Os hormônios esteróides, glicocorticoides e estrógenos, como neuroimunomoduladores (2018)
- Autor:
- Autor USP: MUNHOZ, CAROLINA DEMARCHI - ICB
- Unidade: ICB
- Sigla do Departamento: BMF
- Subjects: HORMÔNIOS GLICOCORTICOIDES; ESTRESSE; DEGENERAÇÃO NEURAL; NEUROIMUNOMODULAÇÃO
- Language: Português
- Abstract: Considerando a função dos glicocorticoides (GCs) na resposta de estresse e seus efeitos rápidos e duradouros no sistema nervoso central (SNC), o estudo dos mecanismos pelos quais esses hormônios agem mostra-se particularmente relevante para o entendimento de patologias relacionadas ao medo à ansiedade. A inflamação é um achado importante na patogênese de várias doenças neurodegenerativas, dentre elas a esclorese múltipla e isquemia. Por sua vez, as células da glia (microglia e astrócitos) também possuem papel importante na progressão dessas doenças e são alvos da ação dos GCs. Apesar do bem estabelecido efeito anti-inflamatório dos GCs, tem sido demonstrado que, no SNC, níveis aumentados desse hormônio podem potencializar alguns aspectos da resposta inflamatória e são cada vez maiores as evidências que apontam para a especificidade celular dessas ações. É sabido que mulheres pré-menopausa estão protegidas em relação aos homens quanto a incidência e gravidade de quadros isquêmicos, um efeito creditado ao estrógeno (E2). Porém, a aplicação terapêutica deste hormônio é limitada devido às ações estrogênicas indesejáveis, tais como a proliferação celular, pensadas ser mediadas principalmente pelos receptores nucleares. Além disso, poucos estudos abordam os efeitos do E2 nas células gliais e nas células imunes ou investigam com quais vias o mesmo é capaz de interagir. Em nosso laboratório, buscamos avaliar os efeitos dos hormônios esteroidais, principalmente E2 e GCs, na modulação de parâmetros intracelulares, morfo-funcionais e comportamentais em modelos de estresse agudo e crônico, de transtornos cérebro-vasculares, processos inflamatórios e doenças auto-imunes degenerativas. Nossos resultados nos permitem concluir que tanto os GCs quanto E2 podem ser considerados potentes neuroimunomoduladores, cuja manipulação pode levar a efeitos benéficos ou deletérios.Se ocorrerá um ou outro depende das concentrações, duração da exposição, microambiente e do estímulo associado à presença desses hormônios. Assim, conhecer as particularidades de suas sinalizações pode nos auxiliar a encontrar pontos chaves passíveis de manipulações específicas, nos permitindo controlar, no organismo, os resultados e prognóstiocs em cada situação
- Imprenta:
- Data da defesa: 31.08.2018
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ABNT
MUNHOZ, Carolina Demarchi. Os hormônios esteróides, glicocorticoides e estrógenos, como neuroimunomoduladores. 2018. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. . Acesso em: 01 jun. 2025. -
APA
Munhoz, C. D. (2018). Os hormônios esteróides, glicocorticoides e estrógenos, como neuroimunomoduladores (Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Paulo. -
NLM
Munhoz CD. Os hormônios esteróides, glicocorticoides e estrógenos, como neuroimunomoduladores. 2018 ;[citado 2025 jun. 01 ] -
Vancouver
Munhoz CD. Os hormônios esteróides, glicocorticoides e estrógenos, como neuroimunomoduladores. 2018 ;[citado 2025 jun. 01 ] - The stressed CNS: when glucocorticoids aggravate inflammation
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- A Pós-Graduação no ICB
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