Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo (2017)
- Authors:
- Autor USP: MOURA, DIOGO TURIANI HOURNEAUX DE - FM
- Unidade: FM
- Sigla do Departamento: MGT
- Subjects: ENDOSSONOGRAFIA; DIAGNÓSTICO POR COMPUTADOR; ENDOSCOPIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO; NEOPLASIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO; SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE; PÂNCREAS (DIAGNÓSTICO)
- Keywords: Cholangiopancreatography endoscopic retrograde; Cholestasis; Colestase; Endosonography; Neoplasms; Pancreatocolangiografia retrógrada endoscópica; Sensitivity and specificity
- Language: Português
- Abstract: Introdução: As estenoses biliares são sempre desafiadoras, tanto no diagnóstico como na conduta terapêutica aplicada, seja ela curativa ou paliativa. A obtenção de espécimes se faz necessária uma vez que muitas doenças benignas mimetizam as neoplasias biliopancreáticas, tornando o diagnóstico anatomopatológico fundamental. Apesar da baixa acurácia, a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o método tradicionalmente utilizado para diagnosticar estenoses biliares por meio do escovado citológico e da biópsia transpapilar. Por outro lado, diversos estudos têm reportado acurácia satisfatória da ecoendoscopia com punção aspirativa com agulha fina (EE-PAAF). Este estudo propõe comparar prospectivamente esses métodos no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna. Métodos: Após a realização do cálculo amostral, 50 pacientes com estenoses biliares com suspeita maligna foram submetidos à CPRE com escovado citológico e biópsia transpapilar e à EE-PAAF durante a mesma sedação ou com intervalo máximo de sete dias. O padrão-ouro do resultado anatomopatológico dos métodos foram a cirurgia e o seguimento clínico por pelo menos seis meses. Foram avaliados os índices de acurácia (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, razão de verossimilhança positiva e negativa e acurácia), de concordância e as complicações entre os métodos, além da realização de subanálises, incluindo avaliação de técnicas, localizaçãoanatômica e tamanho da lesão. Resultados: O diagnóstico anatomopatológico obtido na associação dos dois métodos nos 50 pacientes (26 mulheres e 24 homens, com média de idade de 63,08 anos) foram: 47 malignos, um suspeito para malignidade e dois benignos. O diagnóstico definitivo definido pelo padrão-ouro demonstrou 48 estenoses malignas e duas benignas. O tamanho médio das lesões foi 3,48 cm, sendo 31 lesões extraductais e 19 intraductais, bem como 35 distais e 15 proximais. Na análise por intenção de tratamento, sensibilidade, especificidade e acurácia da EE foram superiores aos resultados da CPRE (93,8%, 100% e 94% contra 60,4%, 100% e 62%, respectivamente) (p = 0,034) com índices de complicações semelhantes. Não houve concordância entre os métodos e a combinação deles aumentou a sensibilidade e acurácia para 97,9% e 98%, respectivamente. Nas subanálises, a EE foi superior à CPRE tanto nas lesões extraductais com acurácia de 100% contra 54,8%, p=0,019, quanto nas lesões maiores que 1,5 cm (95,8% contra 61,9%, p=0,031). Entretanto os resultados foram semelhantes nas lesões intraductais e nas menores que 1,5 cm. Não houve diferença significativa entre os métodos nas análises de lesões proximais, distais e pancreáticas. Nas subanálises das técnicas empregadas, o escovado citológico e a biópsia transpapilar apresentaram resultados semelhantes entre si, tal como as técnicas de capilaridade e vácuo. Conclusão: A EE-PAAF é superior à CPRE associada ao escovado citológico e àbiópsia transpapilar, com índices de complicações semelhantes. Não há concordância entre os métodos e a associação deles aumenta os índices de acurácia. A EE-PAAF é superior à CPRE com obtenção de espécimes na avaliação de lesões extraductais e nas maiores que 1,5 cm e é semelhante nas intraductais e nas menores que 1,5 cm. O escovado citológico e a biópsia transpapilar apresentam resultados semelhantes entre si, tal como as técnicas de capilaridade e vácuo. Não há diferença entre os métodos nas análises individuais de lesões distais, proximais e pancreáticas
- Imprenta:
- Data da defesa: 18.09.2017
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ABNT
MOURA, Diogo Turiani Hourneaux de. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-13122017-115437/. Acesso em: 19 abr. 2024. -
APA
Moura, D. T. H. de. (2017). Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-13122017-115437/ -
NLM
Moura DTH de. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-13122017-115437/ -
Vancouver
Moura DTH de. Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo [Internet]. 2017 ;[citado 2024 abr. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-13122017-115437/ - Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ultrassom endoscópico no diagnóstico histológico da estenose biliar maligna: revisão sistemática e metanálise
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