Acidente vascular cerebral secundário a oclusão aguda da artéria basilar: um estudo observacional (2017)
- Authors:
- Autor USP: DIAS, FRANCISCO ANTUNES - FMRP
- Unidade: FMRP
- Sigla do Departamento: RNP
- Subjects: ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL; TROMBOSE; SAÚDE PÚBLICA; ARTÉRIAS
- Language: Português
- Abstract: O AVC isquêmico secundário a oclusão aguda da artéria basilar (OAB) habitualmente cursa com elevadas taxas de morbimortalidade. A trombólise endovenosa (TEV), independente do leito arterial acometido, e o tratamento endovascular (TE) em oclusões arteriais proximais da circulação anterior já são terapias de recanalização aguda reconhecidamente seguras e eficazes. A maior parte do conhecimento sobre OAB vem de estudos realizados em países desenvolvidos. A evolução clínica de pacientes com OAB no Brasil ainda é desconhecida assim como não está definida qual a melhor estratégia no tratamento da OAB em nosso meio. Caracterizar a evolução clínica dos pacientes com OAB atendidos em um hospital público terciário acadêmico brasileiro e avaliar o impacto das terapias de recanalização aguda nos desfechos clínicos destes pacientes. Análise retrospectiva de pacientes consecutivos com OAB incluídos em um registro prospectivo de pacientes com AVC do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). Os desfechos primários avaliados foram a mortalidade e evolução clínica favorável (eRm ≤3) em 90 dias. Após análise univariada, uma regressão logística multivariada foi realizada para identificar os preditores independentes de mortalidade e evolução clínica favorável. No período entre janeiro/2004 e dezembro/2015, 63 pacientes (65% homens) foram diagnosticados com OAB. A mediana da escala de AVC do NIH foi 30 (IIQ: 18-36) e o tempo mediano entre a OAB e a admissão hospitalar foi de 4,6 (2,6-8,2) horas. Vinte e nove (46%) pacientes não foram tratados com terapias de recanalização aguda, 15 (24%) receberam TEV apenas e 19 (30%) foram submetidos a TE (68% destes tratados com stent retrievers). Vinte e quatro (83%) pacientes tratados de forma conservadora foram a óbito e apenas 2 (7%) tiveram um eRm ≤3Entre os pacientes tratados com qualquer terapia de recanalização aguda, 15 (44%) morreram e 9 (26,5%) tiveram uma evolução clínica favorável. Na análise multivariada, a PA na admissão hospitalar (OR=0,97; 95%IC:0,95-0,99;p=0,023), o escore ASPECTS da circulação posterior na admissão hospitalar (OR=0,62; 95%IC:0,41- 0,94;p=0,026) e a obtenção de recanalização adequada da artéria basilar (OR=0, 18; 95%IC:0,04-0,71;p=0,015) foram preditores independentes de menor mortalidade. Menores valores na escala de AVC do NIH na admissão hospitalar (OR 1,40; 95%IC: 1,08-1,82;p=0,012), o uso prévio de estatinas (OR 0,003; 95%IC:0,001-0,28;p=0,012) e a obtenção de recanalização adequada da artéria basilar (OR 0,05; 95%CI:0,001-0,27;p=0,009) foram preditores independentes de evolução clínica favorável em 3 meses. Não houve diferenças significativas entre os grupos TEV e TE em termos de desfechos funcionais ou mortalidade. OAB é um evento catastrófico, com elevada morbimortalidade no Brasil. O acesso às terapias de recanalização de fase aguda, incluindo TEV e TE, parece estar associado a uma menor mortalidade destes pacientes
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2017
- Data da defesa: 03.02.2017
-
ABNT
DIAS, Francisco Antunes. Acidente vascular cerebral secundário a oclusão aguda da artéria basilar: um estudo observacional. 2017. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2017. . Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Dias, F. A. (2017). Acidente vascular cerebral secundário a oclusão aguda da artéria basilar: um estudo observacional (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. -
NLM
Dias FA. Acidente vascular cerebral secundário a oclusão aguda da artéria basilar: um estudo observacional. 2017 ;[citado 2024 abr. 24 ] -
Vancouver
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