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Caracterização molecular de antígenos RhD variantes em doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília - Distrito Federal (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: MAFRA, ANA LUISA ALVES - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: TRANSFUSÃO DE SANGUE; ANTÍGENOS
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: O sistema de grupo sanguíneo Rh (ISBT 004) é altamente complexo e polimórfico, sendo considerado depois do sistema ABO, o segundo sistema de maior significado clínico na medicina transfusional. Os anticorpos dirigidos contra os seus antígenos estão envolvidos em reações hemolíticas transfusionais, anemia hemolítica autoimune e doença hemolítica do feto e neonatos. Seus antígenos são originados por meio de dois genes com alta homologia, RHD e RHCE que codificam as proteínas RhD e RhCE. O antígeno D é o mais imunogênico dos antígenos do sistema Rh e sua conformação na superfície das hemácias está disposta como um mosaico de diferentes epítopos. Alterações na expressão do gene RHD podem ser detectadas pela variação na intensidade da reação sorológica, utilizando diferentes reagentes anti-D. Essas alterações ocorrem devido à presença de antígenos RhD variantes, conhecidos como RhD fraco e D parcial, podem ser qualitativas e/ou quantitativas e estão frequentemente envolvidas em casos de aloimunização anti-D. No entanto, a correta identificação das variantes de Rh requer uma rigorosa investigação molecular, uma vez que os testes sorológicos não são capazes de distinguir entre fenótipos RhD fraco e D parcial. Desta forma, esclarecer os resultados fracos ou discrepantes encontrados na sorologia e determinar de forma segura e precisa as variantes RhD presentes em doadores de sangue de diferentes regiões do país tem grande importância para a comunidade científica e principalmente paraa medicina transfusional. Objetivos: Caracterizar, por métodos moleculares, antígenos RhD variantes em amostras de doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília, que apresentaram fraca expressão antigênica na fenotipagem RhD. Casuística e Métodos: Foram selecionadas na triagem sorológica imuno-hematológica de doadores, 103 amostras de sangue com resultados de fenotipagem direta para o antígeno RhD, negativos, inconclusivos ou com aglutinações fracas (menores que 2 cruzes), e pesquisa de D fraco positiva, para extração de DNA e avaliação molecular. Inicialmente, as amostras foram classificadas como RhD positivas por PCR do RHD regiões íntron4/éxon7 e em seguida, foi realizada uma análise por PCR multiplex, cujos resultados foram interpretados em conjunto com os resultados dos fenótipos RhCE. Posteriormente, utilizamos as técnicas PCR alelo específico e RFLP para triar as variantes de D fraco tipos 1, 2, 3 e 4 seguido do sequenciamento de éxons específicos do gene RHD. Resultados: A maioria das amostras estudadas (87,38%) foram caracterizadas como RhD fraco, 7,77% como RhD parcial, 1,94% não apresentaram polimorfismos nos éxons do gene RHD e em 2,91% não foi possível completar as análises. As técnicas PCR utilizadas permitiram identificar as variantes RHD*weak D type 4 (61,17%); RHD*weak D type 3 (16,5%); RHD*weak D type 2 (5,8%); RHD*weak D type 1 (1,94%). O sequenciamento de DNA permitiu a classificação das variantes RHD*DAR 3.1 (2,91%); RHD*DVII (1,94%); RHD*weak Dtype 38 (0,97%); RHD*weak D type 145 (0,97%); RHD*weak DAR 1.2 (0,97%); RHD*weak DOL 1 (0,97%); RHD*weak DOL 2 (0,97%). Conclusão: Nossos resultados demonstraram que as reações atípicas nos testes sorológicos do RhD são indicativas da presença de antígenos D variantes. O alelo RHD fraco tipos 4, 3 e 2 foram os mais frequentemente encontrados em nosso estudo. A caracterização de variantes RhD por meio da associação de testes sorológicos altamente sensíveis e métodos moleculares variados é importante para garantir maior segurança transfusional, diminuir o uso desnecessário de unidades de bolsas de sangue RhD negativo e a administração deimunoprofilaxia anti-D em gestantes. Além disso, o conhecimento sobre a frequência e distribuição das variantes Rh, pode ajudar na compreensão da origem multirracial da região estudada e auxiliar no desenvolvimento de futuros protocolos de genotipagem RHD
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.06.2019
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      MAFRA, Ana Luisa Alves. Caracterização molecular de antígenos RhD variantes em doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília - Distrito Federal. 2019. Mestrado Profissionalizante – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-05082019-112346/. Acesso em: 18 out. 2024.
    • APA

      Mafra, A. L. A. (2019). Caracterização molecular de antígenos RhD variantes em doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília - Distrito Federal (Mestrado Profissionalizante). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-05082019-112346/
    • NLM

      Mafra ALA. Caracterização molecular de antígenos RhD variantes em doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília - Distrito Federal [Internet]. 2019 ;[citado 2024 out. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-05082019-112346/
    • Vancouver

      Mafra ALA. Caracterização molecular de antígenos RhD variantes em doadores de sangue da Fundação Hemocentro de Brasília - Distrito Federal [Internet]. 2019 ;[citado 2024 out. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-05082019-112346/

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