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Avaliação in vivo do potencial de lipossomas contendo insulina para terapia tópica da doença do olho seco (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: BREDARIOLI, PAULA ANATÁLIA PEREIRA - FCFRP
  • Unidade: FCFRP
  • Sigla do Departamento: 602
  • Subjects: LIPOSSOMOS; INSULINA; MEDICAMENTO TÓPICO; CITOCINAS; INFLAMAÇÃO; OLHO
  • Keywords: Administração tópica; Citocinas pró-inflamatórias; Citologia de impressão; Evaporative dry eye; Impression cytology; Olho seco evaporativo; Proinflammatory cytokines; Secreção lacrimal; Tear secretion; Topical administration
  • Language: Português
  • Abstract: A doença do olho seco (DOS) é uma doença multifatorial da superfície ocular que ocasiona diminuição da secreção lacrimal, hiperosmolaridade e inflamação. Estudos recentes mostram que a administração tópica de insulina (INS) aumenta a secreção lacrimal. No entanto, a rápida drenagem do local de aplicação associada à sua conhecida instabilidade em fluidos biológicos diminui a biodisponibilidade local da INS e impõem administrações múltiplas que acarretam baixa adesão ao tratamento. Lipossomas são sistemas de liberação de fármacos biocompatíveis que aumentam a estabilidade e o tempo de residência de fármacos na superfície ocular. Também há indícios de que sua composição lipídica evite a evaporação exacerbada do fluido lacrimal, característico da DOS. Com a hipótese de que a associação da INS à lipossomas aumente a biodisponibilidade ocular da INS e auxilie na proteção das células do epitélio corneano, lesionadas nos casos de DOS, o objetivo deste trabalho foi avaliar, in vivo, o efeito de lipossomas contendo INS (lipossoma-INS) nos principais sinais da DOS: secreção lacrimal diminuída, células epiteliais agredidas, epitélio fino e inflamação. Lipossomas-INS foram preparados e caracterizados em relação ao seu tamanho médio (108±6 nm), índice de polidispersão (PdI) (0,28), potencial zeta (-5±10 mV), pH (6,7±0,1) e osmolaridade (230±5 mOsm/L), além da eficiência de encapsulação (50%, aproximadamente 0,25 mg/mL). Injetados em ratos Wistar Hannover, os lipossomas-INS reduziram a glicemia a níveis semelhantes ao provocado pela injeção de uma dispersão simples de INS (disp-INS), com um retardo nos primeiros 30 min, sugerindo que os lipossomas sustentam a liberação da INS. A avaliação da influência na DOS do lipossoma-INS comparada ao lipossoma branco (sem INS) e a disp-INS foi realizada em ratos Wistar Hannover em dois modelosde DOS: induzida por instilação de cloreto de benzalcônio (BAC) e induzida por diabetes após injeção de streptozotocina (STZ). No modelo de DOS induzida por BAC, as formulações foram instiladas diariamente. Observou-se que as características gerais do epitélio da córnea, avaliadas por citologia de impressão, foram semelhantes as apresentadas pelo controle negativo (animal saudável) quando os animais foram tratados com o lipossoma-INS, classificadas como grau 0 na escala de Nelson. O epitélio dos animais tratados com disp-INS e lipossoma branco foi classificado como grau 2 e 1, respectivamente. No entanto, utilizando esse modelo de DOS, não foi possível observar diferenças na secreção lacrimal nem mesmo entre o controle positivo (animal com DOS não tratado) e o controle negativo. A espessura do epitélio da córnea foi significativamente maior nos grupos tratados com lipossoma-INS em relação ao controle positivo. No modelo de DOS induzida por STZ, os animais foram tratados em dias alternados com as formulações. A secreção lacrimal foi significativamente maior nos animais tratados com o lipossoma branco e lipossoma-INS, com volume semelhante ao controle negativo. A expressão na córnea das citocinas pró-inflamatórias, IL-6, IL1-β e TNF-α, foi avaliada por PCR. Não houve alteração significativa na expressão de IL-6 entre os grupos estudados. A avaliação do gene para IL-1β mostrou que os animais com DOS não tratados expressaram 2,5 vezes mais IL-1β do que os animais saudáveis. O tratamento com o lipossoma-INS diminuiu essa expressão para níveis estatisticamente semelhantes ao controle negativo, enquanto o tratamento com a disp-INS não os diminuiu. Os níveis de TNF-α, elevados nos animais com DOS, foram reduzidos a níveis semelhantes ao apresentado pelo controle negativo em todos os animais tratados. Apesar dos tratamentos com a disp-INS elipossoma branco apresentar resultados melhores do que o controle positivo em alguns dos sinais avaliados, o tratamento com o lipossoma-INS foi o único que possibilitou a recuperação dos sinais da DOS a níveis semelhantes ao controle negativo em todos os parâmetros avaliados. Sugere-se, desta forma, que a associação do lipossoma com a INS apresente um efeito sinérgico e é promissora para o tratamento da DOS
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 28.04.2021

  • How to cite
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    • ABNT

      BREDARIOLI, Paula Anatália Pereira. Avaliação in vivo do potencial de lipossomas contendo insulina para terapia tópica da doença do olho seco. 2021. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2021. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Bredarioli, P. A. P. (2021). Avaliação in vivo do potencial de lipossomas contendo insulina para terapia tópica da doença do olho seco (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Bredarioli PAP. Avaliação in vivo do potencial de lipossomas contendo insulina para terapia tópica da doença do olho seco. 2021 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Bredarioli PAP. Avaliação in vivo do potencial de lipossomas contendo insulina para terapia tópica da doença do olho seco. 2021 ;[citado 2024 abr. 18 ]

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