O brincar na clínica psicanalítica de crianças com autismo (2016)
- Authors:
- Autor USP: TAVARES, TALITA ARRUDA - IP
- Unidade: IP
- Sigla do Departamento: PSA
- Subjects: PSICANÁLISE DA CRIANÇA; RECREAÇÃO; AUTISMO; SETTING
- Language: Português
- Abstract: O presente trabalho tem como objetivo estudar o brincar como ferramenta para o analista na clínica psicanalítica de crianças com autismo. Autores como Winnicott, Rodulfo e Guerra defendem que o brincar acompanha pari passu o desenvolvimento subjetivo, de forma que as perturbações que aparecem na estruturação psíquica do bebê podem ver-se refletidas no desenvolvimento da capacidade para o brincar. Essas dificuldades são observadas de forma clara nas crianças com autismo, que apresentam tanto a incapacidade para o brincar quanto perturbações em sua constituição subjetiva. Dessa maneira, o tratamento psicanalítico visa o desenvolvimento do brincar dessas crianças, tendo em vista seus efeitos constitutivos. Este trabalho analisou vinhetas clínicas de crianças em atendimento onde se puderam verificar possibilidades do desenvolvimento do brincar. O material clínico discutido foi organizado em três grandes eixos teóricoclínicos: encontro analítico, estereotipias e objeto tutor (conceito formulado por Victor Guerra e apropriado neste trabalho como elemento que inauguraria a possibilidade do brincar no encontro analítico). O eixo vinculado ao encontro analítico buscou discutir a importância da constância do setting para o atendimento de crianças com autismo. O eixo ligado às estereotipias abordou a importância de intervenções analíticas que propiciam desdobramentos e continuidades em relação a movimentos inicialmente repetitivos e disfuncionais, apresentando a dimensão do novo e dacriatividade, além de trazer a abertura para a presença do outro (analista) e do brincar compartilhado. Além disso, apresentamos a ideia de que as estereotipias apresentam alguma complexidade, podendo ser identificadas como uma forma da criança investigar o mundo à sua volta, responder à demanda do analista ou ainda de propor a retomada de brincadeiras. O último eixo de discussão apresentou alguns caminhos que poderiam levar à criação do objeto tutor na clínica do autismo, seja por meio da transformação do objeto autístico ou de propostas de continuidades para os movimentos estereotipados, levando em consideração a presença e a participação ativa por parte do analista. As vinhetas analisadas mostraram caminhos possíveis para a criação do brincar compartilhado por meio de intervenções terapêuticas. Pudemos observar que o desenvolvimento do brincar compartilhado no encontro analítico é um importante aspecto constitutivo no processo de estruturação psíquica das crianças com autismo
- Imprenta:
- Data da defesa: 17.06.2016
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ABNT
TAVARES, Talita Arruda. O brincar na clínica psicanalítica de crianças com autismo. 2016. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10112016-151017/. Acesso em: 24 abr. 2024. -
APA
Tavares, T. A. (2016). O brincar na clínica psicanalítica de crianças com autismo (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10112016-151017/ -
NLM
Tavares TA. O brincar na clínica psicanalítica de crianças com autismo [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10112016-151017/ -
Vancouver
Tavares TA. O brincar na clínica psicanalítica de crianças com autismo [Internet]. 2016 ;[citado 2024 abr. 24 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-10112016-151017/
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