Experimental infection of Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) with an Amblyomma sculptum-derived strain of Rickettsia rickettsia (2019)
- Authors:
- Autor USP: HERNANDEZ, ALEJANDRO RAMIREZ - FMVZ
- Unidade: FMVZ
- Sigla do Departamento: VPS
- Subjects: FEBRE MACULOSA; CARRAPATOS; IXÓDIDAE; RICKETTSIACEAE
- Keywords: Brazilian spotted fever; Febre maculosa brasileira; Febre maculosa das montanhas Rochosas; Ixodidae; Rickettsiaceae; Rocky mountain spotted fever; Ticks
- Agências de fomento:
- Language: Inglês
- Abstract: A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é reconhecida como a doença transmitida por carrapatos com maior letalidade no Brasil e outros países do hemisfério ocidental. Rickettsia rickettsii é seu agente etiológico e, na sua história natural, os carrapatos e mamíferos cumprem um papel essencial. No sudeste brasileiro, Amblyomma sculptum é o principal vetor incriminado e as capivaras têm sido reconhecidas como hospedeiros amplificadores. Estudos prévios têm comprovado que as capivaras são suscetíveis à infecção com R. rickettsii e apresentam uma rickettsemia prolongada que possibilita a infecção de populações de A. sculptum suscetíveis. Os estudos citados, usaram na infecção, uma cepa de R. rickettsii isolada de carrapatos Amblyomma aureolatum (cepa Taiaçu), sem executar novos desafios de infecção em animais imunes. No presente trabalho, apresentamos os resultados de uma infecção experimental de capivaras com uma cepa de R. rickettsii isolada de carrapatos A. sculptum (cepa Itu) identificando variáveis clínicas, hematológicas e patológicas, o período de rickettsemia e a subsequente transmissão de R. rickettsii a populações de carrapatos A. sculptum suscetíveis, com uma análise sequencial da sua competência vetorial. Adicionalmente, foram executados desafios posteriores para estudar os parâmetros citados em animais imunes ou convalescentes. Cinco capivaras, de duas áreas não endêmicas no estado de São Paulo, foram infectadas com R. rickettsii (cepa Itu) através deinfestações com carrapatos A. sculptum infectados. A temperatura retal e os sinais clínicos foram avaliados por um período de acompanhamento de 30 dias e amostras de pele e sangue foram coletadas a cada dois dias, para inoculação de cobaias, extração de DNA, hematologia e reação de imunofluorescência indireta (RIFI). Adicionalmente, as capivaras também foram infestadas com carrapatos A. sculptum não infectados (ninfas e adultos) em duas câmaras de alimentação (uma junto com os adultos infectados e a outra separados dos adultos infectados), os quais foram posteriormente coletados, incubados e usados para infestar coelhos suscetíveis e para extração de DNA. Estes procedimentos foram repetidos através de infecções subsequentes nas capivaras. Na primoinfecção, quatro de cinco capivaras apresentaram sinais clínicos e duas delas morreram, exibindo lesões macroscópicas vasculares durante a necropsia. Baseando-se na inoculação das cobaias, houve rickettsemia em todas as capivaras com uma duração média de 9,2 dias (intervalo: 6-20 dias). DNA de Rickettsia foi amplificado em amostras de sangue e pele das capivaras e algumas variáveis hematológicas (hematócrito e contagem de leucócitos) se alteraram durante a infecção. Todos os indivíduos apresentaram respostas sorológicas, mantiveram títulos de anticorpos durante o período de acompanhamento (307-555 dias) e, nos animais convalescentes, anticorpos foram detectados prévio a cada desafio ulterior. Em aquelas capivaras, não foramregistrados nem sinais clínicos nem rickettsemia depois de cada um dos desafios. As amostras de carrapatos coletadas durante a primoinfecção, de todas as capivaras, amplificaram DNA de Rickettsia com taxas de infecção de 4,6-30% para ninfas e 5,0-100.0% para adultos. Adicionalmente, depois das infestações com estes carrapatos, os coelhos apresentaram sinais clínicos e reação sorológica. Pelo contrário, carrapatos coletados durante os desafios posteriores não amplificaram DNA de Rickettsia e os coelhos infestados com estes não exibiram sinais clínicos nem resposta de anticorpos. Salienta-se que um lote de carrapatos coletados da capivara 5, durante a segunda infeção, que se alimentaram junto com os adultos infectados, amplificaram DNA de Rickettsia, sugerindo uma provável transmissão horizontal não sistêmica. Em conclusão, no presente estudo foi corroborada a susceptibilidade das capivaras à infecção com R. rickettsii (cepa Itu) e a apresentação de variáveis de infecção similares quando comparada com a cepa Taiaçu. Não obstante, novas características clínicas e de infecção de carrapatos foram registradas em animais primo-infectados e imunes
- Imprenta:
- Data da defesa: 22.03.2019
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ABNT
HERNANDEZ, Alejandro Ramirez. Experimental infection of Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) with an Amblyomma sculptum-derived strain of Rickettsia rickettsia. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-09092019-112817/. Acesso em: 28 mar. 2024. -
APA
Hernandez, A. R. (2019). Experimental infection of Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) with an Amblyomma sculptum-derived strain of Rickettsia rickettsia (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-09092019-112817/ -
NLM
Hernandez AR. Experimental infection of Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) with an Amblyomma sculptum-derived strain of Rickettsia rickettsia [Internet]. 2019 ;[citado 2024 mar. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-09092019-112817/ -
Vancouver
Hernandez AR. Experimental infection of Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) with an Amblyomma sculptum-derived strain of Rickettsia rickettsia [Internet]. 2019 ;[citado 2024 mar. 28 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-09092019-112817/
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