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William Hazlitt, um ensaísta ao rés-do-chão: ensaio e crítica (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: MONTEIRO, DANIEL LAGO - FFLCH
  • Unidade: FFLCH
  • Sigla do Departamento: FLT
  • Subjects: CRÍTICA LITERÁRIA; ROMANTISMO; ENSAIO LITERÁRIO
  • Language: Português
  • Abstract: Esta tese procura analisar a obra do ensaísta e crítico inglês William Hazlitt (1778-1830) a partir de um conjunto de imagens que vinculam as diferentes etapas envolvidas durante o ato de confecção do ensaio crítico e literário aos acidentes topográficos e à textura do solo, expressos no arquétipo recorrente do autor, ao résdo- chão. Pela análise interna de texto e do exercício de leitura, perseguimos as passagens em que Hazlitt reflete sobre seu próprio metiê. A defesa do ensaio como forma de arte coloca-lhe a exigência de um altíssimo grau de elaboração que o aproxima, por analogia, à crítica inventiva e a outras formas de arte. Nesse sentido, o estudo desses elementos formais foi indispensável à pesquisa também nos foi de grande valia o exame de alguns aspectos históricos e culturais, como o chamado Romantismo Inglês. Nos interessou, sobretudo, aquilo que definimos como atitudes mentais próprias do ensaísta, experimentadas e vividas por Hazlitt com intensidade, a saber: o retratista, o amigo e o adversário. Desse modo, cada um dos três capítulos desta tese pretende cobrir uma dessas atitudes. No primeiro capítulo, sobre o retratista e o estágio inicial de confecção do ensaio (a inspiração), acompanhamos o autor em suas peregrinações juvenis na leitura cerrada de algumas passagens de dois ensaios em que ele narra a sua experiência de conversão ao mundo das artes, My First Acquaintance with Poets e On the Pleasure of Painting, e no modo como os retratos literários queescreveu de Jean-Jacques Rousseau e de Edmund Burke, seus legítimos precursores, apontaram a ele os caminhos para uma crítica inventiva. No segundo capítulo, sobre a atitude do amigo e a leitura, encontramos Hazlitt ora na solidão de seu quarto, mastigando os pensamentos, ora em companhia de pessoas próximas. Intimidade e convivência são os ingredientes chaves para essa etapa do trabalho. Para Hazlitt, a escrita de ensaio envolve um convite cordial ao leitor, com o qual o ensaísta espera dividir amigavelmente a sua tarefa. No terceiro capítulo, sobre a escrita, investigamos o papel do ensaísta como agente das transformações sociais, própria à atitude do adversário. O ensaio se apresenta como espaço privilegiado onde se travam lutas com ideias e se disputa uma causa; o ensaísta, por sua vez, se apresenta como o homem das ruas (man-about-town), cujas andanças pela metrópole londrina e convivência com os homens, sobretudo aqueles pertencentes às classes baixas, permitiu-lhe combinar à elegância do ensaísta os momentos combativos e ousados de prosa.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 01.12.2016
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      MONTEIRO, Daniel Lago. William Hazlitt, um ensaísta ao rés-do-chão: ensaio e crítica. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02032017-150739/. Acesso em: 14 nov. 2024.
    • APA

      Monteiro, D. L. (2016). William Hazlitt, um ensaísta ao rés-do-chão: ensaio e crítica (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02032017-150739/
    • NLM

      Monteiro DL. William Hazlitt, um ensaísta ao rés-do-chão: ensaio e crítica [Internet]. 2016 ;[citado 2024 nov. 14 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02032017-150739/
    • Vancouver

      Monteiro DL. William Hazlitt, um ensaísta ao rés-do-chão: ensaio e crítica [Internet]. 2016 ;[citado 2024 nov. 14 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-02032017-150739/

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