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Avaliação do efeito do estresse agudo e crônico e da dor persistente sobre a metilação global de DNA e a expressão das DNA metiltransferases na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal em ratos (2018)

  • Authors:
  • Autor USP: SPINIELI, RICHARD LEANDRO - FFCLRP
  • Unidade: FFCLRP
  • Sigla do Departamento: 594
  • Subjects: ESTRESSE; DOR CRÔNICA; ANSIEDADE; DNA; HIPOCAMPO; CÓRTEX PRÉ-FRONTAL; EMOÇÕES
  • Language: Português
  • Abstract: O estresse, em suas mais variadas durações e intensidades, tem sido visto como grande desencadeador de diversas doenças psiquiátricas, incluindo transtornos de ansiedade. Com relevância neste contexto, a dor crônica também é frequentemente apontada como causadora de incapacidades, sendo a ansiedade uma comorbidade comum associada a esta patologia. Estudos mostraram que o estresse e a dor crônica ou persistente, além do impacto comportamental, podem alterar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, bem como a liberação de cortisol, em seres humanos, ou a corticosterona em roedores. Considerando o estresse, dor crônica e a ansiedade, mecanismos moleculares têm sido propostos para explicar sua fisiopatologia, sendo que a alteração na metilação global do DNA têm sido recentemente implicada nestes estados. A metilação do DNA é um mecanismo epigenético, o qual é mediado, principalmente, pelas enzimas DNMT1, DNMT3a e DNMT3b. A metilação do DNA geralmente está associada a modulação da expressão gênica por regular a acessibilidade de fatores de transcrição aos seus sítios de ligação, e por fim, influenciando a estrutura da cromatina. Entretanto, poucos estudos têm explorado a metilação do DNA e a participação das DNMTs na ansiedade como consequência do estresse e também como comorbidade da dor crônica. Dessa maneira, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o estresse agudo, o estresse crônico variado e a dor persistente e sua influência na metilação global do DNA e na expressão da DNA metiltransferases (DNMTs) na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal de ratos. Grupos de ratos Wistar adultos (200-220g) foram submetidos à três diferentes experimentos: 1) Estresse Agudo: os animais foram submetidos ou não a restrição Física por 2 h e avaliados em testes para ansiedade (labirinto em cruz elevado/LCE ou teste claro-escuro/TCE)ou submetidos à eutanásia para coleta do plasma e retirada dos encéfalos 24 h após a sessão de estresse; 2) Estresse Crônico Variado: os animais foram submetidos ou não ao protocolo de estresse crônico composto de 5 diferentes metodologias, utilizadas 2 vezes cada por um período de 10 dias (metodologias: agitação por 15 min; nado forçado por 15 min; exposição ao frio por 30 min; restrição física por 2 h; e privação de água por 18 h). Neste protocolo, 24 h após o último evento estressor os ratos foram avaliados em testes para ansiedade (LCE e TCE) ou foram submetidos à eutanásia para coleta do plasma e retirada dos encéfalos. 3) Dor persistente: os ratos receberam administração de solução salina 0,9% (50 µl) ou Adjuvante Completo de Freund (CFA, 50 µl) na pata posterior direita e foram avaliados no teste para sensibilidade mecânica (teste de Von Frey) e teste do campo aberto, enquanto outros grupos foram submetidos a teste para ansiedade (LCE e TCE) ou designados para coleta do plasma e retirada do encéfalo. Para todos os protocolos, no plasma realizou-se por meio da técnica radioimunoensaio a mensuração dos níveis de corticosterona e com o encéfalo foi feito análise de metilação global de DNA e western blot para análise da expressão quantitativa das DNMT1, DNMT3a e DNMT3b. Os resultados evidenciaram que o estresse agudo promoveu comportamentos tipo ansioso, aumento de corticosterona plasmática, aumento da metilação global de DNA no córtex pré-frontal acompanhada de aumento da expressão das enzimas DNMT1 e DNMT3a, enquanto também houve aumento de DNMT3a no hipocampo ventral. O estresse crônico variado, por sua vez, promoveu somente redução da metilação global de DNA na amígdala, sem alterar o comportamento emocional ou os níveis de corticosterona. Finalmente, a dor persistente promoveu aumento de comportamento do tipo ansioso e dacorticosterona plasmática, redução de metilação global de DNA na amígdala com concomitante aumento da expressão de DNMT3b e redução de DNMT3a no hipocampo ventral. Em conjunto, os resultados do presente estudo podem sugerir que a metilação global de DNA pode estar associada aos efeitos no comportamento do tipo ansioso que foram observados no estresse agudo e na dor persistente. Por sua vez, as enzimas DNA metiltransferases podem ter sua expressão associada à metilação global de DNA ou não, revelando heterogeneidade na resposta ao estresse e no dor persistente na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 20.07.2018

  • How to cite
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    • ABNT

      SPINIELI, Richard Leandro. Avaliação do efeito do estresse agudo e crônico e da dor persistente sobre a metilação global de DNA e a expressão das DNA metiltransferases na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal em ratos. 2018. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. . Acesso em: 16 out. 2024.
    • APA

      Spinieli, R. L. (2018). Avaliação do efeito do estresse agudo e crônico e da dor persistente sobre a metilação global de DNA e a expressão das DNA metiltransferases na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal em ratos (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Spinieli RL. Avaliação do efeito do estresse agudo e crônico e da dor persistente sobre a metilação global de DNA e a expressão das DNA metiltransferases na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal em ratos. 2018 ;[citado 2024 out. 16 ]
    • Vancouver

      Spinieli RL. Avaliação do efeito do estresse agudo e crônico e da dor persistente sobre a metilação global de DNA e a expressão das DNA metiltransferases na amígdala, no hipocampo ventral e no córtex pré-frontal em ratos. 2018 ;[citado 2024 out. 16 ]


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