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Aspectos morfológicos e moleculares da atrofia muscular induzida pela imobilização em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal (2015)

  • Authors:
  • Autor USP: FORESTO, CAMILA SILVA - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RAL
  • Subjects: ATROFIA MUSCULAR; FIBRAS MUSCULARES; METABOLISMO DE PROTEÍNA
  • Language: Português
  • Abstract: A atrofia muscular ocorre em condições tanto fisiológicas (e.g, jejum e envelhecimento) como patológicas (e.g, doenças de origem neurológica e ortopédica e dos sistemas cardiovascular e respiratório). Embora sejam conhecidos os fatores que induzem a perda de massa muscular, os mecanismos moleculares que desencadeiam esse fenômeno ainda não estão completamente elucidados, impossibilitando, desse modo, o desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes na prevenção ou atenuação da atrofia muscular. Portanto, o objetivo geral do presente trabalho foi analisar e relacionar as adaptações morfológicas com as alterações moleculares de músculo sóleo de ratas fêmeas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal (i.e., bebe e adulta) submetidas à imobilização da pata posterior por 10 dias. Para isso, foram utilizados métodos histológicos para análise das diferentes fibras musculares, além de métodos de biologia molecular para a análise de marcadores dos processos de síntese e degradação de proteínas, do nível de fosforilação de moléculas de sinalização intracelular e da expressão gênica. Como esperado, a imobilização induziu a atrofia do músculo sóleo em ratas bebês e adultas, um fenômeno atribuído à redução da massa e da área de secção transversa das fibras do músculo. Essas alterações ainda foram associadas à transição de fibras oxidativas para fibras glicolíticas. Avaliando a síntese proteica, observou-se que a imobilização reduziu a fosforilação das proteínas S6 e GSK3αβ em ambos os grupos avaliados (bebês e adultas), sugerindo inibição desse processo metabólico. Além disso, a imobilização regulou diferentes sistemas proteolíticos no sóleo dependendo da idade dos animais. Em ratas bebês, a imobilização hiperativou os sistemas dependente de cálcio e autofágico-lisossomal, como demonstrado pelo aumento das formas ativas daµ-calpaína (forma autolisada) e da LC3 (forma lipidada; LC3-II), respectivamente. Já nas ratas adultas, a imobilização estimulou os sistemas ubiquitina-proteassoma (UbP) e autofágico-lisossomal, considerando o aumento do conteúdo de MuRF1 e LC3-II, respectivamente. Para incrementar a compreensão acerca da função do sistema autofágico-lisossomal na atrofia do sóleo durante a imobilização, ratas adultas foram tratadas cronicamente (10 dias) com colchicina, um fármaco que impede a fusão do autofagossoma com o autolisossoma, bloqueando a autofagia durante a imobilização. Nessa condição, de forma inesperada, o músculo mostrou características degenerativas e uma atrofia mais severa. Avaliando a sinalização intracelular responsável pelo controle da autofagia, constatou-se que a imobilização diminuiu a fosforilação do fator de transcrição Foxo1, um indutor da expressão de LC3 e de outros componentes autofágicos, e da proteína quinase Akt, o inibidor primário de Foxo1, levando à ativação e inibição, respectivamente, dessas proteínas. Da mesma forma, a expressão do mRNA de Igfl, cuja sinalização intracelular ativa a Akt, foi reduzida pela imobilização no músculo, justificando os efeitos na via Akt/Foxo1. Portanto, os resultados deste estudo permitem concluir que a imobilização da pata posterior por 10 dias induz expressiva perda de massa muscular e transição de seus tipos de fibras, o que favorece um padrão glicolítico e menos resistente à fadiga, em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal. Essas alterações ocorreram em paralelo à inibição de marcadores de síntese proteica e à hiperativação de diferentes sistemas proteolíticos de maneira dependente da idade das ratas. Ainda, diferente do esperado, a inibição crônica do sistema autofágico-lisossomal mostrou que esse sistema tem uma função protetora no tecido muscular durante aimobilização, o que impede o agravamento do quadro atrófico. Esses achados contribuem para o entendimento dos mecanismos envolvidos no processo de atrofia muscular em situações patológicas de importância clínica e podem auxiliar na identificação de novos alvos terapêuticos
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 27.08.2015

  • How to cite
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    • ABNT

      FORESTO, Camila Silva. Aspectos morfológicos e moleculares da atrofia muscular induzida pela imobilização em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal. 2015. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2015. . Acesso em: 25 abr. 2025.
    • APA

      Foresto, C. S. (2015). Aspectos morfológicos e moleculares da atrofia muscular induzida pela imobilização em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
    • NLM

      Foresto CS. Aspectos morfológicos e moleculares da atrofia muscular induzida pela imobilização em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal. 2015 ;[citado 2025 abr. 25 ]
    • Vancouver

      Foresto CS. Aspectos morfológicos e moleculares da atrofia muscular induzida pela imobilização em ratas em diferentes estágios de desenvolvimento pós-natal. 2015 ;[citado 2025 abr. 25 ]

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