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As lutas camponesas e o cercamento do médio do Rio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica Belo Monte (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: MARINHO, JOSÉ ANTONIO MAGALHÃES - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLG
  • Subjects: USINAS HIDRELÉTRICAS; CAMPONESES
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Neste trabalho, abordam-se as lutas camponesas no cercamento do médio Xingu para a construção da hidrelétrica Belo Monte, no Pará. Parte-se da perspectiva de que a construção dessa hidrelétrica constitui um processo capitalista, espacialmente violento e contraditório, no interior do qual emergem lutas camponesas na terra e pelo território. Objetivando refletir sobre como essas lutas vinha sendo travadas na área dessa hidrelétrica, a investigação avança em duas frentes. Por um lado, aborda-se a luta de camponeses para permanecer na terra contraditoriamente obtida da empresa Norte Energia S.A, nos reassentamentos rurais (Reassentamento Rural Coletivo RRC, Reassentamento Áreas Remanescentes - RAR) instalados no município de Vitória do Xingu. A luta nesses reassentamentos é, essencialmente, pela reprodução na terra. Mesmo sendo reconhecidamente conhecidos pela criatividade, os camponeses têm enfrentado muitas dificuldades para se especializar em suas unidades de produção-consumo. Essas dificuldades são variadas, envolvendo desde problemas de obtenção de água para consumo até a obtenção de renda. No RRC, essas dificuldades são mais sentidas, contribuindo para o expressivo abandono dos lotes. Por outro lado, investiga-se a luta de camponeses ao lado de famílias indígenas, que depois de expulsos das ilhas e margens do Xingu, buscam reconquistar frações do território capitalista cercado pelo hidronegócio nos municípios de Vitória do Xingu, Altamira e Brasil Novo. Esta luta peloterritório decorre da deterioração das condições de vida desses grupos sociais e do forte pertencimento territorial que têm em relação ao espaço ribeirinho. Trata-se de uma luta que já lançou contradições na política compensatória da Norte Energia S.A, possibilitando o retorno de uma parte dos camponeses e indígenas ao reservatório da UHE Belo Monte, mas ainda para uma espécie de espaço prisão, onde praticamente não têm terra, nem liberdade para produzir. Por isso, essa luta continua visando a conquista do que chamam de territórios ribeirinhos. Em face dessas constatações, verifica-se que as condições para que os camponeses retomem suas formas de reprodução i-material no espaço cercado pelo hidronegócio no rio Xingu, dependem muito mais das lutas camponesas do que da política compensatório da empesa
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 21.10.2019
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      MARINHO, José Antonio Magalhães. As lutas camponesas e o cercamento do médio do Rio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica Belo Monte. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19122019-163007/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Marinho, J. A. M. (2019). As lutas camponesas e o cercamento do médio do Rio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica Belo Monte (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19122019-163007/
    • NLM

      Marinho JAM. As lutas camponesas e o cercamento do médio do Rio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica Belo Monte [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19122019-163007/
    • Vancouver

      Marinho JAM. As lutas camponesas e o cercamento do médio do Rio Xingu (PA): a construção da hidrelétrica Belo Monte [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19122019-163007/

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