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Queda da pressão portal após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: impacto no comportamento das varizes esofageanas, na taxa de ressangramento e na trombose de veia porta (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA NETO, WALTER DE BIASE DA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MGT
  • Subjects: ESQUISTOSSOMOSE MANSONI; HIPERTENSÃO PORTAL; CIRURGIA; VARIZES ESOFÁGICAS E GÁSTRICAS; HEMORRAGIA
  • Keywords: Control; Controle; Esophageal and gastric varices; Hemorrhage; Portal hypertension; Portal pressure; Portal vein; Pressão na veia porta; Schistosomiasis mansoni; Sugery; Thrombosis; Trombose; Veia porta
  • Language: Português
  • Abstract: INTRODUÇÃO: A hipertensão portal esquistossomótica tem como principal complicação a hemorragia digestiva causada por ruptura das varizes esofageanas com mortalidade podendo chegar a 20%. A profilaxia do ressangramento das varizes indicada pela maioria dos serviços que lidam com esta afecção tem sido a desconexão ázigo-portal e esplenectomia (DAPE) associada a terapia endoscópica pós-operatória, no entanto há poucos estudos que avaliam os reusultados dessa opção terapêutica a longo prazo. O real papel da DAPE e a importância da terapia endoscópica no comportamento das varizes esofageanas ainda não está esclarecido. Na tentativa de estabelecer esta relação, realizou-se a avaliação da pressão portal antes a após a realização da DAPE e relacionou-se sua queda à evolução das varizes e à recidiva hemorrágica. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da queda da pressão portal intra-operatória em pacientes esquistossomóticos submetidos à DAPE e tratamento endoscópico pósoperatório na evolução tardia dos pacientes no que se refere ao comportamento das varizes esofágicas, recidiva hemorrágica e trombose da veia porta. MÉTODOS: Foram estudados retrospectivamente trinta e seis pacientes submetidos a DAPE associada à terapia endoscópica e com pressão portal aferida antes e após a cirurgia em dois centros, Faculdade de Medicina da UFG e na Faculdade de Medicina da USP. Os pacientes foram avaliados por exame endoscópico nos primeiros trinta dias de pós-operatório e seguidos por tempo médio de dez anos.Neste período, foram analisados a ocorrência de trombose da veia porta no pós-operatório, o calibre das varizes no pré-operatório, pós-operatório precoce e tardio e a recidiva hemorrágica. Além disso, os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a queda da pressão portal: acima e abaixo de trinta por cento e estes grupos foram comparados, levando em conta os resultados do calibre das varizes e recidiva hemorrágica. RESULTADOS: Houve regressão significativa do calibre das varizes em relação ao pré-operatório, tanto no pós-operatório precoce como tardio (p < 0,001 em ambos). A comparação entre o calibre das varizes no pós-operatório precoce e tardio não foi estatisticamente significativa (p=1,000). A análise do comportamento das varizes esofageanas, relacionadas à queda da pressão portal no intraoperatório, acima e abaixo de trinta por cento, não mostrou diferença significativa entre os grupos, comparando o calibre pré e pós-operatório precoce (p=0,297). Quando comparados o pré e o pós-operatório tardio a diferença foi significativa (p < 0,034). A recidiva hemorrágica ocorreu em 16,6% dos pacientes acompanhados. A variação de pressão portal intraoperatória (acima e abaixo de trinta por cento) não influenciou de forma significativa a recidiva hemorrágica por sangramento de varizes esofageanas (p=0,20). A ocorrência de trombose não esteve associada de forma significativa à recidiva hemorrágica (p=1,000). CONCLUSÕES: Embora a cirurgia tenha influência direta na redução do calibre das varizes esofageanas,a queda de pressão portal não parece ser fator determinante para esta diminuição no comportamento das varizes esofágicas nem a curto nem a longo prazo. O tratamento endoscópico de longo prazo se faz necessário, independentemente do efeito da cirurgia na hemodinâmica portal, tanto em relação ao calibre das varizes quanto ao controle da recidiva hemorrágica. A queda de pressão portal não influenciou o índice de trombose de veia porta. A incidência de trombose de veia porta não influenciou a taxa de recidiva hemorrágica a longo prazo
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.01.2020
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      SILVA NETO, Walter De Biase da. Queda da pressão portal após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: impacto no comportamento das varizes esofageanas, na taxa de ressangramento e na trombose de veia porta. 2020. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05072020-171656/. Acesso em: 24 abr. 2024.
    • APA

      Silva Neto, W. D. B. da. (2020). Queda da pressão portal após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: impacto no comportamento das varizes esofageanas, na taxa de ressangramento e na trombose de veia porta (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05072020-171656/
    • NLM

      Silva Neto WDB da. Queda da pressão portal após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: impacto no comportamento das varizes esofageanas, na taxa de ressangramento e na trombose de veia porta [Internet]. 2020 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05072020-171656/
    • Vancouver

      Silva Neto WDB da. Queda da pressão portal após desconexão ázigo-portal e esplenectomia em pacientes esquistossomóticos: impacto no comportamento das varizes esofageanas, na taxa de ressangramento e na trombose de veia porta [Internet]. 2020 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-05072020-171656/


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