Exportar registro bibliográfico


Metrics:

Epidemiologia da injúria renal aguda: estudo prospectivo, multicêntrico e populacional no estado do Acre (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: MELO, FERNANDO DE ASSIS FERREIRA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HEP
  • DOI: 10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943
  • Subjects: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA; UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA; INCIDÊNCIA; DIAGNÓSTICO; FATORES DE RISCO; PAÍSES DESENVOLVIDOS; PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO; ESTUDOS PROSPECTIVOS; ACRE; AMAZÔNIA OCIDENTAL
  • Keywords: Injúria Renal Aguda
  • Language: Português
  • Abstract: A epidemiologia da injúria renal aguda (IRA) nos países desenvolvidos e em desenvolvimento ainda não foi sistematicamente examinada. Estudos epidemiológicos da incidência de IRA nos países em desenvolvimento são escassos e mais raros são estudos populacionais prospectivos na Amazônia brasileira. No capítulo I descreveu-se uma revisão sistemática de estudos sobre a epidemiologia da IRA em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) publicados (2005-2015) nas bases de dados PUBMED, CENTRAL, LILACS e IBECs. Foram examinadas as diferenças na incidência de IRA, a severidade e a mortalidade; seguindo a divisão dos países de acordo com os critérios da Organização das Nações Unidas. Identificaram-se 92 estudos: 59 de países desenvolvidos, 32 de países em desenvolvimento e um estudo com dados de ambos os grupos de países. Dos estudos avaliados, 78 por cento usaram critérios padrão para definição da IRA (RIFLE, AKIN ou KDIGO). Entretanto, encontramos 11 diferentes definições para oligúria e 23 diferentes definições para a creatinina basal. Ambos os grupos relataram ocorrência de IRA na UTI de até 40 por cento . No entanto, a necessidade de diálise, tempo de permanência na UTI e as taxas de mortalidade foram maiores nos países em desenvolvimento, o que pode refletir diferenças nas condições sociais e na infraestrutura hospitalar nesses países. No capítulo II foi realizado um estudo prospectivo em todas as UTIs da cidade de Rio Branco, que atendem a cerca de 75 por cento da população do estado do Acre. Os dados foram coletados durante 18 meses nos anos 2014 e 2016. Pacientes com menos de 18 anos, doença renal crônica dialítica, transplante renal ou internação na UTI < 48 horas foram excluídos. A IRA foi diagnosticada pelo KDIGO e a mortalidade foi avaliada durante a internação na UTI, 30 e 180 dias após a alta da UTI. Dos 1494 pacientes admitidos, 1073 preencheram os critérios de inclusão.A incidência de IRA foi de 52,8 por cento , e a prevalência foi de 67,3. A diálise foi oferecida a 8,2 por cento dos pacientes que fizeram IRA na UTI. Apenas 2,2 por cento das internações foram devidas às doenças tropicais. Os fatores de risco para IRA foram: balanço hídrico positivo maior que 1500 ml / 24h (OR 2,98, p <0,001), pacientes não cirúrgicos (OR 1,69; p = 0,001), aumento de idade (OR 1,16 para aumento de 10 anos; p <0,001) e aumento do escore APACHE II (OR 1,06 para aumento de uma unidade; p <0,001). Em comparação com pacientes que não tiveram IRA, o tempo de permanência na UTI (7 vs 5 dias, p <0,001), assim como as mortalidades na UTI e no hospital (43,4 por cento vs 14 por cento , p <0,001 e 52 por cento vs 18,5 por cento , p <0,001, respectivamente) foram maiores nos pacientes que fizeram IRA na UTI. Foram fatores de risco para mortalidade nos pacientes com IRA na UTI: aumento da idade, sepse, KDIGO estágio 3, uso de ventilação mecânica, de drogas vasoativas e choque. A mortalidade precoce e tardia (até 30 ou 180 dias após a alta na UTI, respectivamente) se associou à presença de IRA. Portanto a IRA é comum em pacientes de UTI nessa região, com poucas internações por doenças tropicais e similares etiologias e fatores de risco com os países desenvolvidos; contudo, com taxas de mortalidade mais altas, o que pode representar as condições econômicas e a dificuldade no acesso aos sistemas de saúde.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.04.2017
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      MELO, Fernando de Assis Ferreira. Epidemiologia da injúria renal aguda: estudo prospectivo, multicêntrico e populacional no estado do Acre. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943. Acesso em: 02 out. 2024.
    • APA

      Melo, F. de A. F. (2017). Epidemiologia da injúria renal aguda: estudo prospectivo, multicêntrico e populacional no estado do Acre (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943
    • NLM

      Melo F de AF. Epidemiologia da injúria renal aguda: estudo prospectivo, multicêntrico e populacional no estado do Acre [Internet]. 2017 ;[citado 2024 out. 02 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943
    • Vancouver

      Melo F de AF. Epidemiologia da injúria renal aguda: estudo prospectivo, multicêntrico e populacional no estado do Acre [Internet]. 2017 ;[citado 2024 out. 02 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2017.tde-20072017-171943

    Últimas obras dos mesmos autores vinculados com a USP cadastradas na BDPI:

    Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024