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Caracterização do impacto dos regimes quimioterápicos na reserva ovariana de pacientes com câncer de mama (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: BEDOSCHI, GIULIANO MARCHETTI - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RGO
  • Subjects: FERTILIDADE; QUIMIOTERAPIA; NEOPLASIAS; MAMA; HORMÔNIO ANTIMÜLLERIANO; OVÁRIO
  • Keywords: BRCA; Câncer de mama; Hormônio anti-Mulleriano; Preservação da fertilidade; Quimioterapia; Reserva ovariana; Anti-Mullerian hormone; Breast cancer; Chemotherapy; Fertility Preservation; Ovarian reserve
  • Language: Português
  • Abstract: Parte das mulheres com câncer de mama na menacme gostariam de tentar preservar sua fertilidade após o tratamento oncológico. Entretanto, as informações disponíveis sobre a extensão do dano aos ovários após o tratamento quimioterápico são insuficientes para estimar o risco de comprometimento da reserva ovariana. Dessa forma, como objetivo primário deste estudo propusemos caracterizar o impacto dos regimes quimioterápicos mais comumente utilizados no tratamento do câncer de mama em mulheres na menacme sobre a reserva ovariana avaliada por meio da aferição das concentrações séricas de hormônio anti-Mulleriano (HAM) e calendário menstrual, analisados antes e um ano após o término da quimioterapia. Cento e trinta e quatro pacientes foram analisadas para o objetivo primário do estudo. As concentrações séricas de HAM foram dosadas por meio do teste ELISA e foram representadas pela mediana e intervalo interquartil. Os testes não paramétricos de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis foram utilizados para comparar as medidas de HAM em relação as variáveis categóricas. A idade média foi de 36,67 anos (DP 3,95), sendo que 104 mulheres realizaram quimioterapia com regime antracíclico (AC-T), 13 regime não antracíclico (CMF) e 17 outros regimes quimioterápicos. Os níveis de HAM após 1 ano do término da quimioterapia reduziram de maneira significativa (mediana 0,13 ng/ml, intervalo interquartil 0.02; 0,35 ng/ml) quando comparados aos níveis basais (mediana 2,84 ng/ml, intervalo interquartil 1,26; 4,65 ng/ml; p<0,0001). Apesar da redução significativa dos níveis de HAM, 74,7% das mulheres apresentavam ciclos menstruais um ano após o término da quimioterapia. O tipo de regime quimioterápico influenciou de maneira significativa a redução dos níveis do HAM após 1 ano do término da quimioterapia. O grupo de tratamento que utilizou CMF apresentou maior redução dareserva ovariana quando comparado com o grupo de tratamento que utilizou outros regimes quimioterápicos. O uso adjuvante de tamoxifeno não alterou os níveis de HAM aferidos após 1 ano do término do tratamento quimioterápico. As concentrações séricas de HAM basais (p<0,0001), a idade (p=0,0438) e o regime de tratamento realizado (p=0,0259) foram relacionados com a redução dos níveis de HAM após um ano do término da quimioterapia. Mulheres com mutações BRCA apresentam menores concentrações basais de HAM e menores taxas de recuperação ovariana após o término do tratamento quimioterápico quando comparadas a mulheres sem a mutação e mulheres não testadas por apresentarem baixo risco de mutação. Esse estudo longitudinal demonstrou que o tratamento quimioterápico promoveu redução significativa das concentrações séricas de HAM um ano após o término do tratamento. O falo da maioria das pacientes apresentar ciclos menstruais, apesar dos baixos níveis de HAM, sugere que a presença de menstruação não é um marcador acurado de reserva ovariana. O tipo de regime quimioterápico utilizado no tratamento oncológico demonstrou influenciar o comprometimento da reserva ovariana. O tratamento adjuvante com tamoxifeno parece não exacerbar o comprometimento da reserva ovariana. Demonstramos que a idade, os níveis basais de HAM e o tipo de regime quimioterápico são os fatores de predição mais importantes da reserva ovariana após o tratamento citotóxico. Sendo assim, geramos o primeiro nomograma para predizer o impacto da quimioterapia na reserva ovariana. O nomograma descrito deve ser validado prospectivamente em novos estudos. Além disso, a presença de mutações BRCA pode colocar as mulheres em desvantagem reprodutiva quando expostas ao estresse genotóxico. Essas informações podem ser utilizadas para aconselhamento individual de mulheres em idade reprodutiva emrelação a necessidade de tratamentos para tentativa de preservação da fertilidade
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 24.10.2018
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    • ABNT

      BEDOSCHI, Giuliano Marchetti. Caracterização do impacto dos regimes quimioterápicos na reserva ovariana de pacientes com câncer de mama. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-01022019-104131/. Acesso em: 18 set. 2024.
    • APA

      Bedoschi, G. M. (2018). Caracterização do impacto dos regimes quimioterápicos na reserva ovariana de pacientes com câncer de mama (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-01022019-104131/
    • NLM

      Bedoschi GM. Caracterização do impacto dos regimes quimioterápicos na reserva ovariana de pacientes com câncer de mama [Internet]. 2018 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-01022019-104131/
    • Vancouver

      Bedoschi GM. Caracterização do impacto dos regimes quimioterápicos na reserva ovariana de pacientes com câncer de mama [Internet]. 2018 ;[citado 2024 set. 18 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-01022019-104131/


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