O Cretáceo da Bacia de Sergipe: evolução do conhecimento litoestratigráfico (2018)
- Autor:
- Autor USP: NEGRÃO, ANDRÉ PIRES - IGC
- Unidade: IGC
- Assunto: ESTRATIGRAFIA
- Language: Português
- Abstract: As bacias de Sergipe e Alagoas apresentam o mais completo registro sedimentar aflorante da margem leste e sudeste brasileira. Este fato possibilitou que estudos estratigráficos e paleontológicos se iniciassem já ao final do século XIX. Hartt (1870) apresenta as primeiras investigações estratigráficas em seu trabalho intitulado "Geologia e Geografia Física do Brasil - Sergipe". Até a década de 1950 diversos estudos foram lançados por outros autores, entretanto com poucos avanços devido à falta de critérios nas nomenclaturas estratigráficas adotadas. A partir de 1957 a Petrobras dá início a campanhas sistemáticas de perfuração de poços que promoveram grande impacto no conhecimento estratigráfico destas bacias. Neste contexto, a empresa contrata o Professor Setembrino Petri com o objetivo de analisar e elucidar importantes questões relacionadas à evolução bioestratigráfica e litoestratigráfica do Cretáceo da Bacia de Sergipe. Petri encerra os resultados de sua pesquisa no trabalho intitulado "Foraminíferos Cretáceos de Sergipe", publicado em 1962 no Boletim nº 265 da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Foram descritas 96 espécies de foraminíferos, sendo 49 novas e outras 25 por definir, permitindo a caracterização de biozonas, cronozonas, e também a reorganização e o estabelecimento de novas unidades litoestratigráficas com profundas modificações nas interpretações paleoambientais. Os resultados deste trabalho tornaram-se pilares fundamentais à proposta de Schaller (1969), a qual lançou as bases para todas revisões das últimas décadas. Nesse sentido, coube a Setembrino Petri formalizar e interpretar corretamente uma das principais unidades da fase rifte da Bacia de Sergipe - a Formação Morro do Chaves - cujos depósitos foram relacionados a um ambiente lacustre continental, até então tidos como de origem marinha. Também coube ao Professor formalizar pela primeira vez ospacotes evaporíticos - Formação Ibura - que encerrariam definitivamente o estágio continental da Bacia de Sergipe e, por correlação, de toda as bacias da margem leste e sudeste brasileira. Ainda em Petri (1962) é que se estabeleceu uma idade albiana para as primeiras ingressões marinhas definitivas sobre a Bacia de Sergipe (depósitos da Formação Riachuelo). Assim, Petri não apenas guiara com clareza os trabalhos que se seguiram, mas estabeleceu um marco ao entendimento do Cretáceo da margem leste e sudeste brasileira, preconizando pela primeira vez os três principais estágios evolutivos: Continental (Rifte), Transicional (Pós-rifte) e Marinho (Drifte).
- Imprenta:
- Publisher: Sociedade Brasileira de Geologia
- Publisher place: São Paulo
- Date published: 2018
- Source:
- Título do periódico: Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno
- Volume/Número/Paginação/Ano: cap. 13, p. 323-345
-
ABNT
NEGRÃO, André Pires. O Cretáceo da Bacia de Sergipe: evolução do conhecimento litoestratigráfico. Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno. Tradução . São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, 2018. p. 323-345. Disponível em: https://repositorio.usp.br/directbitstream/60e945fc-e90f-4b9c-af52-bddcccfece56/2906155.pdf. Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Negrão, A. P. (2018). O Cretáceo da Bacia de Sergipe: evolução do conhecimento litoestratigráfico. In Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno (p. 323-345). São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia. Recuperado de https://repositorio.usp.br/directbitstream/60e945fc-e90f-4b9c-af52-bddcccfece56/2906155.pdf -
NLM
Negrão AP. O Cretáceo da Bacia de Sergipe: evolução do conhecimento litoestratigráfico [Internet]. In: Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia; 2018. p. 323-345.[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/60e945fc-e90f-4b9c-af52-bddcccfece56/2906155.pdf -
Vancouver
Negrão AP. O Cretáceo da Bacia de Sergipe: evolução do conhecimento litoestratigráfico [Internet]. In: Setembrino Petri: do Proterozoico ao Holoceno. São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia; 2018. p. 323-345.[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://repositorio.usp.br/directbitstream/60e945fc-e90f-4b9c-af52-bddcccfece56/2906155.pdf - Reactivated shear zones: a case study in a tectonic superposition zone between the Southern Brasília and Ribeira orogens, southeastern Brazil
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