Avaliação da adenomiose pela ultrassonografia transvaginal em modos 2D e 3D (2019)
- Authors:
- Autor USP: MARQUES, ANA LUIZA SANTOS - FM
- Unidade: FM
- Sigla do Departamento: MOG
- Subjects: DOENÇAS UTERINAS; ULTRASSONOGRAFIA DOPPLER; ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR; MULHERES; HEMORRAGIA
- Keywords: Adenomiose/diagnóstico por imagem; Adenomyosis/diagnostic imaging; Hemorragia uterina; Histopathology; Histopatologia; Magnetic resonance spectroscopy; Ultrasonography Doppler; Uterine hemorrhage; Women
- Language: Português
- Abstract: Introdução: A adenomiose é uma doença ginecológica comum. O cenário epidemiológico da adenomiose mudou de uma doença típica identificada em mulheres multíparas, com idade superior a 40 anos, submetidas à histerectomia, para uma doença multifacetada diagnosticada também em mulheres jovens com sangramento uterino anormal (SUA), infertilidade, dor pélvica ou mesmo assintomáticas. Há várias características ultrassonográficas e radiológicas típicas que permitem a realização de diagnóstico não invasivo. Comparando os dois métodos ultrassonografia transvaginal (USTV) e Ressonância Magnética de pelve (RM), a primeira é mais bem tolerada pelas pacientes, é amplamente disponível e de baixo custo. O diagnóstico definitivo é estabelecido pela histologia do espécime uterino; no entanto, não há critérios definidos sobre os tipos de lesões adenomióticas, seja pela histologia ou cirurgia. Objetivo: Avaliar a acurácia da ultrassonografia transvaginal, nos modos 2D e 3D para o diagnóstico da adenomiose, em mulheres entre 18 e 40 anos, em comparação com a ressonância magnética de pelve, considerado teste índice padrão não invasivo. Métodos: O presente estudo, transversal, observacional e prospectivo, efetuado em 88 pacientes, do sexo feminino, sintomáticas ou assintomáticas, foi realizado de janeiro de 2018 a dezembro de 2018. As pacientes foram procedentes do ambulatório de dor pélvica crônica, do Hospital Universitário Getúlio Vargas da UFAM e tinham idades entre 18 e 40 anos (média 31,6 a ±5,8). As pacientes foram submetidas aos exames de imagem (USTV) e (RM), realizados por especialistas emdiagnóstico por imagem experientes, ambos na fase lútea média do ciclo menstrual. Foram excluídas mulheres virgens, grávidas, com diagnóstico de câncer de colo uterino ou em tratamento e em uso de análogos do GnRH (Gonadrotopin Releasing agonist hormone) e outras terapêuticas hormonais, como contraceptivos hormonais. A adenomiose foi identificada pela USTV utilizando-se o consenso do grupo MUSA. As variáveis USTV-2D foram: útero globoso e heterogêneo, cistos miometriais, estrias lineares hipoecóicas, ilhas hiperecogênicas (buds), assimetria de paredes uterinas e zona juncional (ZJ) mal definida. O Power Doppler foi usado para diferenciar adenomiose e leiomiomas e entre quaisquer cistos miometriais ou lacunas e componentes vasculares. As variáveis USTV-3D foram: ZJ definida ou mal definida, irregular, interrompida, espessura da ZJ e sua diferença entre as paredes anterior e posterior (diferente de ZJ) foram registradas. Foi considerada sugestiva de adenomiose: ZJmax >=8mm e / ou diferente de ZJ >=4mm. A adenomiose foi identificada pela RM quando foram identificados cistos com sangue, cistos sem sangue, espessura da ZJ entre 8 mm e 12 mm. Foram avaliados os valores de sensibilidade, de especificidade e a acurácia da USTV 2D e 3D para o diagnóstico de adenomiose, comparada com a RM, avaliada pelo índice Kappa. Resultados: A concordância entre os métodos USTV-2D e USTV-3D comparada com a RM, apresentaram os seguintes resultados:1) USTV-2D e USTV-3D: forte concordância(Kappa 0,613 p 0,000), 2) USTV-2D e RNM: fraca concordância (Kappa 0,107 p 0,110), 3) UTRV-3D e RNM: razoável concordância (Kappa 0,244 p 0,002). A acurácia entre os métodos: 1) USTV-2D e RM: sensibilidade de 83%, especificidade de 41% e acurácia de 47%, 2) USTV-3D e RM: sensibilidade de 92%, especificidade de 57% e acurácia de 61% (IC95%: 49 - 72). O valor preditivo positivo foi de 20% e 27% e o valor preditivo negativo foi de 93% e 97% quando comparado à RM, respectivamente
- Imprenta:
- Data da defesa: 05.11.2019
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ABNT
MARQUES, Ana Luiza Santos. Avaliação da adenomiose pela ultrassonografia transvaginal em modos 2D e 3D. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29012020-130545/. Acesso em: 25 abr. 2025. -
APA
Marques, A. L. S. (2019). Avaliação da adenomiose pela ultrassonografia transvaginal em modos 2D e 3D (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29012020-130545/ -
NLM
Marques ALS. Avaliação da adenomiose pela ultrassonografia transvaginal em modos 2D e 3D [Internet]. 2019 ;[citado 2025 abr. 25 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29012020-130545/ -
Vancouver
Marques ALS. Avaliação da adenomiose pela ultrassonografia transvaginal em modos 2D e 3D [Internet]. 2019 ;[citado 2025 abr. 25 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29012020-130545/
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