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Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: FONSECA, PRISCILLA DUARTE MARQUES - IMT
  • Unidade: IMT
  • Subjects: ESTRONGILOIDÍASE; PROTEÔMICA; DIAGNÓSTICO; INFECÇÃO EXPERIMENTAL ANIMAL
  • Language: Português
  • Abstract: A estrongiloidíase é uma doença parasitária negligenciada causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis, geralmente assintomática, no entanto potencialmente fatal em indivíduos imunocomprometidos. Trata-se de uma infecção de difícil diagnóstico devido a pequena e irregular eliminação de larvas nas fezes. Espécies do gênero que infectam roedores, como Strongyloides venezuelensis, têm sido utilizadas para o estudo de aspectos envolvidos na relação parasito-hospedeiro, e como alternativa para produção de antígenos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a expressão diferencial de proteínas nos estágios evolutivos de larva filarioide (L3) e fêmea parasita (FP) de S. venezuelensis, bem como utilizar o modelo experimental para verificar o reconhecimento de proteínas ao longo da infecção. A análise proteômica por Shotgun identificou um total de 1017 proteínas no extrato solúvel, considerando os dois estágios evolutivos, sendo 686 e 835 proteinas identificadas na L3 e na FP, respectivamente. Destas 56 proteínas foram diferencialmente expressas na L3 e 227 na FP. Das proteínas diferencialmente expressas na L3, pode-se observar uma grande quantidade de proteínas relacionadas com a atividade enzimática, algumas estruturais, além da galectina. Por outro lado, na FP foram identificadas proteínas relacionadas com a síntese proteica, com o processo de reprodução, e com a homeostase celular. Sabendo-se que o estágio de L3 de S. venezuelensis tem sido frequentemente utilizado como antígeno heterólogo foi realizada uma análise do seu conteúdo proteico total voltada para uma possível aplicação no contexto do imunodiagnóstico. Nesta abordagem, pode-se verificar que galectinas, catepsinas, metaloproteinases e proteína Zeta 14-3-3 possam fazer parte de um catálogo de possíveis alvos a serem explorados no diagnóstico da estrongiloidiase humana.E por fim, avaliou-se o reconhecimento de frações proteicas total e purificada (em coluna de ?-Lactose) obtidas de L3 de S. venezuelensis por anticorpos IgG presentes em amostras de animais infectados experimentalmente. A fração purificada representou a fração de galectina, como confirmado por Western-blotting utilizando anticorpo anti-galectina. Pode-se observar que ocorreu um aumento na produção de anticorpos IgG ao longo da infecção experimental, considerando a fração total. Por outro lado, foi observado uma produção constante de anticorpos frente a fração purificada ao longo da infecção. Os presentes resultados confirmam a utilização de diferentes frações antigênicas no contexto do imunodiagnóstico da infecção experimental por S. venezuelensis. Além disso destaca que a fração de galectina obtida de L3 de S. venezuelensis pode ser produzida em grandes quantidades, o que pode facilitar sua aplicação no futuro no diagnóstico de estrongiloidiase humana.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.12.2019

  • How to cite
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    • ABNT

      FONSECA, Priscilla Duarte Marques. Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. . Acesso em: 18 abr. 2024.
    • APA

      Fonseca, P. D. M. (2019). Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
    • NLM

      Fonseca PDM. Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis. 2019 ;[citado 2024 abr. 18 ]
    • Vancouver

      Fonseca PDM. Análise proteômica dos estágios evolutivos de larva filarioide e fêmea parasita de Strongyloides venezuelensis. 2019 ;[citado 2024 abr. 18 ]


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