Exportar registro bibliográfico


Metrics:

Cárie e fluoretação das águas em dois munícipios brasileiros com baixa prevalência da doença, na segunda década do século XXI (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: CRUZ, MARIANGELA GUANAES BORTOLO DA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HSP
  • DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607
  • Subjects: FLUORAÇÃO DAS ÁGUAS; CÁRIE DENTÁRIA; DENTIÇÃO DECÍDUA; SAÚDE BUCAL; SAÚDE PÚBLICA
  • Keywords: Ceod; CPOD; Fluoretação das Águas; Grupamentos Dentais; SiC
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução. Não há dados que atestem, no contexto brasileiro das primeiras décadas do século XXI, que a fluoretação das águas de abastecimento público agrega benefício preventivo com relação à cárie dentária, em pequenos municípios, aos proporcionados pelo uso generalizado dos dentifrícios fluoretados. Objetivo. Analisar o grau do benefício preventivo da exposição à água fluoretada em relação à cárie dentária e sua distribuição segundo grupamentos dentais, em contexto de uso generalizado de creme dental fluoretado, no Brasil. Metodologia. Foi realizado estudo observacional transversal, de tipo censitário, na modalidade de duplo inquérito epidemiológico populacional. As populações avaliadas residem em municípios da mesma região geográfica, de pequeno porte demográfico e com classificação socioeconômica similar, diferenciando-se apenas pela condição de exposição, há pelo menos 5 anos, à água fluoretada (Silveiras) ou de não exposição (São José do Barreiro). A experiência e a magnitude da cárie dentária nessas populações foram avaliadas utilizando-se os índices ceod (aos 5 e 6 anos de idade; N=233), CPOD (aos 11 e 12 anos; N=312) e SiC (aos 11 e 12 anos; N=105) e a associação foi testada empregando-se as estatísticas qui-quadrado de Pearson e razão de prevalência (RP) entre não expostos (NE) e expostos (E) à água fluoretada. A partir dos valores do ceod, CPOD e SiC, foram obtidas as razões de magnitude entre os grupamentos dentários posteriores e anteriores (RM-PA),em ambas as dentições, segundo exposição ou não à água fluoretada. Os grupamentos dentários foram assim definidos: anteriores-estéticos (incisivos centrais e laterais e caninos, superiores e inferiores, em ambas as dentições) e posteriores (primeiros e segundos pré-molares e primeiros e segundos molares, superiores e inferiores na dentição permanente e primeiros e segundos molares superiores e inferiores na dentição decídua). Resultados. Dentição decídua- Embora a experiência de cárie (ceod1) não tenha se associado com a exposição à água fluoretada (qui-quadrado=2,77; p=0,96; =5 por cento ),observou-se expressiva diferença na magnitude com que a doença atingiu a população: as médias ceod foram de 2,74 em expostos e 4,17 em não expostos. O grau da polarização, indicado pela porcentagem de indivíduos com ceod=0, foi diferente, sendo maior (43,0 por cento ) em expostos e menor (31,0 por cento ) em não expostos. A RP (NE/E) foi de 1,21 indicando que a exposição à água fluoretada correspondeu a uma taxa de prevalência 21 por cento menor, comparativamente aos não expostos. As razões de magnitude para dentição decídua (RM-PAd) foram de 4,2 em expostos e 4,8 em não expostos. Dentição permanente- Embora a experiência de cárie (CPOD1) não tenha se associado com a exposição à água fluoretada (qui-quadrado=1,78; p=0,18; =5 por cento), observou-se expressiva diferença na magnitude com que a doença atingiu a população: as médias CPOD foram de 1,76 em expostos e 2,60 em não expostos.O grau da polarização, indicado pela porcentagem de indivíduos com CPOD=0, foi diferente, sendo maior (41,8 por cento ) em expostos e menor (34,3 por cento ) em não expostos. A RP (NE/E) foi de 1,13 indicando pouca expressividade na diferença das prevalências. Para a dentição permanente as razões de magnitude na população total (RM-PAp) foram de 22,1 em expostos e 6,1, em não expostos. O valor médio do SiC foi de 4,04 em expostos e 6,16 em não expostos, enquanto as razões de magnitude (RM-PA-SiC) foram 23,8 e 5,9, respectivamente. Conclusão. A exposição à água fluoretada implicou menores valores médios dos índices ceod, CPOD e SiC, ainda que em presença de exposição concomitante a dentifrício fluoretado, em cenário de baixa prevalência da doença e padrão similar de distribuição de cárie nas populações analisadas. As menores experiência e magnitude da cárie nos grupamentos dentários anteriores, em situação de exposição à água fluoretada em comparação com a não exposição, corrobora estudos anteriores. No contexto brasileiro, ainda que em presença de exposição simultânea a dentifrício fluoretado, a fluoretação das águas segue produzindo efeitos epidemiológicos relevantes.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 13.11.2017
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      CRUZ, Mariangela Guanaes Bortolo da. Cárie e fluoretação das águas em dois munícipios brasileiros com baixa prevalência da doença, na segunda década do século XXI. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607. Acesso em: 19 abr. 2024.
    • APA

      Cruz, M. G. B. da. (2017). Cárie e fluoretação das águas em dois munícipios brasileiros com baixa prevalência da doença, na segunda década do século XXI (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607
    • NLM

      Cruz MGB da. Cárie e fluoretação das águas em dois munícipios brasileiros com baixa prevalência da doença, na segunda década do século XXI [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607
    • Vancouver

      Cruz MGB da. Cárie e fluoretação das águas em dois munícipios brasileiros com baixa prevalência da doença, na segunda década do século XXI [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-111607


Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024