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Estilos estruturais relacionados à tectônica formadora e deformadora da bacia de Jaibaras, Nordeste do Brasil (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: GARCIA, LAURA CATALINA ROMAN - IGC
  • Unidade: IGC
  • Sigla do Departamento: GSA
  • Subjects: GEOLOGIA ESTRUTURAL; BACIAS SEDIMENTARES; GEOTECTÔNICA; EDIACARANO; CAMBRIANO
  • Keywords: Análise de paleotensões; Paleostress analysis
  • Language: Português
  • Abstract: A Bacia de Jaibaras, localizada no nordeste do Brasil, faz parte de um sistema de rifts ediacarano a cambriano desenvolvido, em grande parte, sob a Bacia do Parnaíba, como demostram os dados geofísicos. Esta bacia teve o seu desenvolvimento estreitamente ligado ao sistema de falhas do Lineamento Transbrasiliano, representado nas suas bordas. No presente trabalho foi realizada a análise estrutural do preenchimento vulcano-sedimentar da bacia visando à reconstituição da evolução dos campos de paleotensões atuantes durante a sua instalação e deformação. O estudo foi sustentando essencialmente em observações feitas em campo e complementado com o exame de dados de sísmica de reflexão, gravimetria e magnetometría. Deste modo procurou-se contribuir na discussão sobre a classificação da bacia, tópico amplamente discutido mas até então não abordado sob a perspectiva do tectonismo gerador e deformador da Bacia de Jaibaras. A instalação da bacia esteve marcada provavelmente pelo mesmo campo de esforços distensivos de direção NNW-SSE responsável pela intrusão do enxame de diques Coreaú. Em seguida, esta direção regionalmente sofreu rotações que determinaram a continuidade da instalação, deformação e inversão do rift. As estruturas na Formação Pacujá, de idade EdiacaranoCambriano, mecanicamente coerentes com este estágio, compreendem falhas de direção NE-SW reativadas com sentido transcorrente dextral, com componente normal; falhas de direção ENE-WSW sin- e pós-sedimentares e falhas detransferência de direção NW-SE. Associadas à propagação das falhas de direção ENE-WSE sin-sedimentares formaram-se dobras. Dobras também ocorrem em posição transversal a estas falhas relacionadas com deslocamento diferenciais nas rampas de revezamento. Estas estruturas ensejaram a criação de um sistema de drenagem axial, um sistema deltaico associado às rampas de revezamento e cones de talude transversais. Na Formação Parapuí, coetânea, ocorrem múltiplas famílias de veios de calcita. A mais antiga apresenta direção N-S e foi preenchida sob a ação de campo de esforços distensivo na direção ENE-WSW. Posteriormente formaram-se veios de calcita de direção E-W, tentativamente correlacionados com as falhas sin-sedimentares da Formação Pacujá, originadas por uma distensão de direção aproximada N-S. Na Formação Aprazível se registram diques clásticos de idade ordoviciana que seriam coerentes com uma direção distensiva NW-SE. Um campo de esforços compressivo E-W a ENE-WSW atuante a partir do Ordoviciano tardio gerou estruturas transpressivas ao longo de certos segmentos de direção ENE-WSW, ocasionando uma fraca inversão da bacia. Este evento está representado por dobras cônicas de arrastro geradas durante a inversão de falhas normais para reversas, com componente transcorrente. Na Formação Parapuí este evento pode ter determinado a formação de veios de calcita de direção ENE-WSW com componente dextral e veios sigmoidais en échelon com a mesma orientação. Tanto na Formação Pacujácomo na Formação Parapuí está registrado um evento final representado por fraturas abertas de orientação aproximada E-W (distensão de direção N-S), que encontrariam correlação com o campo de esforços obtido pela orientação de diques clásticos na Formação Ipu (Siluriano) da Bacia do Parnaíba, assim como o arranjo de juntas híbridas medidas na mesma formação. A importância da atividade de falhas transversais produto das movimentações transcorrentes ao longo do sistema de falhas do Lineamento Transbrasiliano leva a considerar que a cinemática transcorrente foi desencadeadora da subsidência no rift e posteriormente da deformação durante a inversão. Por estes motivos, com relação à classificação da Bacia de Jaibaras considera-se que esta estaria mais próxima de uma bacia de pull-apart do que um rift puro
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 29.09.2016
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    • ABNT

      GARCIA, Laura Catalina Roman. Estilos estruturais relacionados à tectônica formadora e deformadora da bacia de Jaibaras, Nordeste do Brasil. 2016. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-27032017-100826/. Acesso em: 19 out. 2024.
    • APA

      Garcia, L. C. R. (2016). Estilos estruturais relacionados à tectônica formadora e deformadora da bacia de Jaibaras, Nordeste do Brasil (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-27032017-100826/
    • NLM

      Garcia LCR. Estilos estruturais relacionados à tectônica formadora e deformadora da bacia de Jaibaras, Nordeste do Brasil [Internet]. 2016 ;[citado 2024 out. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-27032017-100826/
    • Vancouver

      Garcia LCR. Estilos estruturais relacionados à tectônica formadora e deformadora da bacia de Jaibaras, Nordeste do Brasil [Internet]. 2016 ;[citado 2024 out. 19 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-27032017-100826/


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