Papel da obesidade na rejeição ao transplante de pele experimental (2019)
- Authors:
- Autor USP: TERRA, FERNANDA FERNANDES - ICB
- Unidade: ICB
- Sigla do Departamento: BMI
- Subjects: OBESIDADE; REJEIÇÃO DE ENXERTO; INFLAMAÇÃO; DIETA ANIMAL; GANHO DE PESO; EXPRESSÃO GÊNICA; TRANSPLANTE DE PELE
- Keywords: Microbiota; Microbiota; Obesidade,Transplante; Obesity; Rejection; Rejeição; Transplantatio
- Language: Português
- Abstract: A obesidade é considerada um problema de saúde pública no Brasil, sendo associada a várias comorbidades crescentes nas últimas décadas e à inflamação crônica de baixo grau. Em razão disto, acredita-se que pacientes obesos estejam mais propensos a precisar de algum tipo de transplante ao longo da vida. No entanto, a contribuição da obesidade no contexto da rejeição de órgãos sólidos ainda é controversa. A rejeição ao enxerto continua a ser uma das principais complicações para os pacientes transplantados. Neste sentido, nós formulamos a hipótese de que a obesidade acelera a rejeição ao órgão transplantado por modular a resposta alogênica, favorecendo um perfil mais pró-inflamatório. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o papel da obesidade na rejeição ao transplante alogênico. Para tanto, induzimos a obesidade por dieta hiperlipídica (DH) durante 12 semanas em camundongos machos C57BL/6. Demonstramos que animais DH apresentam ganho de peso superior em comparação aos animais em dieta padrão (DP), além de desenvolverem intolerância à glicose. Avaliando o efeito da obesidade induzida por dieta na resposta aloimune pela transferência de pele da cauda de camundongos machos F1 (C57BL/6 x Balb/c, H-2b/d) ou C57BL/6 (H-2b) para o dorso de receptores DH e DP (H-2b), observamos que os DH rejeitam o enxerto semi-alogênico de pele mais rapidamente que os DP, sem interferir no transplante singênico.Essa rejeição precoce foi acompanhada pelo aumento na expressão gênica de il-17a nos linfonodos drenantes, bem como pela produção aumentada de IL-17A por células T CD4+, sem alteração na produção de IFN-g. Observamos também redução na população de células T CD4+CD25+FoxP3+ nos linfonodos drenantes dos animais DH. Ademais, observamos aumento na ativação das células dendríticas desses animais em relação aos DP nos linfonodos drenantes e no baço. Tendo em conta o papel da microbiota como um potencial modulador do sistema imune e respostas aloimunes, avaliamos sua contribuição no contexto da rejeição ao transplante. O tratamento de animais magros com antibióticos de amplo espectro antes do transplante reduziu a sobrevida do enxerto somente quando doador e receptor são tratados, porém por mecanismos ainda não estabelecidos. Contudo, o tratamento de animais obesos foi capaz de retardar a rejeição alogênica, em relação a obesos não tratados. O retardo na rejeição nos obesos tratados foi acompanhado pela redução na resposta de células TH17. Assim, estes resultados indicam que a obesidade tem impacto negativo no desfecho do transplante e isto pode decorrer, ao menos parcialmente, da disbiose associada à obesidade
- Imprenta:
- Data da defesa: 09.08.2019
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ABNT
TERRA, Fernanda Fernandes. Papel da obesidade na rejeição ao transplante de pele experimental. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-155621/. Acesso em: 25 abr. 2024. -
APA
Terra, F. F. (2019). Papel da obesidade na rejeição ao transplante de pele experimental (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-155621/ -
NLM
Terra FF. Papel da obesidade na rejeição ao transplante de pele experimental [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 25 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-155621/ -
Vancouver
Terra FF. Papel da obesidade na rejeição ao transplante de pele experimental [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 25 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-16122019-155621/ - NLRP3 gain-of-function in CD4+ T lymphocytes ameliorates experimental autoimmune encephalomyelitis
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