Fator de crescimento placentário na identificação de fetos pequenos constitucionais: resultados obstétricos e neonatais (2019)
- Authors:
- Autor USP: FREIRE, CAROLINA - FM
- Unidade: FM
- Sigla do Departamento: MOG
- Subjects: GRAVIDEZ; DESENVOLVIMENTO FETAL; RECÉM-NASCIDO PEQUENO PARA IDADE GESTACIONAL; INSUFICIÊNCIA PLACENTÁRIA; FATORES DE CRESCIMENTO; ENDOTÉLIO VASCULAR
- Keywords: Fator de crescimento placentário; Fetal growth restriction; Feto pequeno para idade gestacional; Placental growth factor; Placental insufficiency; Pregnancy; Restrição de crescimento fetal; Small fetus for gestational age
- Language: Português
- Abstract: INTRODUÇÃO: A diferenciação entre fetos com restrição de crescimento fetal (RCF) de início tardio (após 32 semanas) e fetos pequenos constitucionais (PqC) mostra-se essencial na prática clínica, pois os resultados perinatais são diferentes. A definição de peso fetal abaixo do percentil 10 para a idade gestacional chama atenção para esse grupo, mas outros métodos para essa identificação são necessários. Em ambos os casos, a dopplervelocimetria da artéria umbilical usualmente encontra-se normal. A falha na invasão trofoblástica pode aumentar a produção de citocinas pró-inflamatórias, fatores angiogênicos e antiangiogênicos pelo trofoblasto. O fator de crescimento placentário (PlGF), angiogênico, tem níveis menores detectados no sangue materno e expressão placentária também diminuída nessa situação. OBJETIVOS: Os objetivos desse estudo foram comparar os resultados obstétricos e neonatais entre dois grupos de gestantes com valores de PlGF normais e divididas de acordo com o peso de nascimento e também as concentrações de PlGF entre eles. MÉTODOS: Estudo clínico, prospectivo, transversal, do tipo caso-controle, realizado entre outubro de 2014 e julho de 2018, em que foram selecionadas 100 gestantes e divididas em 2 grupos: 50 gestantes do grupo PIG e 50 gestantes do grupo AIG. O grupo PIG compreendeu os casos de peso de nascimento abaixo do percentil 10 e dopplervelocimetria da artéria umbilical normal e o grupo AIG os casos de peso entre os percentis 10 e 90 para a idade gestacional, segundo a curva de Fenton et al. O PlGF foi dosado no sangue materno entre 35 e 37 semanas e definido como normalquando seus valores estavam acima do percentil 5 segundo a curva de Knudsen et al (2012). A detecção das concentrações de PlGF circulante foi realizada por meio do teste Triage® PlGF (Rapid Quantitative Test for Placental Growth Factor) ALERE. O grupo PIG apresentou 8 casos de PlGF anormal e todos esses casos foram excluídos após a análise, resultando num total de 42 casos. Os seguintes resultados perinatais foram estudados: Apgar de 5o minuto, icterícia neonatal, necessidade de fototerapia, transfusão sanguínea, hemorragia sanguínea, hemorragia intracraniana, enterocolite necrotizante, sepse neonatal, hipoglicemia neonatal, Unidade de terapia Intensiva (UTI), Intubação orotraqueal (IOT) e óbito neonatal. Para a análise estatística foram utilizados os testes de Qui-Quadrado e teste não paramétrico de Mann Whitney e foi adotado o nível de significância de 5%. RESULTADOS: A idade materna média no grupo PIG foi de 26,90 ± 7,14 anos e no grupo AIG de 29,08 ± 5,74 anos. No grupo PIG 32 (76,2%) pacientes e no grupo AIG 28 (56%) eram primigestas. A idade gestacional média do parto foi de 38,61 ± 1,39 semanas e 39,68 ± 0,99 semanas, no grupo PIG e no grupo AIG, respectivamente (p < 0,01). Não houve diferença significativa em relação aos grupos quanto a idade materna, gestações e partos anteriores e tipo de parto realizado. A média dos valores de PlGF foi de 323,98 e ± 477,44 pg/mL para o grupo PIG e 404,06 e ± 393,80 pg/mL para o grupo AIG (p=0,36). Entre os resultadosperinatais avaliados, apenas a icterícia neonatal e a necessidade de fototerapia foram significativamente maiores no grupo PIG (p < 0,01). Os fetos do grupo PIG apresentaram chance 3,67 vezes maior de icterícia em relação aos fetos do grupo AIG (p=0,03). As taxas de icterícia foram maiores quando a idade gestacional do parto era menor, de forma independente. Cada semana adicional para o parto diminuiu em 64% a chance de icterícia (p < 0,01). CONCLUSÃO: Os achados demonstram não haver diferença em relação a resultados perinatais, com exceção de maiores taxas de icterícia neonatal e necessidade de fototerapia para o grupo PIG. Além da alteração no crescimento, a menor idade gestacional do parto foi preditora independente da ocorrência deste evento. A concentração de PlGF entre os grupos PIG e AIG, após a exclusão dos casos alterados, foi também semelhante. O uso de marcadores angiogênicos, como o PlGF, pode dar mais segurança no acompanhamento destas gestações e ser um instrumento na diferenciação entre fetos restritos e pequenos constitucionaisVildagliptin, Valsartan
- Imprenta:
- Data da defesa: 21.08.2019
-
ABNT
FREIRE, Carolina. Fator de crescimento placentário na identificação de fetos pequenos constitucionais: resultados obstétricos e neonatais. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08112019-171325/. Acesso em: 11 nov. 2024. -
APA
Freire, C. (2019). Fator de crescimento placentário na identificação de fetos pequenos constitucionais: resultados obstétricos e neonatais (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08112019-171325/ -
NLM
Freire C. Fator de crescimento placentário na identificação de fetos pequenos constitucionais: resultados obstétricos e neonatais [Internet]. 2019 ;[citado 2024 nov. 11 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08112019-171325/ -
Vancouver
Freire C. Fator de crescimento placentário na identificação de fetos pequenos constitucionais: resultados obstétricos e neonatais [Internet]. 2019 ;[citado 2024 nov. 11 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08112019-171325/
How to cite
A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas