Perfil de proteínas plasmáticas em cadelas gestantes e não gestantes (2016)
- Authors:
- Vannucchi, Camila Infantosi
- Lúcio, Cristina Fátima - Universidade de São Paulo (USP)
- Regazzi, Fernanda Machado - Universidade de São Paulo (USP)
- Angrimani, Daniel de Souza Ramos - Universidade de São Paulo (USP)
- Brito, Maíra Morales - Universidade de São Paulo (USP)
- Abreu, Renata de Azevedo - Universidade de São Paulo (USP)
- Autor USP: VANNUCCHI, CAMILA INFANTOSI - FMVZ
- Unidade: FMVZ
- DOI: 10.1590/s0100-736x2016000800017
- Subjects: CÃES; PRENHEZ; PATOLOGIAS INERENTES À FÊMEA ANIMAL; METABOLISMO ANIMAL
- Language: Português
- Abstract: O estudo das interações orgânicas da gestação e as mudanças fisiológicas que estão ocorrendo nesta fase são de extrema importância para a avaliação clínica da fêmea gestante ou para estabelecer o diagnóstico de processos patológicos em andamento. O objetivo do presente estudo foi comparar o perfil das diversas proteínas sanguíneas (frações protéicas do soro - albumina, a1, a2, b, g globulinas e proteína total) durante o período gestacional e no diestro em cadelas. Foram utilizadas 40 fêmeas caninas da raça Dogue Alemão, em idade variando entre 2 a 7 anos, clinicamente saudáveis. Os animais foram separados em dois grupos, denominados Grupo não gestante (NG) e Grupo gestante (G), constituídos por 20 fêmeas em diestro e 20 fêmeas gestantes, respectivamente. Preconizou-se colheita de sangue semanalmente de cada animal durante 9 semanas. Nas fêmeas do grupo NG, as amostras foram colhidas a partir do início do diestro, até a detecção do início do anestro; no grupo G, as amostras foram colhidas do início do diestro até o momento da parição. A partir do soro sanguíneo, foram determinadas as concentrações de proteína total, albumina, a1, a2, b e g globulinas. Não houve diferença significativa quanto aos resultados de proteína sérica total entre a 1ª e 6ª semanas de gestação e diestro, havendo decréscimo gradual em ambos grupos. Já ao final da gestação (entre a 7ª e 9ª semanas), houve acréscimo significativo dos valores de proteína total, sugerindo ação anabólica.Os níveis de albumina sofreram queda da 1ª a 9ª semana, tanto no grupo gestante, como não-gestante, com diferença estatística entre os dois grupos na 7ª, 8ª e 9ª semanas. As concentrações de α1 globulina nas fêmeas gestantes sofreram acréscimo significativo a partir da 2ª semana, contudo, diferença estatística entre os grupos NG e G ocorreu somente na 8ª e 9ª semanas, coincidindo com a fase de preparação à parição. Houve aumento no perfil de α2 globulina entre a 2ª e 3ª semanas de gestação, porém tais valores não diferiram das fêmeas em diestro. Diferença significativa de α2 globulina foi observada apenas durante a 4ª, 5ª, 6ª, 8ª e 9ª semanas entre os dois grupos avaliados. As concentrações séricas de β globulina nas cadelas não-gestantes foi superior às das fêmeas gestantes durante a 2ª, 4ª e 7ª semanas.Durante o primeiro terço da gestação (1ª a 3ª semana), foi observado queda dos valores de γ globulina, coincidente ao período pré implantacional e durante a formação dos sítios de implantação. Entre a 8ª e 9ª semanas de gestação, houve acréscimo significativo de γ globulina, possivelmente conseqüente ao aumento da produção de imunoglobulinas direcionadas à glândula mamária, como constituinte do colostro. Em conclusão, as proteínas alteram-se de forma evidente durante o período de gestação. Foi possível inferir diferenças nas funções biológicas das proteínas sanguíneas em cadelas gestantes e não gestantes. As proteínas determinadas estão envolvidas com o estímulo inflamatório durante a gestação, além dos mecanismos de regulação hormonal e preparação do organismo materno à lactação.
- Imprenta:
- Publisher place: Seropédica
- Date published: 2016
- Source:
- Título: Pesquisa Veterinária Brasileira
- ISSN: 0100-736X
- Volume/Número/Paginação/Ano: v. 36, n. 8, p. 781-786, 2016
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by
-
ABNT
VANNUCCHI, Camila Infantosi et al. Perfil de proteínas plasmáticas em cadelas gestantes e não gestantes. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 36, n. 8, p. 781-786, 2016Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.1590/s0100-736x2016000800017. Acesso em: 10 out. 2024. -
APA
Vannucchi, C. I., Lúcio, C. F., Regazzi, F. M., Angrimani, D. de S. R., Brito, M. M., & Abreu, R. de A. (2016). Perfil de proteínas plasmáticas em cadelas gestantes e não gestantes. Pesquisa Veterinária Brasileira, 36( 8), 781-786. doi:10.1590/s0100-736x2016000800017 -
NLM
Vannucchi CI, Lúcio CF, Regazzi FM, Angrimani D de SR, Brito MM, Abreu R de A. Perfil de proteínas plasmáticas em cadelas gestantes e não gestantes [Internet]. Pesquisa Veterinária Brasileira. 2016 ; 36( 8): 781-786.[citado 2024 out. 10 ] Available from: https://doi.org/10.1590/s0100-736x2016000800017 -
Vancouver
Vannucchi CI, Lúcio CF, Regazzi FM, Angrimani D de SR, Brito MM, Abreu R de A. Perfil de proteínas plasmáticas em cadelas gestantes e não gestantes [Internet]. Pesquisa Veterinária Brasileira. 2016 ; 36( 8): 781-786.[citado 2024 out. 10 ] Available from: https://doi.org/10.1590/s0100-736x2016000800017 - Utilização de parâmetros clínicos e radiográficos para avaliação de distúrbios respiratórios ao nascimento e emprego da assistência ventilatória a neonatos da espécie canina
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Informações sobre o DOI: 10.1590/s0100-736x2016000800017 (Fonte: oaDOI API)
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