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A concordância verbal nas comunidades quilombolas de Alcântara (MA): uma contribuição para a discussão sobre o contato linguístico no português brasileiro (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, WANIA MIRANDA ARAUJO DA - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLL
  • Subjects: CONCORDÂNCIA VERBAL; QUILOMBOS; LÍNGUA PORTUGUESA; LÍNGUAS AFRICANAS; PORTUGUÊS DO BRASIL
  • Keywords: Contato de línguas; Language contact
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A presente tese realiza uma descrição e análise da marcação de terceira pessoa de plural nas comunidades quilombolas de Mamuna e Itamatatiua, localizadas em Alcântara (MA). Esta marcação está no centro dos debates sobre a formação do português brasileiro, ora sendo tomada para explicar a deriva (Naro & Scherre, 2007), ora para explicar o contato linguístico (Lucchesi et al., 2009; Silva, 2005, entre outros). Esta pesquisa parte do princípio de que o contato ocorrido na época colonial entre o português trazido para o Brasil àquela época, as diferentes línguas africanas trazidas para cá, especialmente as línguas bantas (LBs), e as diferentes línguas indígenas existentes neste território, é o responsável pelas particularidades do português falado no Brasil. Nesse sentido, as especificidades da marcação de terceira pessoa das comunidades alcantarenses podem ser explicadas a partir do contato linguístico estabelecido na formação dessas comunidades. O plural de terceira pessoa em Mamuna e Itamatatiua traz um terceiro tipo de marcação, que emerge a partir do processo fonológico de redução dos ditongos nasais pós-tônicos finais. Esta marcação revela-se como a mais produtiva não só em termos quantitativos, mas também por aparecer em contextos distintos aos de outras comunidades, como verbos no presente do indicativo, verbos de segunda conjugação e verbos irregulares. Os processos fonológicos para evitar encontros vocálicos das LBs e o contexto final átono poderia explicar essaredução, apontada por diferentes autores como característica da fala de pretos (Mendonça, 1933; Raimundo, 1933, entre outros). Adicionalmente, a ecologia externa de formação das comunidades alcantarenses poderia ter ajudado não apenas na manutenção desse final reduzido, mas na sua reinterpretação como morfema plural de terceira pessoa, bem como na sua expansão para contextos nos quais uma redução fonológica para uma vogal posterior não seria prevista no português brasileiro.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 31.07.2017
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      MIRANDA, Wânia. A concordância verbal nas comunidades quilombolas de Alcântara (MA): uma contribuição para a discussão sobre o contato linguístico no português brasileiro. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-06022018-124834/. Acesso em: 05 out. 2024.
    • APA

      Miranda, W. (2017). A concordância verbal nas comunidades quilombolas de Alcântara (MA): uma contribuição para a discussão sobre o contato linguístico no português brasileiro (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-06022018-124834/
    • NLM

      Miranda W. A concordância verbal nas comunidades quilombolas de Alcântara (MA): uma contribuição para a discussão sobre o contato linguístico no português brasileiro [Internet]. 2017 ;[citado 2024 out. 05 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-06022018-124834/
    • Vancouver

      Miranda W. A concordância verbal nas comunidades quilombolas de Alcântara (MA): uma contribuição para a discussão sobre o contato linguístico no português brasileiro [Internet]. 2017 ;[citado 2024 out. 05 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-06022018-124834/

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