multibacilares. Casos novos, acompanhados durante a poliquimioterapia apresentaram melhora clínica significativa. O tempo médio de detenção foi de 31 meses, menor que o tempo de incubação da hanseníase. Em relação ao QSH, os sintomas neurológicos atingiram os valores de x2 mais altos como Q1 - dormência (5,6), Q3 - anestesia áreas da pele (7,5), Q5 - sensação de picadas (5,8) e Q7 - dor nos nervos (34,7), enquanto o sinal cutâneo Q4-manchas na pele foi de 4,94. Quando mais de uma questão foi marcada no QSH, indicando 12,8 vezesmaior chance de adoecer do que indivíduos que marcaram apenas uma ou nenhuma. Q5 associado a Q1, Q7 e Q2 atingiu o melhor Odds ratio. Alta soropositividade ao anti-PGL-I em 34% demonstra epidemiologicamente contato ao bacilo na Unidade, sendo que mulheres em geral e as não doentes apresentaram maiores valores que os homens em confinamento (p<0,001). Na segunda (n=66) e terceira (n=14) reavaliações após 18 e 36 meses da inicial, foram diagnosticados mais 3 casos em cada visita. O estesiômetro no diagnóstico demonstrou que os membros inferiores (32,2%) são mais acometidos que os superiores (25%) e no monitoramento foi capaz de identificar melhora funcional da sensibilidade na última avaliação (alta) com significância nas mãos e pés (p = 0,017 e 0,006 respectivamente) e linha de tendência descendente. O índice de casos novos de hanseníase na população confirmou uma endemia oculta, como identificado anteriormente na população carcerária masculina, além da eficácia da ação de busca por equipe especializada com o auxílio do QSH como ferramenta auxiliar de rastreio, pois todos os casos apresentaram alguma marcação, reforçados pela alta positividade ao anti-PGL-I na população penitenciária feminina. Dados que reafirmam a importância do diagnóstico clínico da hanseníase baseado nos sintomas neurais da doença, além de identificar fatores clínicos e imunoepidemiológicos e sociais associados, para definirtaxa de detecção de casos novos dentro do sistema carcerário brasileiro, o risco de adoecimento e a necessidade de promoção do cuidado e tratamento das reeducandas, possibilitando assim o restabelecimento da saúde aos indivíduos não só enquanto detentos, mas também quanto egressos do sistema penal
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.08.2021
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.17.2021.tde-05112021-102743 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      SILVA, Cláudia Maria Lincoln. Estratégias inovadoras de rastreamento, busca ativa e seguimento dos casos novos de hanseníase na população carcerária feminina. 2021. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05112021-102743/. Acesso em: 18 set. 2024.
    • APA

      Silva, C. M. L. (2021). Estratégias inovadoras de rastreamento, busca ativa e seguimento dos casos novos de hanseníase na população carcerária feminina (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05112021-102743/
    • NLM

      Silva CML. Estratégias inovadoras de rastreamento, busca ativa e seguimento dos casos novos de hanseníase na população carcerária feminina [Internet]. 2021 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05112021-102743/
    • Vancouver

      Silva CML. Estratégias inovadoras de rastreamento, busca ativa e seguimento dos casos novos de hanseníase na população carcerária feminina [Internet]. 2021 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05112021-102743/


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