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Análise comparativa da força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes saudáveis e com mielomeningocele (2016)

  • Authors:
  • Autor USP: MARTINS, EMANUELA JUVENAL - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RAL
  • Subjects: FADIGA (FISIOLOGIA); FORÇA MUSCULAR; DISRAFISMO ESPINHAL
  • Keywords: Cchild; Criança; Mielomeningocele; Muscle strength; Myelomeningocele
  • Language: Português
  • Abstract: A mielomeningocele (MMC) é a uma doença congênita, causada pelo defeito do fechamento do tubo neural durante o período gestacional, resultando em falha de fusão dos elementos posteriores da coluna vertebral, com consequente protrusão das meninges e displasia da medula espinhal e das raízes nervosas. A displasia medular promove paralisia sensitivomotora que acomete os membros inferiores, o sistema urinário e o intestino. O baixo nível de atividade física das crianças e adolescentes com MMC pode resultar em complicações secundárias, como alterações respiratórias, ortopédicas, cardiovasculares, obesidade e sensação de fadiga, podendo afetar a independência e a qualidade de vida destes indivíduos, especialmente os não-deambuladores. Objetivos: Verificar a força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes com MMC, comparando com crianças e adolescentes saudáveis, pareados pela idade e gênero, de forma a agregar informações acerca da relação que existe entre a hipocinesia e o desenvolvimento da performance de membros superiores em crianças e adolescentes não-deambuladores. Metodologia: Participaram deste estudo transversal 33 crianças e adolescentes de ambos os gêneros, com idades entre 10 e 16 anos, separados em dois grupos: Grupo não-deambuladores (GND) - composto por 11 crianças e adolescentes com MMC, que não deambulam, usuários de cadeira de rodas, em acompanhamento no Ambulatório Neurológico Infantil (NRI) do HCFMRP da Universidade de São Paulo; e Grupo Controle(GCT) - composto por 22 crianças e adolescentes saudáveis pareados pelo gênero e idade. Todos os indivíduos foram inicialmente submetidos a uma avaliação física para obtenção de dados antropométricos e composição corporal, por bioimpedância elétrica; avaliação do nível de atividade física por meio da aplicação do Questionário Internacional de Nível de Atividade Física (IPAQ); avaliação do nível de maturação sexual por meio da aplicação de um questionário sobre a evolução das características sexuais secundárias de acordo com os estágios propostos por Tanner; avaliação da força muscular isométrica dos movimentos de abdução, flexão e extensão de ombros e cotovelos pelo dinamômetro handheld (DHH); análise da força de preensão palmar, através do dinamômetro de bulbo; e, somente para GND, avaliação do nível de lesão medular, através do protocolo de Hoffer et al. (1973). Posteriormente, os indivíduos de GND e GCT foram submetidos à avaliação dos torques isométricos e isocinéticos (em duas velocidades, 60°s-¹ e 120°s-¹) através da contração dos músculos abdutores, adutores, flexores e extensores de ombro e cotovelo dominantes, por meio do aparelho isocinético Biodex System 4®. Foram verificadas as seguintes variáveis: torques isométricos (PTI), torques relativos (TR), trabalho (W), potência (Pot), tempo para atingir o pico de torque (tPT) e fadiga. Para análise estatística dos dados foi utilizado teste de hipótese t (Student), Wilcoxon-Mann-Whitney, ANOVA, MANOVA e métodos gráficosde descrição e comparação, considerando o nível de significância de 5%. Resultados: A análise estatística não mostrou diferença entre os grupos com relação à dominância, massa corporal, estatura, massa gorda, massa magra, níveis de maturação sexual e de atividade física e força de preensão palmar (p>0,05) e mostrou diferença na força muscular isométrica obtida pelo DHH para os músculos flexores do ombro e flexores de cotovelo bilateralmente (p?0,05). Na avaliação isocinética, alguns voluntários de ambos os grupos não atingiram as velocidades mínimas pré-estabelecidas. A análise estatística mostrou diferença entre os grupos para as variáveis TR60 para os flexores de ombro, tPT60 para os extensores de ombro, TR120 para extensores do ombro e extensores do cotovelo e tPT120 para os flexores e extensores do cotovelo (p?0,05). A análise do desempenho muscular na velocidade 120°s-1 mostrou diferença estatística quando foi comparada a evolução entre as repetições intergrupo para os adutores do ombro e flexores e extensores do cotovelo, e quando foram comparadas as repetições intragrupo para os flexores do cotovelo no GCT (p?0,05). Conclusão: As crianças e adolescentes com MMC e seus pares mostraram homogeneidade quanto antropometria, maturação sexual e nível atividade física. O GND apresentou diferenças significativas nos valores de força mensuradas pelo DHH, porém, força de preensão palmar similar aos seus pares controles. A força isocinética não mostrou alterações significativasentre os grupos para PT, Pot e W. A velocidade de 120 s-1 não mostrou ser eficiente para identificar fadiga periférica em crianças e adolescentes saudáveis e com MMC
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.04.2016
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    • ABNT

      MARTINS, Emanuela Juvenal. Análise comparativa da força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes saudáveis e com mielomeningocele. 2016. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-21072016-143534/. Acesso em: 30 dez. 2025.
    • APA

      Martins, E. J. (2016). Análise comparativa da força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes saudáveis e com mielomeningocele (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-21072016-143534/
    • NLM

      Martins EJ. Análise comparativa da força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes saudáveis e com mielomeningocele [Internet]. 2016 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-21072016-143534/
    • Vancouver

      Martins EJ. Análise comparativa da força, potência e fadiga muscular de crianças e adolescentes saudáveis e com mielomeningocele [Internet]. 2016 ;[citado 2025 dez. 30 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-21072016-143534/


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