O chapéu do bruxo: artefatos, aprendizes e aprendizados de um fazer científico (bio)hacker (2019)
- Authors:
- Autor USP: COSTA, CLARISSA RECHE NUNES DA - IEB
- Unidade: IEB
- Subjects: ANTROPOLOGIA BIOLÓGICA; BIOLOGIA SINTÉTICA; HACKERS; APRENDIZAGEM; FILOSOFIA DA CIÊNCIA; FEMINISMO
- Keywords: Anthropology; Feminism; Learning; Science Philosophy; Synthetic Biology
- Language: Português
- Abstract: A presente dissertação tem como objetivo seguir de perto práticas (bio)hackers balizadas por preceitos políticos de abertura e democratização, realizadas a princípio no interior da Universidade de São Paulo, uma instituição de pesquisa "tradicional", mas que integram redes e constroem alianças que alargam e adensam os atores e lugares autorizados a participar de fazeres científicos. Trata-se de um exercício experimental etnográfico produzido a partir do encontro com participantes do Clube de Biologia Sintética da USP e cujo campo de trabalho esteve situado especialmente em processos de fabricação de artefatos científicos "do-ityourself" (DIY), como por exemplo equipamentos para a realização de pesquisas em biologia molecular. Sigo os fluxos e encadeamentos de acontecimentos que se deram durante os anos que estive em campo, buscando evidenciar a própria transformação do que constituiu este campo, que passou da participação nas reuniões semanais e projetos pontuais do Clube de Biologia Sintética à experiências realizadas junto à rede (bio)hacker que estive em contato. Meu ponto de partida é uma primeira questão que me acompanhou em campo, a saber, por que as práticas pautadas em abertura florescem nesta "fronteira" do conhecimento, a Biologia Sintética? O contraste entre a história oficial do desenvolvimento deste campo científico emergente, cujas origens estão nos laboratórios do MIT - Harvard, e as experiências vividas me conduziu a observar as tensões entre aspossibilidades de produção científica que encontramos localmente e o "estado da arte" científico advindo dos EUA e Europa a partir de práticas abertas, (bio)hackers e desobedientes que insistem em estar dentro de instituições formais. Pretendo nesta dissertação narrar experiências que desestabilizam os polos humano-objeto e ciência-política de modo a, assumindo uma análise feminista orientada a objetos, elencar aprendizados capazes de instigar nossas imaginações sobre outras formas possíveis (e desejáveis) de relações produtivas integradas por uma dignidade coproduzida. Para tanto, conto com a ajuda de uma proposta "ciborgue-feiticeira", ou melhor, dos pensamentos de Haraway e Stengers, filósofas da Ciência e Tecnologia, a partir dos quais ressalto o caráter de aprendizagem que emergiu do trabalho de campo e tornou-se figura central e pulsante ao deslocar meu olhar para práticas e objetos, evidenciando o lugar da imaginação coletiva nas ciências e a reivindicação da capacidade de imaginar como proteção e possibilidade de entreviver
- Imprenta:
- Data da defesa: 18.12.2019
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ABNT
COSTA, Clarissa Reche Nunes da. O chapéu do bruxo: artefatos, aprendizes e aprendizados de um fazer científico (bio)hacker. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-17032020-105341/. Acesso em: 17 nov. 2024. -
APA
Costa, C. R. N. da. (2019). O chapéu do bruxo: artefatos, aprendizes e aprendizados de um fazer científico (bio)hacker (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-17032020-105341/ -
NLM
Costa CRN da. O chapéu do bruxo: artefatos, aprendizes e aprendizados de um fazer científico (bio)hacker [Internet]. 2019 ;[citado 2024 nov. 17 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-17032020-105341/ -
Vancouver
Costa CRN da. O chapéu do bruxo: artefatos, aprendizes e aprendizados de um fazer científico (bio)hacker [Internet]. 2019 ;[citado 2024 nov. 17 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-17032020-105341/
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