Técnicas instrumentais de avaliação da permeabilidade nasal (2016)
- Authors:
- USP affiliated authors: YAMASHITA, RENATA PACIELLO - HRAC ; FUKUSHIRO, ANA PAULA - FOB ; ARAÚJO, BRUNA MARA ADORNO MARMONTEL - HRAC ; SILVA, ANDRESSA SHARLLENE CARNEIRO DA - HRAC
- Unidades: HRAC; FOB
- Subjects: FONOAUDIOLOGIA; NARIZ (SISTEMA RESPIRATÓRIO); RESPIRAÇÃO
- Language: Português
- Abstract: Nesta oficina serão demonstradas as técnicas instrumentais mais utilizadas na avaliação objetiva do estado funcional das vias aéreas superiores as quais são de grande interesse para a fonoaudiologia: rinomanometria, rinometria acústica e nasometria. A Técnica Fluxo-Pressão (rinomanometria) permite estimar a permeabilidade nasal a partir da mensuração da menor área de constrição da via aérea nasal (Warren e DuBois, 1964). Baseia-se no princípio hidrocinético de que a área de um orifício pode ser calculada conhecendo-se a diferença de pressão entre os dois lados do orifício e o fluxo de ar que o atravessa. É um método aerodinâmico utilizado para avaliar de modo objetivo e quantitativo a respiração nasal e as obstruções respiratórias, tanto na cavidade nasal quanto na nasofaringe. Estudos mostraram que a área de secção transversa mínima nasal de um indivíduo adulto sem obstrução é, em média, 0,60cm2 e valores inferiores a 0,40cm2 indicam uma via aérea obstruída, o que acontece frequentemente na fissura labiopalatina (Hilberg et al, 1989, Fukushiro e Trindade, 2011). A rinometria acústica permite estimar a área seccional nasal e, ainda, identificar a localização da constrição. A técnica baseia-se no princípio físico de que um som ao atravessar um tubo é refletido frente a mudanças de impedância causadas por variações nas dimensões internas do tubo. Permite medições consecutivas de diferentes segmentos da cavidade nasal, desde as narinas até a nasofaringe possibilitando a identificação do local das diferentes constrições que contribuem para a resistência nasal, de forma rápida e não invasiva. Estudos realizados no Laboratório de Fisiologia determinaram os valores médios de referência para adultos normais de área de secção transversa nasal: AST1=0,54cm2; AST2=0,98cm2 e AST3=1,42cm2 e dos volumes nasais:V1=1,68cm3; V 2=3,98cm3 e V 3=17,67cm3 (Trindade et al, 2007, Gomes et al, 2008). Considerando que a fala é um ato respiratório modificado, o comprometimento da cavidade nasal pode comprometer, simultaneamente, a respiração e a fala. Em termos de ressonância, a obstrução nasal pode resultar em hiponasalidade, um distúrbio que se caracteriza pelo desvio das ondas sonoras para a cavidade oral, resultando em pouca ou nenhuma ressonância nasal durante a produção de sons nasais. A nasometria é um dos métodos instrumentais que permite estimar a ressonância nasal por meio da medida da nasalância (correlato acústico da nasalidade). Para a determinação da nasalância são utilizados trechos de fala comparando-se os resultados obtidos com dados normativos. Estudo conduzido no Laboratório de Fisiologia (Trindade et al, 1997) determinou como limite inferior de normalidade o valor de nasalância de 43% para a produção de um texto nasal (5 sentenças contendo sons predominantemente nasais), e, como limite superior de normalidade o valor de 27%, para a produção de um texto oral (5 sentenças contendo sons exclusivamente orais). Isto significa que valores inferiores a 43% no texto nasal devem ser considerados como sugestivos de hiponasalidade e valores superiores a 27% no texto oral, como sugestivos de hipernasalidade. As técnicas instrumentais, por fornecerem dados quantitativos, permitem diagnósticos mais precisos e definições de conduta mais apropriadas. Contudo, é imprescindível que a interpretação dos resultados seja feita por profissionais experientes.
- Imprenta:
- Publisher: Associação Brasileira de Motricidade Orofacial
- Publisher place: Bauru
- Date published: 2016
- Source:
- Título: Anais: resumos expandidos
- Conference titles: Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial
-
ABNT
YAMASHITA, Renata Paciello et al. Técnicas instrumentais de avaliação da permeabilidade nasal. 2016, Anais.. Bauru: Associação Brasileira de Motricidade Orofacial, 2016. . Acesso em: 25 abr. 2025. -
APA
Yamashita, R. P., Fukushiro, A. P., Araújo, B. M. A. M., & Silva, A. S. C. da. (2016). Técnicas instrumentais de avaliação da permeabilidade nasal. In Anais: resumos expandidos. Bauru: Associação Brasileira de Motricidade Orofacial. -
NLM
Yamashita RP, Fukushiro AP, Araújo BMAM, Silva ASC da. Técnicas instrumentais de avaliação da permeabilidade nasal. Anais: resumos expandidos. 2016 ;[citado 2025 abr. 25 ] -
Vancouver
Yamashita RP, Fukushiro AP, Araújo BMAM, Silva ASC da. Técnicas instrumentais de avaliação da permeabilidade nasal. Anais: resumos expandidos. 2016 ;[citado 2025 abr. 25 ] - Possibilidade de uso nasal na fissura labiopalatina: qual a percepção do paciente?
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