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Agricultura familiar e mercados institucionais: horizontalidades no uso do território à produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: RAMOS, SORAIA DE FÁTIMA - FSP
  • Unidade: FSP
  • DOI: 10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418
  • Subjects: AGRICULTURA FAMILIAR; AGRICULTURA ORGÂNICA; ALIMENTAÇÃO ESCOLAR; POLÍTICAS PÚBLICAS; SEGURANÇA ALIMENTAR
  • Keywords: Agricultura - Alimentação - Saúde - Território; Agricultura Familiar - Agroecologia - Segurança Alimentar e Nutricional; Alimentação Escolar - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); Uso do Território - Sistemas Técnicos Agroalimentares
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução - Na fase histórica do capitalismo neoliberal, o cerne das contradições sociais exibe novas feições atribuídas aos Estados nacionais diante do crescente poder das grandes corporações sobre os fluxos materiais e imateriais no processo de produção e consumo de alimentos. Na dialética que compõem os usos dos territórios, emergem pressões dos movimentos sociais no sentido de valorizar as autonomias e singularidades dos lugares como resistência ao imperativo de homogeneização dos sistemas técnicos agroalimentares. No Brasil, o século XXI corresponde à elaboração de um conjunto de políticas públicas de caráter social, entre as quais estão as iniciativas aos agricultores familiares. Objetivo - Compreender os desafios e potencialidades da produção agrícola familiar perante as novas dinâmicas ao uso agrícola do território no estado de São Paulo. A questão norteadora examinou se os mercados institucionais aos agricultores familiares estimulam à transição agroecológica, a ampliação de circuitos curtos de comercialização e a promoção da saúde humana e ambiental. Métodos - As premissas da ciência agroecológica, os avanços no campo da saúde global e a teoria geográfica de Milton Santos, ancorada no par de conceitos horizontalidades/verticalidades, subsidiaram a investigação do uso agrícola do território em razão da reorientação, desde 2009, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Trata-se de pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, com orientação analítico-descritiva, mediante entrevistas semiestruturadas e questões em aberto. Há a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa e consentimento esclarecido dos informantes. Os sujeitos entrevistados constituem-se por agricultores familiares, gestores públicos de assistência técnica rural e nutricionistas de oito municípios em Áreas de Preservação Ambiental no estado de São Paulo:Joanópolis, Juquitiba, Nazaré Paulista, Piedade, São Lourenço da Serra, São Luis do Paraitinga, Tapiraí e Ubatuba. Utiliza a triangulação de fontes como procedimento metodológico para a coleta e o processamento dos dados levantados. A interpretação do material coletado seguiu os preceitos da 'análise de conteúdo'. Resultados - Os municípios compõem situações geográficas singulares em relação à aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar para a alimentação escolar. Da perspectiva dos agricultores, as compras públicas estimulam a geração de renda com a diversificação de canais dos circuitos curtos de comercialização; colaboram com a transição aos sistemas técnicos orgânicos e agroecológicos; e influenciam na melhoria da saúde e segurança alimentar e nutricional dos próprios sujeitos produtores de alimentos. Há desafios para uma gestão coletiva das diretrizes do programa e na organização social dos agricultores. A articulação local dos agentes públicos de diferentes esferas governamentais, e entre estes e os produtores rurais, revelam os distintos graus de adesão, apreensão dos objetivos e participação da sociedade no monitoramento da política. Conclusão - O Estado brasileiro, contrapondo à tendência de verticalização do processo produtivo à alimentação, segundo a lógica e interesses das transnacionais do setor agroalimentar, tem impulsionado uma atmosfera à construção de horizontalidades que aproximam a produção do consumo com repercussões na saúde global. Os mercados institucionais acenam com boas perspectivas aos agricultores familiares orgânicos e agroecológicos colaborando ao retorno, inserção ou permanência de uma diversidade de sujeitos produtores de alimentos no campo.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 06.12.2018
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      RAMOS, Soraia de Fátima. Agricultura familiar e mercados institucionais: horizontalidades no uso do território à produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Ramos, S. de F. (2018). Agricultura familiar e mercados institucionais: horizontalidades no uso do território à produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418
    • NLM

      Ramos S de F. Agricultura familiar e mercados institucionais: horizontalidades no uso do território à produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418
    • Vancouver

      Ramos S de F. Agricultura familiar e mercados institucionais: horizontalidades no uso do território à produção e consumo de alimentos orgânicos e agroecológicos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2020.tde-27082019-144418


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