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Fatores microbiológicos da criptococose e sua importância na carga da doença em pacientes atendidos em um hospital de referência do Estado de São Paulo (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: OLIVEIRA, LIDIANE DE - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSP
  • DOI: 10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429
  • Subjects: ANTIFÚNGICOS; CRIPTOCOCOSE; CRYPTOCOCCUS; CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS; PROGNÓSTICO; SAÚDE PÚBLICA; RECIDIVA; MENINGITE
  • Keywords: Cryptococcosis; Cryptococcus gattii; Cryptococcus neoformans
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: A meningite criptocócica causa elevada mortalidade, sobretudo em pacientes acometidos de alguma condição imunossupressora. O objetivo deste estudo foi identificar fenômenos de baixa suscetibilidade a antifúngicos e outros preditores clínicos que possam explicar falha terapêutica e recidiva da neurocriptococose Metodologia: Foram avaliados 96 casos com coleta de dados clínicos epidemiológicos e laboratoriais. Os isolados foram identificados quanto a genótipo molecular, suscetibilidade de anfotericina B (AMB) e fluconazol (FCZ) pela determinação da concentração inibitória mínima (Minimal Inhibitory Concentration, MIC), nível de heteroresistência ao FCZ (NHF) e determinação do tempo de morte frente AMB (Time-Kill, TK). Foram selecionados isolados heterorresistentes para análise quantitativa de DNA por PCR em tempo Real, expressão de bombas de efluxo por citometria de fluxo e isolados tolerantes a AMB para estudo de resistência ao estresse oxidativo. Foi realizada análise univariável e múltipla usando regressão logística para identificar preditores de óbito hospitalar e de um desfecho composto definido pelo óbito, encaminhamento para unidade de terapia intensiva ou recidiva 6 meses após alta hospitalar. Resultados: A maioria dos pacientes eram imunodeprimidos, com CD4 de 2 a 722 cel./mm3 e 96,7% eram portadores do HIV. Foram identificados 93 isolados de C. neoformans, sendo 76 do genótipo VNI e 17 VNII e 3 C. gattii, todos VGII. MIC de AMB variou de 0,012 a 0,94 mg/Le MIC de FCZ estiverem entre 0,12 e 64 mg/L. Resistência a FCZ (MIC>16mg/L) foi maior em VNI do que em VNII (p=0,03). Dentre os isolados VNI, 64,5% sofreu atividade fungicida até as 24h (TK24) de exposição à AMB e 6 cepas VNI não sofreram ação fungicida (TK>72). A maioria dos isolados VNII (64,7%) apresentou TK24. Os 3 isolados VGII sofreram atividade fungicida a partir de TK24. A maioria dos isolados VNI, VNII e todos os isolados VGII apresentaram alto NHF (>32mg/L). Diferença no NHF de acordo com os genótipos foi observada (p=0,005). No modelo múltiplo, as variáveis associadas significativamente ao óbito foram: idade em anos (OR=1,08;IC95%=1,02-1,15), contagem de leveduras no líquido cefalorraquidiano em logaritmo (LCR) (OR=1,66;IC95%=1,21-2,28) e uma variável composta por hipertensão arterial sistêmica ou diagnóstico de edema cerebral ou dilatação ventricular por tomografia (OR=35,68;IC95%=4,97-256,31). Para o desfecho composto, as variáveis associadas foram: contagem de leveduras do 1D em logaritmo (OR=1,50; IC95%=;1,20-1,86; p=<0,001), cultura de sangue positiva para Cryptococcus spp. (OR=3,30; IC95%=0,86-12,59; p=0,08) e descrição de neurotoxoplasmose (OR=18,62; IC95%=1,85-187,5; p=0,01). As associações foram consistentes em modelos de sobrevida. Conclusão: Foi possível descrever genótipos mais frequentes e identificar fatores genéticos, como aumento da expressão de genes e bombas de efluxo, relacionados à resistência aos fármacos. Nenhum dos testes de suscetibilidade esteve associado com os desfechos. Variáveis obtidas nos primeiros dias de internação mostraram utilidade para predizer o prognóstico em pacientes com meningite criptocóccica. Estes preditores podem ajudar a identificar os casos com maior potencial de óbito e que necessitam da otimização dos recursos terapêuticos.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.05.2019
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      OLIVEIRA, Lidiane de. Fatores microbiológicos da criptococose e sua importância na carga da doença em pacientes atendidos em um hospital de referência do Estado de São Paulo. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429. Acesso em: 16 abr. 2024.
    • APA

      Oliveira, L. de. (2019). Fatores microbiológicos da criptococose e sua importância na carga da doença em pacientes atendidos em um hospital de referência do Estado de São Paulo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429
    • NLM

      Oliveira L de. Fatores microbiológicos da criptococose e sua importância na carga da doença em pacientes atendidos em um hospital de referência do Estado de São Paulo [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429
    • Vancouver

      Oliveira L de. Fatores microbiológicos da criptococose e sua importância na carga da doença em pacientes atendidos em um hospital de referência do Estado de São Paulo [Internet]. 2019 ;[citado 2024 abr. 16 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2019.tde-28062019-093429

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