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Escala de risco de depressão na gravidez: construção e validação (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, MÔNICA MARIA DE JESUS - EERP
  • Unidade: EERP
  • Sigla do Departamento: ERM
  • DOI: 10.11606/T.22.2019.tde-24092025-150234
  • Subjects: ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA; ENFERMAGEM OBSTÉTRICA; DEPRESSÃO; GRAVIDEZ; PSICOMETRIA; ESTUDOS DE VALIDAÇÃO
  • Keywords: Depressão; Enfermagem; Enfermagem obstétrica; Estudos de validação; Gravidez; Psicometria; Depression; Nursing; Obstetric nursing; Pregnancy; Psychometrys; Validation studies
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A depressão é um transtorno mental altamente prevalente na gravidez. Sua ocorrência está associada a graves consequências para a saúde materna e fetal. Este estudo teve por objetivo construir e investigar as propriedades psicométricas de uma escala para identificar o risco de depressão na gravidez, tendo em vista a inexistência de um instrumento específico e validado para essa finalidade. Trata-se de um estudo metodológico fundamentado no referencial teórico da Teoria da Psicometria e no referencial metodológico proposto por Pasquali e o Grupo DISABKIDS®. Foram realizadas sete etapas: Etapa 1- Elaboração da teoria sobre o construto; Etapa 2 - Elaboração dos itens da escala: revisão da literatura, grupo focal com gestantes e entrevistas com profissionais de saúde especialistas na área de obstetrícia e saúde mental; Etapa 3 - Validação de conteúdo realizada pelo comitê de especialistas; Etapa 4 - Pré-teste: validação semântica dos itens com amostra composta por 24 gestantes; Etapa 5 - Definição das dimensões da escala: amostra composta por 350 gestantes; Etapa 6 - Estudo piloto: teste das propriedades psicométricas com amostra composta por 100 gestantes; Etapa 7 - Estudo de campo: teste das propriedades psicométricas e estrutura fatorial da escala com amostra composta por 500 gestantes. A coleta de dados referentes ao grupo focal, entrevista individual com especialistas e gestantes foi realizada pela pesquisadora no Ambulatório de Pré-natal de risco habitual de uma maternidade pública e no Ambulatório de Gestação de Alto Risco de um hospital público universitário. A amostra de gestantes foi composta por participantes com e sem diagnóstico de depressão. Para o recrutamento, utilizou-se uma amostragem não probabilística consecutiva. Os dados foram inseridos em uma planilha no programa Microsoft Excel®. Foram realizadas análises descritivas de frequênciasimples para variáveis categóricas e, de medidas de tendência central e variabilidade para as variáveis quantitativas. Para as análises estatísticas foi utilizado o software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 24, sua extensão AMOS 25 e MedCalc Statistical Software. A elaboração da teoria sobre o construto risco de depressão na gravidez abrangeu a concepção de seus elementos conceituais e a definição de depressão, risco e fator de risco. A elaboração dos itens da escala foi subsidiada pela revisão da literatura, grupos focais com gestantes e entrevistas com experts da área de saúde mental e obstetrícia, que permitiram a identificação de 39 fatores de risco para a depressão na gravidez, a partir dos quais foram formulados 32 itens que deram origem à primeira versão da escala denominada Escala de Risco de Depressão na Gravidez (ERDEG). Os itens foram elaborados na forma de sentença interrogativa com respostas dicotômicas representativas da presença e a ausência do fator de risco. Posteriormente, procedeu-se a validação de conteúdo com a participação de um comitê formado por seis especialistas entre eles, médicos, enfermeiros, psicólogos e docentes experientes na área de obstetrícia e saúde mental ou na metodologia de construção e validação de instrumentos, cujo perfil acadêmico revelou expertise no construto que o instrumento pretende mensurar. A avaliação dos especialistas culminou com a indicação de manutenção de todos os itens, pois apresentaram Índice de Validade de Conteúdo satisfatórios (IVC-I= 0,83 - 1,00), assim como para a escala de modo geral (IVC-S=0,94). Porém em 27 itens foram sugeridas alterações, sendo os mesmos readequados. Em seguida, foi realizada a validação semântica inicialmente com 18 gestantes, distribuídas conforme o grupo de questões e o grau de escolaridade. Nessa etapa, três itens foramreadequados e reavaliados por outras seis gestantes, a fim de tornar os itens da escala mais claros, simples e facilitar a sua compreensão pela população-alvo. Na etapa seguinte foi realizada a definição das dimensões da escala. Na Análise Fatorial Exploratória, oito itens foram eliminados e os resultados evidenciaram uma estrutura composta por 24 itens, distribuídos em cinco fatores ou dimensões: socioeconômica, psicossocial, psíquica, uso de substâncias psicoativas e saúde materna. Ao final dessa etapa, o processo de construção resultou na versão final da escala ERDEG. As evidências psicométricas no estudo piloto, demonstraram que para a validade convergente, a maioria dos itens apresentou correlações maiores ou iguais a 0,30 e, para a validade divergente todas as dimensões apresentaram ajustes satisfatórios. A consistência interna foi satisfatória para a escala total (KR-20= 0,77) e para três dimensões (KR-20= 0,70-0,86). No estudo de campo, as propriedades psicométricas evidenciaram validade convergente satisfatória com correlações maiores ou iguais a 0,30 para a maioria dos itens (18). Quanto à validade divergente, todas as dimensões apresentaram ajustes satisfatórios. A consistência interna para a escala total (KR-20= 0,76) e a confiabilidade teste-reteste (CCI= 0,81 - 1,00) foram satisfatórias. Na Análise Fatorial Confirmatória foram alcançados índices de ajuste satisfatórios (GFI= 0,96; AGFI= 0,96; NFI= 0,91; RMR= 0,007) e evidenciados correlações fracas ou ausentes, moderadas e fortes entre as dimensões. A ERDEG se mostrou capaz de discriminar as gestantes com e sem risco de desenvolver depressão na gravidez, atestando sua validade discriminativa. De acordo com a análise da Curva ROC, o ponto de corte que melhor equilibra os índices de sensibilidade e especificidade é o quatro. Diante dos resultados obtidos, conclui-se que A ERDEG cumpriu osrequisitos de construção e apresentou evidências psicométricas satisfatórias, sendo o modelo proposto apropriado, válido e fidedigno e estando disponível para uso na prática clínica e em pesquisas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 12.04.2019
  • Acesso à fonteAcesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.22.2019.tde-24092025-150234 (Fonte: oaDOI API)
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    • Este artigo é de acesso aberto
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    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

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    • ABNT

      SILVA, Mônica Maria de Jesus. Escala de risco de depressão na gravidez: construção e validação. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2019. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24092025-150234/. Acesso em: 28 dez. 2025.
    • APA

      Silva, M. M. de J. (2019). Escala de risco de depressão na gravidez: construção e validação (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24092025-150234/
    • NLM

      Silva MM de J. Escala de risco de depressão na gravidez: construção e validação [Internet]. 2019 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24092025-150234/
    • Vancouver

      Silva MM de J. Escala de risco de depressão na gravidez: construção e validação [Internet]. 2019 ;[citado 2025 dez. 28 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24092025-150234/


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