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Envelhecimento e funcionalidade: uma análise de trajetórias (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: NEGRINI, ETIENNE LARISSA DUIM - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HEP
  • DOI: 10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348
  • Subjects: ENVELHECIMENTO; ESTUDOS LONGITUDINAIS; AUTOCUIDADO; DESIGUALDADES SOCIAIS
  • Keywords: Curso de Vida; Incapacidade Funcional
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: O envelhecimento é um processo heterogêneo e dinâmico, influenciado por características biológicas, psicológicas, hábitos de vida, características socioeconômicas e ambientais, às quais os indivíduos são expostos ao longo da vida. A partir da combinação de tais características podem ocorrer diferentes trajetórias de envelhecimento no que se refere ao comprometimento funcional. A funcionalidade física da pessoa idosa pode ser avaliada segundo sua condição de mobilidade e a capacidade de desempenhar atividades de vida. Objetivo: Avaliar a existência de múltiplas trajetórias de funcionalidade de pessoas idosas e verificar se os determinantes sociais de saúde estão associados com às trajetórias identificadas. Método: Esta tese é dividida em três estudos longitudinais que utilizam dados dos estudos Saúde, Bem-estar e Envelhecimento do Brasil e Chile e do Estudio Mexicano de Envejecimiento y Salud. Utilizou-se como base três desfechos de condição funcional: (i) atividades básicas de vida diária que são relacionadas ao autocuidado (alimentar-se, tomar banho, vestir-se, deitar e levantar da cama, usar o vaso sanitário e caminhar dentro de casa); (ii) atividades instrumentais de vida diária, associadas à vida em comunidade (utilizar meios de transporte, manejar o próprio dinheiro, preparar refeições, usar o telefone, lavar roupa, cuidar dos afazeres domésticos e controlar a própria medicação); e (iii) mobilidade.Enquanto exposições de interesse, os estudos que formam a tese avaliam o impacto dos determinantes sociais de saúde nas trajetórias de funcionalidade de idosos. Modelos de trajetória determinístico e probabilístico foram adotados para avaliar a evolução funcional dos participantes dos estudos. Após a definição ou extração dos grupos distintos de trajetórias modelos de regressão logística e regressão multinomial foram aplicados para avaliar os fatores associados ao pertencimento de cada trajetória. Resultados: O estudo 1 observou que indivíduos com menos de 4 anos de educação formal apresentaram 2,7 vezes a chance de vivenciar piores trajetórias de envelhecimento funcional em comparação com idosos com pelo menos oito anos de escolaridade. Foi observada ainda diferenças entre os países estudados, sendo que idosos residentes em São Paulo apresentaram maior probabilidade de pertencer a piores trajetórias funcionais em relação a idosos vivendo em Santiago (Odds Ratio (OR) 6,10, Intervalo de Confiança de 95% (IC95%) 3,55;10,49). O estudo 2 evidenciou seis trajetórias de funcionalidade. Idosos pretos e pardos apresentaram maior probabilidade de pertencer a uma trajetória com característica de acelerado processo de perda funcional em comparação com idosos brancos (OR 1,60; IC95% 1,14; 2,26). Mulheres apresentavam maior chance de fazer parte das trajetórias 3 (Traj 3 OR 1,82; IC95% 1,33;248), 4 (Traj 4 OR 2,14; IC95%1,59;2,88) ou 5 (Traj 5 OR 1,95; IC95% 1,41;2,69) em relação à trajetória 2 quando comparadas com homens.Já o terceiro estudo que compõe a tese evidenciou a associação entre classes de condição socioeconômica e trajetórias de envelhecimento, sendo que quanto pior a condição social ao longo da vida maior a chance de fazer parte de piores trajetórias na velhice (p<0,001). Em todos os estudos apresentados, quanto maior a faixa etária maior a chance de fazer parte de piores trajetórias de funcionalidade. Conclusão: Os resultados apresentados evidenciam a heterogeneidade no processo de envelhecimento e sua relação com desigualdades sociais avaliadas por diferentes perspectivas. Ainda que guiado pela idade, o processo de envelhecimento em piores condições funcionais também pode ser explicado por baixo nível de escolaridade, pelo fato de ser mulher, ser preto ou pardo e por outras características socioeconômicas que posicionam a pessoa idosa em situação de desvantagem durante o processo de envelhecimento. Os presentes achados reforçam a discussão das desigualdades sociais e o envelhecimento em si dentro de uma perspectiva de curso de vida.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.07.2020
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      NEGRINI, Etienne Larissa Duim. Envelhecimento e funcionalidade: uma análise de trajetórias. 2020. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348. Acesso em: 27 dez. 2025.
    • APA

      Negrini, E. L. D. (2020). Envelhecimento e funcionalidade: uma análise de trajetórias (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348
    • NLM

      Negrini ELD. Envelhecimento e funcionalidade: uma análise de trajetórias [Internet]. 2020 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348
    • Vancouver

      Negrini ELD. Envelhecimento e funcionalidade: uma análise de trajetórias [Internet]. 2020 ;[citado 2025 dez. 27 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-25082020-113348


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