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Maquinaria epitranscriptômica em Apis mellifera: identificação, anotação gênica e expressão (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: BATAGLIA, LUANA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGE
  • Subjects: GENÉTICA; RNA; NUTRIÇÃO; ABELHAS
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Na última década, modificações pós-transcricionais em moléculas de RNA começaram a ser investigadas em larga escala em procariotos, vírus, fungos, plantas e animais, dando origem à epitranscriptômica. Entre as modificações mais estudadas estão as metilaçoes m6A (N6 metiladenina) e m5C (5-metilcitosina). A metilação de RNA pode afetar a expressão de um gene, regulando processos moleculares como splicing alternativo, estabilidade do RNA, processamento de microRNAs e eficiência de tradução e no geral, as modificações de RNA se mostraram plásticas em respostas às variações ambientais. O envelhecimento natural de abelhas operárias Apis mellifera é altamente relacionado à divisão de trabalho, cujos comportamentos se modificam ao longo do tempo (polietismo etário), e à natureza do alimento consumido. No início da vida adulta, as operárias exercem diversas funções no interior da colônia, como a nutrição das larvas e, nesta fase, alimentam-se de uma dieta rica em pólen, importante fonte de proteínas. A partir da terceira semana de vida, começam as tarefas de forrageamento e essas operárias consumem néctar, uma dieta rica em carboidratos. Alguns tecidos, em especial o cérebro e o corpo gorduroso, interpretam os sinais nutricionais, culminando na alteração da expressão gênica e da fisiologia das operárias, de forma coerente com o seu tempo de vida, com o papel comportamental que exercerá e de acordo com a necessidade da sociedade (colônia). Portanto, é um fenómeno plástico. Nem todos os mecanismos moleculares que controlam a plasticidade durante a progressão da vida de operárias A. mellifera são conhecidos e não existem evidências da existência e participação da maquinaria epitrasncriptômica nestes contextos até o momento. Nossos objetivos foram identificar e anotar potenciais genes da maquinaria epitranscriptômica a partir do genoma de Apismellifera, analisar a expressão de genes do complexo m6A e das m5C-MTases em cérebro e corpo gorduroso de operárias adultas alimentadas com diferentes dietas (DP, proteica e DNP, não-proteica) ou em diferentes idades (8 e 29 dias), quantificar as modificações m6A no transcriptoma nessas mesmas condições já citadas e verificar a presença da metilação m5C sítio específica em ncRNAs. Identificamos e recuperamos as sequências FASTA de 79 genes humanos (famílias DNMT, NSUN, METTL, KIAA1429, WTAP, YTH, ALKBH, hnRNP, FTO e TET), responsáveis por promover as modificações epitranscriptômicas, na plataforma HGNC (Human Genome Organization [HUGO] Gene Nomenclature Committee). Usando a ferramenta BLAST, tais sequências foram confrontadas contra dados de A. mellifera (GenBank-NCBI) e encontramos 45 ortólogos em A. mellifera. A estrutura gênica dos ortólogos relacionados à modificação m5C ou m6A foram anotadas no programa Artemis e utilizadas para o desenho de pares de primers específicos. Por RT-qPCR, observamos que a expressão das m5C-MTases pode ser influenciada pela idade, pela nutrição e pelo tecido. A expressão das m5C-MTases em cérebros aumenta na medida em que as operárias envelhecem (8 dias versus 29 dias), assim como aumentam quando operárias jovens consomem uma dieta DNP em comparação ao status DP. Por outro lado, no corpo gorduroso de operárias DNP, a expressão destas metiltransferases diminui em comparação a DP. Além disso, encontramos 13 citosinas com potencial de serem metiladas em 28S rRNA e seis em tRNA-Asp de A. mellifera. Já em relação a modificação m6A, esta não é influenciada pela idade ou pela dieta, mas os dados apontam para padrões tecido-específicos. Esta é a primeira demonstração da existência da maquinaria epitranscriptômica em abelhas e nossa expectativa é que esse trabalho abra caminhos para futuros estudos em insetos sociais
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 15.06.2018

  • How to cite
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    • ABNT

      BATAGLIA, Luana. Maquinaria epitranscriptômica em Apis mellifera: identificação, anotação gênica e expressão. 2018. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. . Acesso em: 01 out. 2024.
    • APA

      Bataglia, L. (2018). Maquinaria epitranscriptômica em Apis mellifera: identificação, anotação gênica e expressão (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Bataglia L. Maquinaria epitranscriptômica em Apis mellifera: identificação, anotação gênica e expressão. 2018 ;[citado 2024 out. 01 ]
    • Vancouver

      Bataglia L. Maquinaria epitranscriptômica em Apis mellifera: identificação, anotação gênica e expressão. 2018 ;[citado 2024 out. 01 ]


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