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Nitrogênio ureico no leite: ferramenta para análise do status nutricional de rebanhos leiteiros (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: COUTINHO, RENATA COSTA - ESALQ
  • Unidade: ESALQ
  • Sigla do Departamento: LZT
  • Subjects: BOVINOS LEITEIROS; LEITE; NITROGÊNIO; NUTRIÇÃO ANIMAL; UREIA; VACAS
  • Language: Português
  • Abstract: A análise de nitrogênio ureico no leite (NUL) vem sendo proposta para o monitoramento da nutrição proteica de vacas em lactação. Alguns estudos demonstram que alterações no NUL podem resultar de diversos fatores nutricionais. Contudo, para correta interpretação dos resultados da análise, é importante considerar, além dos fatores da dieta, fatores não nutricionais, como por exemplo a produção de leite, número de lactações, estágio da lactação, raça, peso vivo do animal, contagem de células somáticas (CCS), concentração de gordura e proteína no leite. Também é importante considerar o sistema de produção utilizado nas propriedades, a estação do ano e o momento da amostragem. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram analisar a percepção dos produtores sobre pontos importantes da utilização da análise de NUL, analisar os fatores que podem afetar a tomada de decisão para utilização ou não da análise NUL, apresentar quais fatores e percepções dos produtores mais explicam a variação dos valores de NUL e avaliar o efeito de fatores não nutricionais sobre a variação do NUL. Para isso, no primeiro estudo, foi aplicado um questionário, composto por 65 perguntas, disponibilizado entre 27 de agosto e 25 de setembro de 2018, totalizando 63 respondentes. Para verificar a existência de associação entre as variáveis categóricas, os dados foram submetidos ao teste de qui-quadrado. Para as variáveis relativas às questões mensuradas em escala de Likert e as quantitativas, utilizou-se o testenão paramétrico de soma de postos de Wilcoxon. Um modelo linear geral foi conduzido para entender quais fatores e percepções explicam melhor a variação dos valores de NUL. Os fatores associados entre a utilização ou não da análise de NUL foram o nível de escolaridade dos produtores e o sistema de produção adotado nas fazendas. No modelo linear geral, os fatores que resultaram em melhor ajuste foram o sistema de produção adotado, o recebimento ou não de pagamento por qualidade do leite, a utilização ou não de ureia na dieta e o horário de coleta da amostra para a análise. Além disso, foi observada redução no valor de NUL em 0,79 mg/dL para cada aumento de 1 no escore da percepção de importância da análise conjunta entre o teor de proteína do leite e o teor de NUL, e o aumento de 0,63 para cada aumento de 1 no escore da percepção de importância para aqueles que consideraram importante analisar o teor de NUL em conjunto com status reprodutivo do animal. O objetivo do segundo estudo foi desenvolver modelos que expliquem a variação do NUL, utilizando fatores não nutricionais: gordura (GORD)(%), proteína (PROT)(%), lactose (LACT)(%), sólidos totais (ST)(%), extrato seco desengordurado (ESD)(%), contagem de células somáticas (CCS)(células/mL), relação gordura/proteína (RELGP), número de dias em lactação (DEL), número de lactações (NL) e média de produção de leite (kg/dia). Foram utilizados dados de 117.443 testes diários de 53 rebanhos que enviaram amostras de leite para a Clínicado Leite (ESALQ/USP) entre janeiro de 2016 e dezembro 2018. Uma análise de agrupamento foi conduzida para formação de grupos homogênios de fazenda, resultando em sete clusters. Para cada cluster, um modelo linear generalizado misto foi aplicado. Nesse modelo, os fatores mês e ano foram tratados como aleatórios, além de as medidas repetidas serem consideradas dentro de uma mesma fazenda. O modelo gerado para cada cluster foi influenciado por diferentes variáveis estudadas; somente ESD não apresentou ajuste a modelo proposto. As fazendas tiveram a variação do NUL explicada pelas variáveis cluster 1: PROT, LACT, logaritmo natural de contagem de células somáticas (LCCS), RELGP, DEL e produção de leite; cluster 2: PROT, LACT, ST, LCCS, DEL e produção de leite; cluster 3: PROT, LACT, LCCS, RELGP, DEL, NL e produção de leite; cluster 4: GORD; cluster 6: PROT, RELGP e DEL. Os clusters 5 e 7 não apresentaram variáveis significativas. Os resultados destes estudos apontam que fatores além dos nutricionais devem ser avaliados e comparados entre si para correta interpretação dos resultados da análise de NUL. Além disso, mais estudos devem ser realizados para determinar valores de referência para análise no Brasil, a fim de desenvolver recomendações mais específicas aos produtores
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.10.2019
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    • ABNT

      COUTINHO, Renata Costa. Nitrogênio ureico no leite: ferramenta para análise do status nutricional de rebanhos leiteiros. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20012020-093703/. Acesso em: 19 set. 2024.
    • APA

      Coutinho, R. C. (2019). Nitrogênio ureico no leite: ferramenta para análise do status nutricional de rebanhos leiteiros (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Piracicaba. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20012020-093703/
    • NLM

      Coutinho RC. Nitrogênio ureico no leite: ferramenta para análise do status nutricional de rebanhos leiteiros [Internet]. 2019 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20012020-093703/
    • Vancouver

      Coutinho RC. Nitrogênio ureico no leite: ferramenta para análise do status nutricional de rebanhos leiteiros [Internet]. 2019 ;[citado 2024 set. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20012020-093703/

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