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Estudos de efeitos de uma metaloproteinase de veneno ofídico em células de músculo liso vascular: produção de fatores que modulam a migração e proliferação destas células e mecanismos envolvidos (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: VIANA, MARIANA DO NASCIMENTO - ICB
  • Unidade: ICB
  • Sigla do Departamento: BMI
  • Subjects: PROSTAGLANDINAS; MÚSCULO LISO VASCULAR; INFLAMAÇÃO; ENZIMAS GLICOLÍTICAS; PROLIFERAÇÃO CELULAR; CITOMETRIA DE FLUXO; VENENOS DE ORIGEM ANIMAL; METALOPROTEINASES
  • Keywords: Célula de músculo liso vascular; Inflamação; Inflammation; Metalloproteinase; Metaloproteinase; Migração; Migration; Prostaglandin E2; Prostaglandina E2; Vascular smooth muscle cells
  • Language: Português
  • Abstract: As metaloproteinases, abundantes em venenos de serpentes da família Viperidae, apresentam homologia estrutural e funcional com as metaloproteinases de mamíferos (MMPs), cujos níveis estão elevados em doenças de natureza inflamatória, como a aterosclerose. A metaloproteinase BaP1, do veneno da serpente Bothrops asper, apresenta potente atividade inflamatória e constitui ferramenta científica importante para o estudo das ações das MMPs. Durante a aterosclerose, as células de músculo liso vascular (CMLVs) mudam do fenótipo contrátil para sintético, migram para a camada subendotelial do vaso, liberam mediadores inflamatórios e expressam MMPs. No entanto, o papel destas enzimas na resposta inflamatória das CMLVs e a potencial relação deste efeito com a migração das mesmas, não foi esclarecida. Neste estudo, investigou-se os efeitos da BaP1 em CMLVs, quanto à 1) indução da migração; 2) liberação de diferentes classes de mediadores inflamatórios e expressão de moléculas de adesão; 3) indução da mudança fenotípica das CMLVs; 4) expressão e participação de enzimas de síntese de prostaglandinas e de receptores de PGE2 na liberação deste eicosanoide; 5) participação de eicosanoides e da IL-1β na migração e mudança de fenótipo das CMLVs. Os resultados obtidos, a partir dos ensaios de transwell e wound healing, mostraram que a BaP1(50nM) induziu a migração das CMLVs, após 48 h, mas não a proliferação celular, observada pelo ensaio de ciclo celular. Além disso, a metaloproteinase induziu aumento da liberação de PGE2 (1-48 h), LTB4 (1-3 h), IL-1β (12-24 h), MCP-1 (24-48h) e fractalcina (24-48 h), mas não de PGI2 e nem TXA2, analisados por ensaios de EIA e multiplex.Ainda, a BaP1 aumentou a expressão proteica de COX-2 (1° h) e de PGESm-1 (4° h), analisada por Western blotting, e expressão gênica das sFLA2-IIA (30 min) e cFLA2-IVA (30 min), verificada por PCR em tempo real, sem alterar os níveis de COX-1, dos receptores EP1, EP2, EP3 e EP4, de ICAM-1 e VCAM-1 e da iFLA2. A intervenção farmacológica com os inibidores de COX-2 ou de FLA2 intracelulares reduziu a liberação de PGE2 induzida pela BaP1. Além disso, o pré-tratamento das células com o inibidor da FLAP e com os antagonistas do receptor de IL-1β ou do receptor EP3 reduziu a migração celular induzida pela BaP1. Esta metaloproteinase também induziu a mudança de fenótipo contrátil para o sintético, das CMLVs, verificada pela diminuição da expressão de α-actina pelo ensaio de citometria de fluxo. A inibição da COX-2 e da FLAP não alterou este efeito. Este conjunto de dados demonstra a capacidade da BaP1 estimular diretamente as CMLVs para migração, liberação de mediadores inflamatórios e a expressão de COX-2, PGESm-1, sFLA2-IIA e cFLA2-IVA.A produção de PGE2 induzida pela BaP1 depende das FLA2s intracelulares, com ativação das vias da COX-1 e -2. A migração das CMLVs, induzida pela BaP1, depende da PGE2 via ativação do receptor EP3, do LTB4 e da IL-1β. Ainda, esta metaloproteinaseestimula a mudança fenotípica das CMLVs para o estágio sintético, em que as CMLVs migram e proliferam. Os dados deste estudo, ao demonstrarem que as metaloproteinases contribuem para o desenvolvimento de eventos inflamatórios, em CMLVs, apontam um papel adicional desta classe de enzimas em doenças de natureza inflamatória, como a aterosclerose
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 04.12.2018
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      VIANA, Mariana do Nascimento. Estudos de efeitos de uma metaloproteinase de veneno ofídico em células de músculo liso vascular: produção de fatores que modulam a migração e proliferação destas células e mecanismos envolvidos. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-18042019-145015/. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Viana, M. do N. (2018). Estudos de efeitos de uma metaloproteinase de veneno ofídico em células de músculo liso vascular: produção de fatores que modulam a migração e proliferação destas células e mecanismos envolvidos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-18042019-145015/
    • NLM

      Viana M do N. Estudos de efeitos de uma metaloproteinase de veneno ofídico em células de músculo liso vascular: produção de fatores que modulam a migração e proliferação destas células e mecanismos envolvidos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-18042019-145015/
    • Vancouver

      Viana M do N. Estudos de efeitos de uma metaloproteinase de veneno ofídico em células de músculo liso vascular: produção de fatores que modulam a migração e proliferação destas células e mecanismos envolvidos [Internet]. 2018 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42133/tde-18042019-145015/

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