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Avaliação da capacidade de troca de cátions (CTC) em pó de rocha e solo que recebeu aplicação (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: SANTOS, ROSECLÊNIA ALVES - ECOLOGIA APLICADA
  • Unidade: ECOLOGIA APLICADA
  • Sigla do Departamento: LSO
  • Subjects: ANÁLISE DO SOLO; CARGA ELÉTRICA; MINERALOGIA DO SOLO; NUTRIENTES MINERAIS DO SOLO; TROCA IÔNICA
  • Keywords: Rochagem
  • Language: Português
  • Abstract: O uso de remineralizadores de solo (pó de rocha) está regulamentado pela Legislação Federal. Compreende insumos de origem mineral obtidos por processos mecânicos e que ao serem aplicados ao solo proporcionem melhorias em suas propriedades. Em alguns trabalhos que avaliaram a disponibilidade de nutrientes por esses materiais, tem-se relatado aumento na capacidade de troca de cátions (CTC) do solo, porém não foram investigadas as causas que originaram esses resultados. Dada a importância da CTC para o comportamento eletroquímico do solo e a relevância atual das pesquisas com uso de pó de rocha, é importante compreender como esses materiais podem afetar as cargas elétricas do solo. O objetivo deste trabalho foi investigar as causas de aumento da CTC do solo após aplicação de pó de rocha considerando as seguintes hipóteses: H1) é um artefato do método utilizado para sua determinação; H2) ocorre devido à criação de sítios de carga na superfície e bordas dos grãos do pó de rocha durante a dissolução mineral; H3) ocorre pela rápida formação de minerais secundários como produto das reações de dissolução/precipitação dos minerais primários. Para testar as hipóteses foram desenvolvidos estudo de laboratório e de campo com avaliação da CTC por diferentes metodologias. O material utilizado apresenta teor de 18% de MgO, 9% de CaO e 55% de SiO2, é composto por vermiculita, muscovita, talco, quartzo, dolomita, anfibólio, serpentina e um plagioclásio, ocorrendo segregação de minerais eteores de elementos nas classes de tamanho de partículas. No estudo em laboratório, as frações areia grossa (AG), média (AM) e fina (AF) foram submetidas à dissolução em um reator de fluxo contínuo por 22 horas. Após início da dissolução, o pH tamponou-se em torno de 7,5 em todas as frações e a liberação de cálcio, magnésio e silício diminuiu com o avanço da dissolução. A fração AG é responsável pela maior liberação de cálcio e magnésio no início da dissolução, mas é superada pela fração AF após 1 h de dissolução. Enquanto isso, a liberação de silício é superior na fração AF desde o início do período de dissolução. Altos valores de CTC foram observados para as frações AG e AM determinados pelo método da resina trocadora de íons. A CTC na fração AF determinada pela resina são similares aos resultados referentes aos métodos da troca compulsiva e adsorção de césio, estas duas últimas metodologias também apresentaram entre si valores semelhantes nas demais frações. Em campo, os efeitos do pó de rocha em atributos químicos e mineralógicos do solo foram avaliados por meio de dois experimentos. O experimento 1, foi implantado em sistema agroecológico com a cultura do alho-poró, onde foram aplicadas doses crescentes (0,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16,0 Mg ha-1) do pó de rocha em delineamento com blocos casualisados e cinco repetições. Avaliações da fertilidade do solo, análises mineralógicas e determinação da CTC pelas metodologias da resina trocadora de íons, troca compulsiva, adsorção decésio e pelo extrator KCl 1 mol L-1 foram feitas após 60, 120 e 180 dias da aplicação. Essas avaliações também foram realizadas no experimento 2, instalado há sete anos com o mesmo pó de rocha na dose de 4,5 Mg ha-1, em cultivo de cana. No solo do experimento 1, aumento nos teores de Ca, Mg, soma de bases (SB), CTC e pH; e redução da acidez potencial (H+Al) ocorreram quando se utilizou a metodologia da resina trocadora de íons para a determinação. Os valores de CTC determinados por essa metodologia foram de grandeza superior e significativamente mais elevados que nas demais metodologias. No experimento 2, a aplicação do pó de rocha aumentou os teores de Ca, Mg e SB e reduziu o Al trocável determinados pela resina trocadora de íons, entretanto nesse experimento não houve efeito na CTC em nenhuma das metodologias utilizadas para sua determinação. Não foram verificadas alterações mineralógicas durante o período avaliado nos dois experimentos. Artefato metodológico decorrente do procedimento analítico deve ser o responsável pelo aumento de CTC observado nesse trabalho e possivelmente em outros trabalhos relatados anteriormente
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 16.12.2019
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      SANTOS, Roseclênia Alves. Avaliação da capacidade de troca de cátions (CTC) em pó de rocha e solo que recebeu aplicação. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-10032020-144802/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Santos, R. A. (2019). Avaliação da capacidade de troca de cátions (CTC) em pó de rocha e solo que recebeu aplicação (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-10032020-144802/
    • NLM

      Santos RA. Avaliação da capacidade de troca de cátions (CTC) em pó de rocha e solo que recebeu aplicação [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-10032020-144802/
    • Vancouver

      Santos RA. Avaliação da capacidade de troca de cátions (CTC) em pó de rocha e solo que recebeu aplicação [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-10032020-144802/


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